(Da Folha de São Paulo)
A produtividade do trabalhador brasileiro está abaixo da média mundial e tem evoluído em ritmo bem menor do a que a dos trabalhadores de outros países emergentes.
Um brasileiro produziu no ano passado, em média, um quinto da riqueza gerada por um americano, um terço da de um sul-coreano e cerca da metade da de um argentino, calcula a consultoria americana Conference Board.
De 2005 a 2010, a produtividade do brasileiro cresceu em média 2,1% ao ano, taxa inferior as de China (9,8%), Índia (5,8%) e Rússia (3,2%).
Segundo economistas, isso ajuda a explicar a perda de competitividade do produto brasileiro e o aumento da inflação no país.
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O ranking elaborado neste ano pelo Conference Board com 114 países mostra que o brasileiro está na 68ª posição em produtividade.
Segundo o levantamento, o brasileiro produziu em 2010 20,6% da riqueza gerada por um americano, enquanto a média mundial foi de 26,1%.
A consultoria mede a produtividade do trabalhador dividindo o PIB (Produto Interno Bruto) de cada país por sua força de trabalho.
Para o professor do Insper Naercio Menezes, a precariedade do ensino é o principal fator que explica a baixa produtividade do brasileiro.
Além disso, ele aponta a falta de inovação das empresas, que investem pouco na criação de novas tecnologias.
Entre os fatores que limitam a inovação, aponta, estão o excesso de burocracia e a precariedade da infraestrutura, que acabam sugando tempo e dinheiro que poderiam ser gastos em pesquisa.
"A inovação permite produzir mais com o mesmo número de trabalhadores.
Enquanto a China solicitou 13.337 patentes em 2010, o Brasil pediu apenas 442.
Isso mostra como inovamos pouco", observa Menezes.
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