A presidente Dilma e o ex, que prometera dar o exemplo de como se comporta um presidente aposentado, inauguraram em Manaus uma nova ponte sobre o Rio Negro.
O povo manauara fez festa pra comemorar, mas não tem ideia de quanto pagou pela obra.
A ponte de Manaus custou R$ 1,07 bilhão no total, e possui apenas 3,5 Km.
Em Brasília, a bela Ponte JK, finalizada em 2002, tem 720 metros e saiu por R$ 160 milhões.
Ou seja, com o valor gasto em Manaus, dava para construir pelo menos seis do tamanho da de Brasília.
Imaginem quanto sairia hoje a construção da Ponte Rio-Niterói, a maior do Brasil, com comprimento total de 13 Km.
Na época, ela saiu por US$ 400 milhões.
Abaixo, outra comparação para termos noção de quanto perdemos com obras superfaturadas.
Verba que deveria ser aplicada para melhorar a vida das pessoas e criar condições para melhoria nos salários.
UMA PONTE NO BRASIL E UMA PONTE NA CHINA!
ÊTA POVINHO BUNDÃO!
Menezes, no Macaxeiras
Com apenas 3,6 quilômetros de extensão, uma vistosa ponte sobre o rio Negro, em Manaus, é mais um exemplo de como são elásticos os orçamentos de obras sob os cuidados do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Orçada inicialmente em R$ 574,8 milhões, sua construção, até aqui, já consumiu dos cofres públicos nada menos que R$ 1,07 bilhão.
Ou, na prática, o dobro que fora previsto.
Isso significa que o custo por quilômetro desta ponte é de R$ 297,5 milhões até aqui.
Um preço estratosférico se for comparado com o custo por quilômetro da recém inaugurada maior ponte do mundo, sobre a baía de Jiaodhou, na China.
Com 42 quilômetros de extensão, a complexa via elevada chinesa, com múltiplas entradas e saídas, teve um custo por quilômetro de R$ 57 milhões.
Ao final dos trabalhos de construção, quatro anos depois do início das obras, a ponte chinesa apresentou um preço final de R$ 2,4 bilhões.
Porém, se tivesse sido construída no Brasil, pelos critérios do DNIT empregados na construção da ponte sobre o rio Negro, o custo final da ponte chinesa ficaria em R$ 12, 4 bilhões.
Isso aconteceria se o orçamento inicial estourasse, como é típico no Brasil, e como realmente aconteceu no caso da ponte sobre o rio Negro.
Leiam, também, o relato de Ajuricaba no texto "A Ponte do Bilhão: O Início da Vida Real".
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