"Mais de R$ 1 trilhão em 5 anos!
Chega de pagar os juros mais altos do mundo", diz Skaf
FIESP
Exigindo a queda imediata dos juros, empresários e trabalhadores foram em passeata até a sede paulista da maior autoridade monetária do Brasil
Paulo Skaf, presidente da Fiesp (com a bandeira do Brasil nos ombros) e líderes sindicais à frente da passeata até o Banco Central, na Avenida Paulista
Após o lançamento do Movimento por Brasil com Juros Baixos: Mais Empregos e Maior Produção, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e os representantes das centrais sindicais realizaram no final da manhã desta terça-feira (18) uma passeata até a sede do Banco Central, na Avenida Paulista.
A reivindicação pela queda da taxa básica de juros reuniu cerca de 1.000 pessoas, entre trabalhadores e empresários, que se concentraram em frente ao BC.
“Estamos confrontando a política monetária brasileira porque o País necessita de juros mais baixos e de menos especulação.
Neste ano serão pagos R$ 250 bilhões de juros, nos últimos cinco anos se pagou mais de R$ 1 trilhão, nos últimos oito anos mais R$ 2 trilhões de reais.
O que Brasil precisa, de fato, é de dinheiro investido na produção, na geração de emprego, no desenvolvimento, e não ficar pagando para especuladores os juros mais altos do mundo nestes 16 anos seguidos”, exclamou Skaf durante entrevista coletiva.
Ao defender que este é um manifesto da sociedade brasileira, o presidente da Fiesp afirmou que o Banco Central não pode ser responsável pelo destino do País.
“O BC tem uma missão focada somente na moeda.
Não cabe ao BC decidir o futuro do Brasil e do povo brasileiro, mas sim ao governo, à presidente Dilma Rousseff.
E cabe à sociedade brasileira exigir que as coisas aconteçam de forma correta”, reforçou Skaf.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, explicou que a ideia do movimento é mostrar a insatisfação dos trabalhadores e do empresariado brasileiro a cada 45 dias, quando ocorre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
“Somos campeões de juros altos há 16 anos, e com isso o Brasil não cresce e nem se desenvolve.
Essa união de centrais sindicais, trabalhadores e empresariado é para dizer que não aguentamos mais esta situação”,> completou Pereira.
Edgar Marcel, Agência Indusnet Fiesp
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