Já se sabe agora que o governo Lula não ficou barato, e que sua popularidade inicial foi amparada, incrementada, subsidiada e expandida com vultosas verbas públicas distribuídas aos seus companheiros de jornada.
Era bom negócio para todos: Lula consolidava sua figura, o PT ganhava espaço, os aliados também lucravam e todos ficavam contentes.
Lula dizia o que queria, o PT mandava o que podia, os aliados faturavam o que conseguiam.
Quanto mais as pesquisas apontavam o crescimento da popularidade de Lula, mais eram todos estimulados a dar-lhe apoio, pela possibilidade de participação na pilhagem do dinheiro público.
Quanto mais se pilhava mais Lula ficava popular, e mais eram todos os companheiros estimulados a reforçar a popularidade de Lula, o provedor-mor.
O que faziam alegremente, tendo os lucros assegurados.
Agora cabe a pergunta: o que sobra de Lula e disso tudo?
Uma espécie de imagem de santo em parede de “casas de saliências”, contemplando do alto as estripulias da freguesia?
Uma liderança sem ponto de chegada, sem proposta e sem programa?
Para que futuro aponta Lula e sua turma?
Que perspectiva oferece ao país que esteja além da retórica ou da bravata?
Continuará dizendo a cada momento o que lhe passar pela cabeça – sempre ao sabor de quem o está escutando naquela hora?
Mas a ficha está caindo.
Os casos se acumulam a cada semana, e não há sinal de que estejam esgotados.
Fica uma pergunta: quanto custou ao país a construção da popularidade de Lula?
Do “mensalão” às jogadas no Ministério do Esporte, a quanto monta a rapina?
Os números de que se fala são tremendos.
“Moralismo udenista” à parte, superado o princípio do “rouba, mas faz”, para onde vai essa aliança de forças que hoje comanda o país?
A federação se esgarça com a pilhagem do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e demais estados produtores de petróleo, que vai pagar ICMS onde é consumido.
Ninguém nada tem a dizer.
O ensino começa e termina no ENEM, e o ensino superior é o destino de todo jovem brasileiro.
A saúde vai como pode, e requer mais recursos para continuar ruim – como ocorreu no passado.
E a inflação começa a surgir, aos poucos, fantasiada de progresso e crescimento como uma odalisca meio safada, seduzindo incautos.
O quadro na oposição é patético.
Não conseguem nem se entender nem se explicar.
E ano que vem tem eleições para prefeito.
Ficou tudo muito complicado e caro - e as perspectivas muito confusas e imprevisíveis. Afinal, para onde estamos indo?
Edgar Flexa Ribeiro é educador, radialista e presidente da Associação Brasileira de Educação
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