‘A sociedade paulista está farta de invasões’, diz reitor da USP
Para João Grandino Rodas, a imagem da universidade saiu ‘depreciada’ depois da ocupação do prédio administrativo do câmpus
Carlos Lordelo - Estadão
O reitor da USP, João Grandino Rodas, esteve nesta quarta-feira, 9, no prédio da administração central, na Cidade Universitária.
Em entrevista por e-mail ao Estadão.edu, ele diz que a situação do local é “deprimente”.
Mas Rodas vai esperar a conclusão do trabalho da polícia para formar comissões que indicarão que medidas tomar com o grupo de invasores - há possibilidade de abertura de processos administrativos e disciplinares.
O sr. esteve hoje (quarta-feira) na reitoria? Houve danos à sua sala?
Meu gabinete estava fechado e não foi invadido.
A situação é deprimente, em virtude da destruição e das pichações.
O que mais me chamou a atenção foram coquetéis molotov e reservatórios com gasolina (apresentados pela PM).
Isso não é indício da boa intenção dos grupos responsáveis nem de bom prognóstico para o futuro!
O que o sr. achou do trabalho da polícia?
A PM ingressou desarmada no prédio e, em minutos, retirou os invasores incólumes, tendo toda a operação sido filmada. Meu parecer de leigo é que cumpriu seu múnus (papel).
(...)
De que forma a invasão da reitoria afeta a imagem da USP?
O que chamou a minha atenção é que o grupo invasor violou até mesmo regra dos próprios movimentos estudantis.
Inconformado por perder em votação de assembleia (na qual foi deliberada a desocupação do prédio administrativo da FFLCH), mesmo assim levou a cabo seus intentos!
Quanto à imagem da universidade, ela é sempre depreciada por ações desse naipe.
É digno de nota a USP estar bem situada nos rankings internacionais, apesar de sofrer ataques como o atual há anos.
A polícia vai investigar a ligação dos alunos com partidos políticos.
O sr. vê uma ação orquestrada de partidos para desgastar sua gestão e a imagem do governador Geraldo Alckmin?
A ligação desses grupos com micropartidos, com ideologia radical, é óbvia.
O desgaste das instituições, quer universitárias, quer governamentais faz parte do “quanto pior melhor” e da “teoria da terra arrasada”.
Leiam entrevista AQUI.
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