Por Humberto Fontova, (1ª PARTE)
Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque
No blog do Ferra Mula
Há quase 42 anos, Ernesto "Che" Guevara recebeu uma grande dose de seu próprio remédio.
Sem qualquer julgamento, ele foi declarado um assassino, posto contra um paredão e fuzilado.
Historicamente falando, a justiça raramente foi tão bem feita.
Se o ditado "tudo o que vai, volta" expressa bem uma situação, é esta.
"Execuções?", gritou Che Guevara enquanto discursava na glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964.
"É claro que executamos!", declarou o ungido, gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão.
"E continuaremos executando enquanto for necessário!
Essa é uma guerra de morte contra os inimigos da revolução!"
De acordo com O Livro Negro do Comunismo, escrito por estudiosos franceses de esquerda (ou seja, dificilmente uma mera publicação "direitista" ou de "fanáticos anticastristas de Miami"), ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960.
(Slobodan Milosevic, não custa lembrar, foi a julgamento por ter ordenado 8.000 execuções. A mesma ONU que aplaudiu delirantemente a orgulhosa declaração de Che Guevara condenou Milosevic por "genocídio").
"Os fatos e números são incontestáveis", escreveu ninguém menos que o New York Times, ícone da esquerda, sobre o "Livro Negro do Comunismo".
(...)
Já o jornalista cubano Luis Ortega, que conheceu Che ainda em 1954, escreveu em seu livro "Yo Soy El Che!" que o número real de pessoas que Guevara mandou fuzilar é de 1.892.
(...)
Mas fez pouco caso delas, dizendo que todas as vítimas eram "espiões imperialistas e agentes da CIA".
"Eu não preciso de provas para executar um homem", gritou Che para um funcionário do judiciário cubano em 1959.
"Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!"
As vítimas do regime fidelista, os "inimigos da revolução", foram uns dos mais empreendedores e valentes lutadores do século XX, junto com os Guerreiros da Liberdade Húngaros.
Eles lutaram valente e desesperadoramente, mesmo sabendo que praticamente não tinham chances.
Eles lutavam até a última bala; e, normalmente, lutavam até a morte.
No final, eram capturados, amordaçados e fuzilados por Che e seus seguidores.
Os poucos sobreviventes vivem hoje em lugares como Miami e Nova Jersey, e podem ser considerados os prisioneiros políticos mais longevos e sofridos da história moderna.
Porém, se você procurar sobre a história deles na grande mídia, sua empreitada será em vão.
Afinal, eles lutaram contra a fina flor do esquerdismo chique.
Sendo assim, o heroísmo deles não é considerado um drama politicamente correto.
(continua)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário