
Os bebês da USP, acompanhados certamente daqueles estudantes da terceira idade, resolveram fazer uma passeata no Centro de São Paulo.
Isso não é novidade, tudo acontece na Avenida Paulista onde curiosos seguem qualquer oba-oba sem se importar com causa alguma.
Texto de Bruno Abbud, da VEJA Online, narrou a passeata de quinta-feira.
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Ao longo do percurso, o trânsito foi parado pelos manifestantes e houve conflito entre integrantes da manifestação, motoristas e motociclistas.
A reportagem do site de VEJA acompanhou cerca de cem alunos que saíram do campus em direção à estação Butantã e seguiram para o centro.
Aos gritos de “Fora PM!” e “Vem pra luta contra a PM!”, os alunos desceram as escadas rolantes e deixaram alguns usuários irritados.
“Eu preciso trabalhar, caramba”, disse uma mulher.
“Nós também trabalhamos”, retrucou uma estudante.
A PM foi orientada a permanecer no Largo São Francisco, sem seguir a caminhada.
“Eles provocaram a PM o tempo todo”, justificou o capitão Airton Vanzelli, que cuida do policiamento na região.
Durante o trajeto, o vidro de um táxi foi quebrado com um soco, panfletos ficaram espalhados pelo chão e adesivos foram afixados às estátuas do Largo do Anhangabaú.
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Ainda, segundo a reportagem, o trajeto foi repleto de cantorias e palavras de ordem berradas em coro nos vagões da recém-inaugurada Linha Amarela.
É o território da elite paulistana, ali sentiam-se em casa.
Resolveram, então, pertubar os trabalhadores que jamais pisarão na USP, embora paguem para que alunos formados nas melhores escolas estudem lá.
Fizeram baldeação na Linha Vermelha, a mais superlotada do metrô.
Uma menina, provavelmente militante de um desses partidos "socialistas" que dizem defender o povão, mirou o interior de um vagão e disse:
“Ai, gente de verdade!”.
Durante o trajeto até a Sé, amontoados ao lado de “gente de verdade”, os alunos não cantaram sequer uma palavra.
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