Por Ricardo Noblat
A presidente Dilma bem que poderia esclarecer por que forçou o ex-ministro Orlando Silva, do Esporte, a pedir demissão.
Certamente não foi por que um policial militar, sem apresentar provas, disse que Orlando recebeu dinheiro entregue em mãos dentro da garagem do ministério.
Deve ter sido então pelo conjunto da obra.
Entenda-se como tal: convênios com Ongs fantasmas ligadas ao PC do B, partido de Orlando; convênios com Ongs que não aplicaram o dinheiro como deveriam; convênios que jamais foram vistoriados; suspeitas de desvio de dinheiro para o PC do B.
Bem, mas se Orlando acabou afastado devido ao conjunto da obra não faria sentido ter seu trabalho qualificado de "excepcional" pela presidente da República.
E foi dessa maneira, na posse do ministro Aldo Rabelo, que Dilma se referiu ao trabalho de Orlando à frente da pasta do Esporte.
Dilma foi mais longe:
"Orlando Silva não perde meu respeito.
Desejo-lhe muito sucesso em sua cruzada pela verdade.
Perco um colaborador, mas preservo o apoio de um partido cuja presença no meu governo considero fundamental".
Por sua vez, Aldo apontou Orlando como "vítima" da luta política, e aproveitou para defender o PC do B.
E Orlando foi longamente aplaudido de pé quando repetiu pela enésima vez que é inocente.
Ou Dilma é fraca, capaz de demitir um auxiliar que vinha fazendo um trabalho excepcional, ou não costuma dar valor às palavras que usa.
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