Miriam Leitão, O Globo
As contas públicas do primeiro ano do governo Dilma são menos brilhantes do que parecem. Chegou-se a novembro com quase toda a meta cumprida. Ótimo.
Os problemas são: essa não é a melhor meta; o ajuste foi feito com aumento da arrecadação e da carga tributária; os gastos comprimidos foram os dos investimentos; alguns gastos continuam não sendo contabilizados.
A comparação feita pelo Ministério da Fazenda com os países europeus para mostrar que o quadro fiscal brasileiro é bem mais favorável do que países como a Inglaterra é grosseiramente equivocada. Eles estão em crise e pioraram muito os dados fiscais.
A piora deles não torna o Brasil melhor, apenas relativamente melhor.
Nós, felizmente, não estamos em crise e mesmo assim terminamos o ano com um déficit de 2,36% do PIB no critério nominal.
O país usa há muito tempo o conceito de resultado primário. Isso fazia sentido anos atrás quando ainda se estava completando o trabalho de transição para a economia de inflação controlada. Há anos o Brasil deveria prestar mais atenção ao conceito nominal; que inclui o custo do pagamento de juros e é a forma mais completa de ver as contas públicas.
Em 2005, o então ministro Antonio Palocci sugeriu que se buscasse o déficit zero, aproveitando o bom momento da economia brasileira.
A então ministra-chefe da Casa Civil disse que era um objetivo “rudimentar”. Nada mais equivocado.
Se tivesse buscado o déficit zero naquela ocasião o país teria enfrentado de forma muito melhor a crise de 2008, que levou o Brasil à recessão em 2009.
O superávit primário foi conseguido principalmente por aumento de arrecadação. A arrecadação das receitas federais aumentou 11,69% de janeiro a novembro, já descontada a inflação, em relação ao mesmo período do ano passado. A receita do Imposto de Renda Pessoa Física ficou 20,69% maior no período, só para citar um imposto.
Ao mesmo tempo, os investimentos caíram de R$ 39,82 bilhões, em 2010, para R$ 38,75 bilhões, este ano, uma redução de 2,7%.
A queda é ainda maior quando se calcula que o orçamento permitia investimentos que não foram realizados.
Já os gastos de pessoal e encargos sociais subiram 8%, de R$ 147 bilhões para R$ 160 bilhões.
Quando os dados estiverem todos calculados o Brasil vai constatar que a carga tributária aumentou mais de um ponto percentual do PIB, na visão do economista Rogério Werneck. A compressão das despesas pegou exatamente o que não deveria pegar: os recursos para investimentos.
O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) já estima que a alta será de 1,5 ponto, que elevará a carga a 36% do PIB.
Para se ter uma ideia, em 1995, a carga tributária no Brasil era de 28,92%, ou seja, o Estado está sempre tendo que aumentar o peso dos impostos para cobrir o seu aumento de gastos.
Entra governo e sai governo, é a mesma coisa.
A cada ano, o Estado tira mais dos cidadãos que pagam impostos para cobrir gastos crescentes.
Claro que uma política fiscal assim tem limites.
O Tesouro ainda tem gastos não corretamente contabilizados como o custo que tem tido nos últimos anos – e teve de novo em 2011 – com o BNDES.
O governo chama a transferência de recursos para o banco de “empréstimos” porque assim não entra como gasto. Claro que não é empréstimo e ainda que fosse tinha que ser registrado em orçamento a diferença entre o custo de captação do Tesouro e o custo dos juros cobrados pelo BNDES dos empresários.
Esse é um ponto opaco das contas públicas e o Brasil tem que continuar o esforço de tornar mais transparentes e auditáveis os gastos públicos. O que está acontecendo entre o Tesouro e o BNDES é um retrocesso nessa tendência.
Desde a crise de 2008-2009 o BNDES já recebeu nessa modalidade de “empréstimo” R$ 285 bilhões.
Este ano foram transferidos para o banco R$ 45 bilhões.
(continua)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
"PIBÃO COMPANHEIRO"
O Brasil comemora o crescimento do PIB, afinal, nunca um governo brasileiro arrecadou tanto, nunca o povo pagou tantos impostos, isso contribui para a economia e para a popularidade da presidente.
Nós bancamos tudo isso, mas o que é feito com tanto dinheiro?
Estudos informam que o povo brasileiro perde "70 BILHÕES" por ano somente com dinheiro desviado pela corrupção.
Essa verba deveria ser usada para investir em saúde, educação, segurança, estradas e, entre outras coisas, promover um salto nos salários do trabalhador e nos incentivos ao empreendedor.
O salário mínimo no Reino Unido, por exemplo, ultrapassado pelo Brasil no ranking das maiores economias do mundo, é aproximadamente quatro vezes superior ao nosso.
Editorial de O Globo mostra que a renda per capita brasileira é de apenas US$ 12.916, enquanto a inglesa está em quase US$ 40 mil.
Dados recentes divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a respeito do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra que ainda existe um abismo separando Brasil e países desenvolvidos, como o Reino Unido (em 28º).
De acordo com as últimas estatísticas, o Brasil ocupa a 84ª posição de um ranking com 187 países avaliados.
No entanto, quando se leva em conta a desigualdade, o país perde 13 posições, ocupando a 97ª posição no ranking dos países.
O ministro da Fazenda reconhece que, nesse ritmo, o Brasil demorará até 20 anos para ter padrão de vida europeu.
Entretanto, os gastos do governo, incluindo cartões corporativos e publicidade, não param de aumentar.
Corretíssima a afirmação do CoroneLeaks:
"Se os custos com a máquina pública fossem reduzidos pela metade, cada brasileiro que trabalha receberia mais R$ 1.000,00 por ano, em média.
Com uma máquina deste tamanho não há PIB que aguente."
Máquina pública devorará R$ 203 bi em 2012
A presidente Dilma Rousseff saiu vitoriosa na queda de braço com servidores do Judiciário e do Legislativo que queriam reajustes aprovados no Orçamento da União de 2012.
Mas, mesmo sem novos reajustes, os gastos com pessoal e encargos sociais dos três Poderes no ano que vem ultrapassarão a barreira dos R$200 bilhões.
O volume chega a R$203,24 bilhões, contra R$199,7 bilhões de 2011.
O governo informa que os gastos com pessoal representam 8,9% de toda a despesa prevista para 2012.
(...)
Sem nenhum aumento, os gastos com o Poder Judiciário serão de R$23,38 bilhões. A mensagem ainda fixou em R$7,1 bilhões as despesas de pessoal do Poder Legislativo; R$3 bilhões do Ministério Público da União (MPU) e R$169,5 bilhões as despesas do Poder Executivo. O valor inclui vencimentos, encargos sociais e pagamentos de sentenças judiciais. Segundo a Comissão Mista de Orçamento, levando em conta os valores da mensagem presidencial, o Executivo representará 27,42% (quando seu limite é 40,2%); o Judiciário ficará com 3,78% (quando seu limite é 6%); o Legislativo terá 1,16% (quando seu limite é 2,5%) e o Ministério Público da União terá 0,49% (quando seu limite é 0,6%). (O Globo)
Íntegra AQUI.
Mas, mesmo sem novos reajustes, os gastos com pessoal e encargos sociais dos três Poderes no ano que vem ultrapassarão a barreira dos R$200 bilhões.
O volume chega a R$203,24 bilhões, contra R$199,7 bilhões de 2011.
O governo informa que os gastos com pessoal representam 8,9% de toda a despesa prevista para 2012.
(...)
Sem nenhum aumento, os gastos com o Poder Judiciário serão de R$23,38 bilhões. A mensagem ainda fixou em R$7,1 bilhões as despesas de pessoal do Poder Legislativo; R$3 bilhões do Ministério Público da União (MPU) e R$169,5 bilhões as despesas do Poder Executivo. O valor inclui vencimentos, encargos sociais e pagamentos de sentenças judiciais. Segundo a Comissão Mista de Orçamento, levando em conta os valores da mensagem presidencial, o Executivo representará 27,42% (quando seu limite é 40,2%); o Judiciário ficará com 3,78% (quando seu limite é 6%); o Legislativo terá 1,16% (quando seu limite é 2,5%) e o Ministério Público da União terá 0,49% (quando seu limite é 0,6%). (O Globo)
Íntegra AQUI.
NÃO TEM VERBA PARA QUEM QUER ESTUDAR, ONDE ESTÁ O DINHEIRO?
UNE recebe R$ 44,6 milhões e não presta contas. Onde está o dinheiro?
CoroneLeaks
Hoje a Folha de São Paulo informa que o governo federal está pagando a última parcela dos R$ 44,6 milhões presenteados por Lula para a reconstrução da sede da UNE, queimada "pela ditadura".
Até hoje a entidade estudantil não prestou contas dos valores recebidos.
E já recebeu R$ 30 milhões.
Só foi mostrado o projeto e Lula lançou a pedra fundamental, há um ano atrás.
Como é dinheiro público, é obrigação da entidade estudantil mostrar onde está aplicando os recursos.
Ainda existe Ministério Público Federal no Brasil?
Ainda existe o dinheiro?
CoroneLeaks
Hoje a Folha de São Paulo informa que o governo federal está pagando a última parcela dos R$ 44,6 milhões presenteados por Lula para a reconstrução da sede da UNE, queimada "pela ditadura".
Até hoje a entidade estudantil não prestou contas dos valores recebidos.
E já recebeu R$ 30 milhões.
Só foi mostrado o projeto e Lula lançou a pedra fundamental, há um ano atrás.
Como é dinheiro público, é obrigação da entidade estudantil mostrar onde está aplicando os recursos.
Ainda existe Ministério Público Federal no Brasil?
Ainda existe o dinheiro?
PRIORIDADE DOS GASTOS DO GOVERNO DO PT É A MARQUETAGEM
A pedagogia da marquetagem
Elio Gaspari, O Globo
A compra de 300 mil tabuletas (equipamento também conhecido como tablet) para estudantes da rede de ensino público nacional poderá ser a última encrenca da gestão do ministro Fernando Haddad, ou a primeira de Aloizio Mercadante.
O repórter Luciano Máximo informa que falta pouco para que o governo federal ponha na rua o edital de licitação para essa encomenda.
Governos que pagam mal aos professores, que não têm programas sérios de capacitação dos mestres, onde escolas estão caindo aos pedaços, descobriram que a compra de equipamentos eletrônicos é um bálsamo da pedagogia da marquetagem.
Cria-se a impressão de que se chegou ao futuro sem sair do passado.
(...)
A rede pública de Nova York, com 1,1 milhão de estudantes, investiu apenas US$ 1,3 milhão, numa experiência que colocou dois mil iPads nas mãos de professores e de alunos de algumas escolas. Já a cidade mineira de Itabira (12 mil jovens na rede pública) comprou três mil laptops, num investimento de US$ 573 mil.
Na Índia, onde se fabricam tabuletas simples por US$ 35, existe um projeto piloto, para 100 mil alunos, num universo de 300 milhões de estudantes. Se tudo der certo, algum dia distribuirão 10 milhões de unidades.
Na Coreia, o governo planeja colocar tabuletas nas mãos de todas as crianças do ensino fundamental. Lá, a garotada tem jornadas de estudo de 12 horas diárias.
O projeto de Pindorama parece mais com o do Cazaquistão do companheiro Borat, onde se prevê a compra de 83 mil tabuletas até 2020.
Encomendas milionárias de computadores ou tabuletas para a rede pública são apenas compras milionárias, com tudo o que isso significa.
(...)
Uma boa ideia não precisa desembocar em contratos megalomaníacos que terminam em escândalos.
Se um cidadão que cuida do seu orçamento não sabe qual tabuleta deve comprar, o governo, que cuida da Bolsa da Viúva, deve ter a humildade de reconhecer que não se deve encomendar 300 mil tabuletas, atendendo a fabricantes que não conseguem produzir máquinas baratas como as indianas ou versáteis como as americanas, japonesas e coreanas.
Se esses equipamentos só desembarcarem em cidades e escolas onde houver banda larga e professores devidamente capacitados, tudo bem.
Se o que se busca é propaganda, basta comprar 20 tabuletas, chamar a equipe de marqueteiros que faz filmes para as campanhas eleitorais e rodar o vídeo.
Consegue-se o efeito e economiza-se uma montanha de dinheiro.
Íntegra AQUI.
Elio Gaspari, O Globo
A compra de 300 mil tabuletas (equipamento também conhecido como tablet) para estudantes da rede de ensino público nacional poderá ser a última encrenca da gestão do ministro Fernando Haddad, ou a primeira de Aloizio Mercadante.
O repórter Luciano Máximo informa que falta pouco para que o governo federal ponha na rua o edital de licitação para essa encomenda.
Governos que pagam mal aos professores, que não têm programas sérios de capacitação dos mestres, onde escolas estão caindo aos pedaços, descobriram que a compra de equipamentos eletrônicos é um bálsamo da pedagogia da marquetagem.
Cria-se a impressão de que se chegou ao futuro sem sair do passado.
(...)
A rede pública de Nova York, com 1,1 milhão de estudantes, investiu apenas US$ 1,3 milhão, numa experiência que colocou dois mil iPads nas mãos de professores e de alunos de algumas escolas. Já a cidade mineira de Itabira (12 mil jovens na rede pública) comprou três mil laptops, num investimento de US$ 573 mil.
Na Índia, onde se fabricam tabuletas simples por US$ 35, existe um projeto piloto, para 100 mil alunos, num universo de 300 milhões de estudantes. Se tudo der certo, algum dia distribuirão 10 milhões de unidades.
Na Coreia, o governo planeja colocar tabuletas nas mãos de todas as crianças do ensino fundamental. Lá, a garotada tem jornadas de estudo de 12 horas diárias.
O projeto de Pindorama parece mais com o do Cazaquistão do companheiro Borat, onde se prevê a compra de 83 mil tabuletas até 2020.
Encomendas milionárias de computadores ou tabuletas para a rede pública são apenas compras milionárias, com tudo o que isso significa.
(...)
Uma boa ideia não precisa desembocar em contratos megalomaníacos que terminam em escândalos.
Se um cidadão que cuida do seu orçamento não sabe qual tabuleta deve comprar, o governo, que cuida da Bolsa da Viúva, deve ter a humildade de reconhecer que não se deve encomendar 300 mil tabuletas, atendendo a fabricantes que não conseguem produzir máquinas baratas como as indianas ou versáteis como as americanas, japonesas e coreanas.
Se esses equipamentos só desembarcarem em cidades e escolas onde houver banda larga e professores devidamente capacitados, tudo bem.
Se o que se busca é propaganda, basta comprar 20 tabuletas, chamar a equipe de marqueteiros que faz filmes para as campanhas eleitorais e rodar o vídeo.
Consegue-se o efeito e economiza-se uma montanha de dinheiro.
Íntegra AQUI.
CALOTE MILIONÁRIO COMPROMETE "FIES"
O Estado de São Paulo, tão odiado e combatido pelos petistas, estabeleceu um convênio, em 2003, entre o Governo do Estado e as Instituições de Ensino Superior, por meio da Secretaria de Estado da Educação.
É a Bolsa Universidade, mais um programa tucano que o PT copiou quando lançou o PROUNI.
Agora começam a aparecer problemas com o FIES, Financiamento Estudantil, programa criado em 1999 (FHC), que financia a graduação no Ensino Superior de estudantes que não possuem condições de arcar com os custos de sua formação.
Fabio Takahashi, Folha de São Paulo
No Fies, o aluno beneficiado tem a mensalidade parcial ou totalmente custeada pelo governo durante o curso.
Porém, segundo representantes das universidades privadas, o repasse do valor das mensalidades não está sendo feito pela União.
O valor reivindicado é de ao menos R$ 500 milhões e, por esse motivo, o setor ameaça reduzir e até mesmo cancelar as vagas para novos beneficiários em 2012.
Assinante do jornal leia mais em Faculdades ameaçam vetar alunos com crédito estudantil.
É a Bolsa Universidade, mais um programa tucano que o PT copiou quando lançou o PROUNI.
Agora começam a aparecer problemas com o FIES, Financiamento Estudantil, programa criado em 1999 (FHC), que financia a graduação no Ensino Superior de estudantes que não possuem condições de arcar com os custos de sua formação.
Fabio Takahashi, Folha de São Paulo
No Fies, o aluno beneficiado tem a mensalidade parcial ou totalmente custeada pelo governo durante o curso.
Porém, segundo representantes das universidades privadas, o repasse do valor das mensalidades não está sendo feito pela União.
O valor reivindicado é de ao menos R$ 500 milhões e, por esse motivo, o setor ameaça reduzir e até mesmo cancelar as vagas para novos beneficiários em 2012.
Assinante do jornal leia mais em Faculdades ameaçam vetar alunos com crédito estudantil.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Resposta aos difamadores
Por Eduardo Graeff
Verônica Serra divulgou a nota que transcrevo a seguir, a propósito do mais recente dossiê - este em forma de livro - fabricado contra o PSDB.
A “privataria” é uma peneira gasta para tapar o sol da corrupção em série nos governos do PT. Nada foi mais investigado no Brasil do que as privatizações. A tentativa de ressuscitar o tema seria ridícula se mirasse apenas os alvos preferenciais do petismo.
Mas atacar a família de um adversário do jeito que têm atacado Verônica ultrapassa qualquer limite da “luta política”, como eles dizem. Até bandidos têm código. Os que estão por trás deste ataque não têm nenhum.
Segue a Nota Oficial de Verônica Serra:
"Nos últimos dias, têm sido publicadas e republicadas, na imprensa escrita e eletrônica, insinuações e acusações totalmente falsas a meu respeito.
São notícias plantadas desde 2002 — ano em que meu pai foi candidato a presidente pela primeira vez — e repetidas em todas as campanhas posteriores, não obstantes os esclarecimentos prestados a cada oportunidade.
Basta lembrar que, em 2010, fui vítima de quebra ilegal de sigilo fiscal, tendo seus autores sido indiciados pela Polícia Federal. E, agora, uma organizada e fartamente financiada rede de difamação dedicou-se a propalar infâmias intensamente através de um livro e pela internet.
Para atingir meu pai, buscam atacar a sua família com mentiras e torpezas.
1. Quais são os fatos?
- Nunca estive envolvida nem remotamente com qualquer tipo de movimentação ilegal de recursos.
- Nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas.
- Jamais intermediei nenhum negócio entre empresa privada e setor público no Brasil ou em qualquer parte do mundo.
- Não fui sócia de Verônica Dantas, apenas integramos o mesmo conselho de administração.
Faço uma breve reconstituição desses fatos, comprováveis por farta documentação.
(AQUI)
Encerro destacando que posso comprovar cada uma das afirmações que faço aqui. Já os caluniadores e difamadores não podem provar uma só de suas acusações e vão responder por isso na justiça. Resta-me confiar na Polícia e na Justiça do meu país, para que os mercadores da reputação alheia não fiquem impunes."
Verônica Serra divulgou a nota que transcrevo a seguir, a propósito do mais recente dossiê - este em forma de livro - fabricado contra o PSDB.
A “privataria” é uma peneira gasta para tapar o sol da corrupção em série nos governos do PT. Nada foi mais investigado no Brasil do que as privatizações. A tentativa de ressuscitar o tema seria ridícula se mirasse apenas os alvos preferenciais do petismo.
Mas atacar a família de um adversário do jeito que têm atacado Verônica ultrapassa qualquer limite da “luta política”, como eles dizem. Até bandidos têm código. Os que estão por trás deste ataque não têm nenhum.
Segue a Nota Oficial de Verônica Serra:
"Nos últimos dias, têm sido publicadas e republicadas, na imprensa escrita e eletrônica, insinuações e acusações totalmente falsas a meu respeito.
São notícias plantadas desde 2002 — ano em que meu pai foi candidato a presidente pela primeira vez — e repetidas em todas as campanhas posteriores, não obstantes os esclarecimentos prestados a cada oportunidade.
Basta lembrar que, em 2010, fui vítima de quebra ilegal de sigilo fiscal, tendo seus autores sido indiciados pela Polícia Federal. E, agora, uma organizada e fartamente financiada rede de difamação dedicou-se a propalar infâmias intensamente através de um livro e pela internet.
Para atingir meu pai, buscam atacar a sua família com mentiras e torpezas.
1. Quais são os fatos?
- Nunca estive envolvida nem remotamente com qualquer tipo de movimentação ilegal de recursos.
- Nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas.
- Jamais intermediei nenhum negócio entre empresa privada e setor público no Brasil ou em qualquer parte do mundo.
- Não fui sócia de Verônica Dantas, apenas integramos o mesmo conselho de administração.
Faço uma breve reconstituição desses fatos, comprováveis por farta documentação.
(AQUI)
Encerro destacando que posso comprovar cada uma das afirmações que faço aqui. Já os caluniadores e difamadores não podem provar uma só de suas acusações e vão responder por isso na justiça. Resta-me confiar na Polícia e na Justiça do meu país, para que os mercadores da reputação alheia não fiquem impunes."
"PRIVATARIA COMPANHEIRA"
Atenção aos personagens da matéria de 2006, da Veja on-line, e relacionem aos nomes citados em panfletos caluniosos que tentam destruir a reputação de José Serra e de sua família.
Antes de cair na conversa dos pregadores do ódio ou acreditar em falso testemunho de quem é pago para mentir, convém relembrar alguns fatos.
.........................
É ainda pior do que se pensava
Enquanto seu filho enriquecia, Lula quis mudar a lei que atrapalhava a (OI) Telemar
Alexandre Oltramari
Já se sabia que o biólogo Fábio Luís da Silva, um dos filhos do presidente Lula, se tornou milionário nos últimos anos fazendo negócios com a Telemar, a maior operadora de telefones do país.
Também se sabia que, além de ser uma concessionária de serviço público, a Telemar é em parte uma empresa pública, pois 55% de suas ações pertencem ao Banco do Brasil, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a fundos de pensão de estatais.
...Em primeiro lugar, o repasse da Telemar para Lulinha não se limitou a 5 milhões de reais, como se noticiou no ano passado, nem a 10 milhões de reais, como a empresa admitiu há duas semanas.
A cifra é ainda maior: bate na casa dos 15 milhões de reais.
O mais estranho é que, enquanto a Telemar abastecia o filho de Lula com recursos, o Palácio do Planalto preparava uma mudança na legislação que beneficiava a Telemar.
(...)
Enquanto os negócios com Lulinha prosperavam, a Telemar articulava paralelamente uma transação cujo êxito dependia do governo: queria comprar a Brasil Telecom.
Como a legislação brasileira proíbe que uma empresa seja dona de duas operadoras de telefonia ao mesmo tempo, o negócio só se viabilizaria com uma mudança na lei.
(...)
O fato é que, desde o início de 2005, o governo vinha discutindo mudar a lei para permitir que uma empresa controlasse duas concessionárias ao mesmo tempo – presente dos céus à Telemar.
Mas a mudança dividia o governo.
Luiz Gushiken, então titular da Secretaria de Comunicação, era favorável à alteração, que beneficiaria os planos expansionistas de Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, controladores da Telemar.
José Dirceu, que ocupava a Casa Civil, apoiava o empresário Daniel Dantas, então controlador da Brasil Telecom. Dirceu, portanto, era contra a mudança da lei.
O cabo-de-guerra entre as teles coincidiu com um assédio repentino ao governo.
Daniel Dantas contratou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, amigão de José Dirceu, por 8 milhões de reais.
Contratou, também, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, por 1 milhão de reais.
Não se sabe até hoje que serviço jurídico eles prestaram.
Do lado da Telemar, a situação era mais tranqüila.
Um dos controladores, o empreiteiro Sérgio Andrade, é um velho conhecido do presidente.
A única filha de Lula, Lurian, chegou a morar no apartamento de familiares de Andrade em Paris.
Além disso, Lulinha, a essa altura, já era sócio da Telemar na Gamecorp havia seis meses – embora o público ainda não soubesse disso.
(continua)
Antes de cair na conversa dos pregadores do ódio ou acreditar em falso testemunho de quem é pago para mentir, convém relembrar alguns fatos.
.........................
É ainda pior do que se pensava
Enquanto seu filho enriquecia, Lula quis mudar a lei que atrapalhava a (OI) Telemar
Alexandre Oltramari
Já se sabia que o biólogo Fábio Luís da Silva, um dos filhos do presidente Lula, se tornou milionário nos últimos anos fazendo negócios com a Telemar, a maior operadora de telefones do país.
Também se sabia que, além de ser uma concessionária de serviço público, a Telemar é em parte uma empresa pública, pois 55% de suas ações pertencem ao Banco do Brasil, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a fundos de pensão de estatais.
...Em primeiro lugar, o repasse da Telemar para Lulinha não se limitou a 5 milhões de reais, como se noticiou no ano passado, nem a 10 milhões de reais, como a empresa admitiu há duas semanas.
A cifra é ainda maior: bate na casa dos 15 milhões de reais.
O mais estranho é que, enquanto a Telemar abastecia o filho de Lula com recursos, o Palácio do Planalto preparava uma mudança na legislação que beneficiava a Telemar.
(...)
Enquanto os negócios com Lulinha prosperavam, a Telemar articulava paralelamente uma transação cujo êxito dependia do governo: queria comprar a Brasil Telecom.
Como a legislação brasileira proíbe que uma empresa seja dona de duas operadoras de telefonia ao mesmo tempo, o negócio só se viabilizaria com uma mudança na lei.
(...)
O fato é que, desde o início de 2005, o governo vinha discutindo mudar a lei para permitir que uma empresa controlasse duas concessionárias ao mesmo tempo – presente dos céus à Telemar.
Mas a mudança dividia o governo.
Luiz Gushiken, então titular da Secretaria de Comunicação, era favorável à alteração, que beneficiaria os planos expansionistas de Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, controladores da Telemar.
José Dirceu, que ocupava a Casa Civil, apoiava o empresário Daniel Dantas, então controlador da Brasil Telecom. Dirceu, portanto, era contra a mudança da lei.
O cabo-de-guerra entre as teles coincidiu com um assédio repentino ao governo.
Daniel Dantas contratou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, amigão de José Dirceu, por 8 milhões de reais.
Contratou, também, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, por 1 milhão de reais.
Não se sabe até hoje que serviço jurídico eles prestaram.
Do lado da Telemar, a situação era mais tranqüila.
Um dos controladores, o empreiteiro Sérgio Andrade, é um velho conhecido do presidente.
A única filha de Lula, Lurian, chegou a morar no apartamento de familiares de Andrade em Paris.
Além disso, Lulinha, a essa altura, já era sócio da Telemar na Gamecorp havia seis meses – embora o público ainda não soubesse disso.
(continua)
Querem impor a mordaça
Marco Antonio Villa, O Globo
Não é novidade a forma de agir dos donos do poder. Nas três últimas eleições presidenciais, o PT e seus comparsas produziram dossiês, violaram sigilos fiscais e bancários, espalharam boatos, caluniaram seus opositores, montaram farsas. Não tiveram receio de transgredir a Constituição e todo aparato legal.
Para ganhar, praticaram a estratégia do vale-tudo. Transformaram seus militantes, incrustados na máquina do Estado, em informantes, em difamadores dos cidadãos. A máquina petista virou uma Stasi tropical, tão truculenta como aquela que oprimiu os alemães-orientais durante 40 anos.
A truculência é uma forma fascista de evitar o confronto de ideias. Para os fascistas, o debate é nocivo à sua forma de domínio, de controle absoluto da sociedade, pois pressupõe a existência do opositor.
Para o PT, que segue esta linha, a política não é o espaço da cidadania. Na verdade, os petistas odeiam a política. Fizeram nos últimos anos um trabalho de despolitizar os confrontos ideológicos e infantilizaram as divergências (basta recordar a denominação “mãe do PAC”).
A pluralidade ideológica e a alternância do poder foram somente suportadas. Na verdade, os petistas odeiam ter de conviver com a democracia. No passado adjetivavam o regime como “burguês”; hoje, como detém o poder, demonizam todos aqueles que se colocam contra o seu projeto autoritário.
Enxergam na Venezuela, no Equador e, mais recentemente, na Argentina exemplos para serem seguidos. Querem, como nestes três países, amordaçar os meios de comunicação e impor a ferro e fogo seu domínio sobre a sociedade.
Mesmo com todo o poder de Estado, nunca conseguiram vencer, no primeiro turno, uma eleição presidencial. Encontraram resistência por parte de milhões de eleitores. Mas não desistiram de seus propósitos. Querem controlar a imprensa de qualquer forma.
Para isso contam com o poder financeiro do governo e de seus asseclas. Compram consciências sem nenhum recato. E não faltam vendedores sequiosos para mamar nas tetas do Estado.
O panfleto de Amaury Ribeiro Junior (“A privataria tucana”) é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto. E foi publicado, neste momento, justamente com a intenção de desviar a atenção nacional dos sucessivos escândalos de corrupção do governo federal.
A marca oficialista é tão evidente que, na quarta capa, o editor usa a expressão “malfeito”, popularizada recentemente pela presidente Dilma Rousseff quando defendeu seus ministros corruptos.
Sob o pretexto de criticar as privatizações, focou exclusivamente o seu panfleto em José Serra.
O autor chegou a pagar a um despachante para violar os sigilos fiscais de vários cidadãos, tudo isso sob a proteção de uma funcionária (petista, claro) da agência da Receita Federal, em Mauá, região metropolitana de São Paulo. Ribeiro — que está sendo processado — não tem vergonha de confessar o crime. Disse que não sabia como o despachante obtinha as informações sigilosas.
(continua)
O PT não terá dúvida em rasgar a Constituição, se for necessário ao seu plano de perpetuação no poder.
O panfleto é somente uma pequena peça da estrutura fascista do petismo.
..................................
Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP).
Não é novidade a forma de agir dos donos do poder. Nas três últimas eleições presidenciais, o PT e seus comparsas produziram dossiês, violaram sigilos fiscais e bancários, espalharam boatos, caluniaram seus opositores, montaram farsas. Não tiveram receio de transgredir a Constituição e todo aparato legal.
Para ganhar, praticaram a estratégia do vale-tudo. Transformaram seus militantes, incrustados na máquina do Estado, em informantes, em difamadores dos cidadãos. A máquina petista virou uma Stasi tropical, tão truculenta como aquela que oprimiu os alemães-orientais durante 40 anos.
A truculência é uma forma fascista de evitar o confronto de ideias. Para os fascistas, o debate é nocivo à sua forma de domínio, de controle absoluto da sociedade, pois pressupõe a existência do opositor.
Para o PT, que segue esta linha, a política não é o espaço da cidadania. Na verdade, os petistas odeiam a política. Fizeram nos últimos anos um trabalho de despolitizar os confrontos ideológicos e infantilizaram as divergências (basta recordar a denominação “mãe do PAC”).
A pluralidade ideológica e a alternância do poder foram somente suportadas. Na verdade, os petistas odeiam ter de conviver com a democracia. No passado adjetivavam o regime como “burguês”; hoje, como detém o poder, demonizam todos aqueles que se colocam contra o seu projeto autoritário.
Enxergam na Venezuela, no Equador e, mais recentemente, na Argentina exemplos para serem seguidos. Querem, como nestes três países, amordaçar os meios de comunicação e impor a ferro e fogo seu domínio sobre a sociedade.
Mesmo com todo o poder de Estado, nunca conseguiram vencer, no primeiro turno, uma eleição presidencial. Encontraram resistência por parte de milhões de eleitores. Mas não desistiram de seus propósitos. Querem controlar a imprensa de qualquer forma.
Para isso contam com o poder financeiro do governo e de seus asseclas. Compram consciências sem nenhum recato. E não faltam vendedores sequiosos para mamar nas tetas do Estado.
O panfleto de Amaury Ribeiro Junior (“A privataria tucana”) é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto. E foi publicado, neste momento, justamente com a intenção de desviar a atenção nacional dos sucessivos escândalos de corrupção do governo federal.
A marca oficialista é tão evidente que, na quarta capa, o editor usa a expressão “malfeito”, popularizada recentemente pela presidente Dilma Rousseff quando defendeu seus ministros corruptos.
Sob o pretexto de criticar as privatizações, focou exclusivamente o seu panfleto em José Serra.
O autor chegou a pagar a um despachante para violar os sigilos fiscais de vários cidadãos, tudo isso sob a proteção de uma funcionária (petista, claro) da agência da Receita Federal, em Mauá, região metropolitana de São Paulo. Ribeiro — que está sendo processado — não tem vergonha de confessar o crime. Disse que não sabia como o despachante obtinha as informações sigilosas.
(continua)
O PT não terá dúvida em rasgar a Constituição, se for necessário ao seu plano de perpetuação no poder.
O panfleto é somente uma pequena peça da estrutura fascista do petismo.
..................................
Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP).
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Balcão de negócios internacional explicaria a resignação do governo italiano no caso Battisti?
Infraero favorece empresa ligada a irmão de Berlusconi
Folha.com
Uma empresa ligada ao irmão mais novo do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que oferece seguro e serviço de proteção de bagagens em aeroportos, tem sido alvo de favorecimentos por parte da Infraero.
A TrueStar teve contratos de locação no aeroporto internacional de Guarulhos renovados sem licitação, como determina a lei.
Sobre a denúncia, a Infraero informou, por meio de nota, que a auditoria interna que está sendo realizada para apurar as denúncias de irregularidade deve ser concluída somente no fim de fevereiro.
Folha.com
Uma empresa ligada ao irmão mais novo do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que oferece seguro e serviço de proteção de bagagens em aeroportos, tem sido alvo de favorecimentos por parte da Infraero.
A TrueStar teve contratos de locação no aeroporto internacional de Guarulhos renovados sem licitação, como determina a lei.
Sobre a denúncia, a Infraero informou, por meio de nota, que a auditoria interna que está sendo realizada para apurar as denúncias de irregularidade deve ser concluída somente no fim de fevereiro.
DE BILHÃO EM BILHÃO, BRASILEIRO NEM VÊ A COR DO "PIBÃO"
Rombo em ministérios apontam desvios de R$ 1,1 bilhão
Roberto Maltchik, O Globo
Além de derrubar cinco ministros este ano, as investigações de desvio de recursos públicos em órgãos federais identificaram ao menos 88 servidores públicos, de carreira ou não, suspeitos de envolvimento em ações escusas que acumulam dano potencial de R$ 1,1 bilhão.
Esse valor inclui recursos pagos e também dinheiro cuja liberação chegou a ser barrada antes do pagamento. A recuperação do que saiu irregularmente dos cofres públicos ainda dependerá de um longo e penoso processo, até que parte desse dinheiro retorne ao Erário.
Os desvios foram constatados em investigações da Controladoria Geral da União (CGU) e dos cinco ministérios cujos titulares foram exonerados — Transportes, Agricultura, Turismo, Esporte e Trabalho. Outros dois ministros — da Casa Civil e da Defesa — caíram este ano, mas não por irregularidades neste governo. Antonio Palocci (Casa Civil) saiu por suspeitas de tráfico de influência antes de virar ministro, e Nelson Jobim (Defesa), após fazer críticas ao governo.
(...)
Os casos apurados em 2011 são fraudes que prosperaram silenciosamente durante o governo Lula, sem que nada fosse feito. Um "autismo" gerencial, de acordo com o cientista político Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília (UnB).
(continua)
Roberto Maltchik, O Globo
Além de derrubar cinco ministros este ano, as investigações de desvio de recursos públicos em órgãos federais identificaram ao menos 88 servidores públicos, de carreira ou não, suspeitos de envolvimento em ações escusas que acumulam dano potencial de R$ 1,1 bilhão.
Esse valor inclui recursos pagos e também dinheiro cuja liberação chegou a ser barrada antes do pagamento. A recuperação do que saiu irregularmente dos cofres públicos ainda dependerá de um longo e penoso processo, até que parte desse dinheiro retorne ao Erário.
Os desvios foram constatados em investigações da Controladoria Geral da União (CGU) e dos cinco ministérios cujos titulares foram exonerados — Transportes, Agricultura, Turismo, Esporte e Trabalho. Outros dois ministros — da Casa Civil e da Defesa — caíram este ano, mas não por irregularidades neste governo. Antonio Palocci (Casa Civil) saiu por suspeitas de tráfico de influência antes de virar ministro, e Nelson Jobim (Defesa), após fazer críticas ao governo.
(...)
Os casos apurados em 2011 são fraudes que prosperaram silenciosamente durante o governo Lula, sem que nada fosse feito. Um "autismo" gerencial, de acordo com o cientista político Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília (UnB).
(continua)
Brasil do PT, país sem lei: 'apagão’ misterioso fez sumir R$ 1 BILHÃO
Por Claudio Humberto
Caixa: petista deve explicar ‘apagão’ misterioso
A ex-vice-presidente de Tecnologia da Informação Clarice Coppetti, deve ser convocada pela oposição a explicar no Congresso como uma instituição do porte da Caixa Econômica Federal pôde gerar e distribuir, todos os meses, relatórios atestando que contratos do FCVS estavam desonerados, não tinham débitos, e poderiam merecer investimento do mercado, e três anos depois confessa que por três anos o sistema esteve sob suposto “apagão” e que os contratos tinham débitos.
Em família
Clarice Coppetti é mulher de um figurão da tecnocracia petista: Cesar Alvarez, atual secretário-executivo do Ministério das Comunicações.
Caixa de Pandora
O suposto “apagão”, com o maior jeitão de fraude, fez sumir R$ 1 bilhão e agora provoca desconfiança do mercado na própria Caixa.
Caixa de Pandora II
Deve também se explicar Joaquim Lima Oliveira, ex-vice-presidente de Fundos do Governo e atual vice de Tecnologia da Informação da Caixa.
Têm a contar sobre o caso: Marcos R. Vasconcelos, vice-presidente de Ativos de Terceiros e Raphael Rezende Neto, vice de Risco, na Caixa.
Caixa: petista deve explicar ‘apagão’ misterioso
A ex-vice-presidente de Tecnologia da Informação Clarice Coppetti, deve ser convocada pela oposição a explicar no Congresso como uma instituição do porte da Caixa Econômica Federal pôde gerar e distribuir, todos os meses, relatórios atestando que contratos do FCVS estavam desonerados, não tinham débitos, e poderiam merecer investimento do mercado, e três anos depois confessa que por três anos o sistema esteve sob suposto “apagão” e que os contratos tinham débitos.
Em família
Clarice Coppetti é mulher de um figurão da tecnocracia petista: Cesar Alvarez, atual secretário-executivo do Ministério das Comunicações.
Caixa de Pandora
O suposto “apagão”, com o maior jeitão de fraude, fez sumir R$ 1 bilhão e agora provoca desconfiança do mercado na própria Caixa.
Caixa de Pandora II
Deve também se explicar Joaquim Lima Oliveira, ex-vice-presidente de Fundos do Governo e atual vice de Tecnologia da Informação da Caixa.
Têm a contar sobre o caso: Marcos R. Vasconcelos, vice-presidente de Ativos de Terceiros e Raphael Rezende Neto, vice de Risco, na Caixa.
sábado, 24 de dezembro de 2011
NASCER TODOS OS DIAS, ISTO É NATAL!
Nasce entre nós um menino, é NATAL para os cristãos, anúncio do milagre da VIDA!
Na busca constante de um sentido para viver, os que creem encontram em Jesus nosso maior legado, Seus ensinamentos nos mostram onde reside nossa sabedoria, nossa força, toda a potencialidade e essência superior que nos conecta ao Divino.
Por onde passa deixa um rastro de LUZ que ilumina o caminho da PAZ, da VERDADE e do AMOR pela humanidade e por todas criaturas.
Todos podem seguir seus passos, porém esse caminho é de pedras, muitos tropeçam, outros desistem, cada vez mais pessoas se acomodam na zona de conforto e permanecem distantes da Força Criadora que nos impulsiona para algo mais.
As pedras são elementos da realidade e existem para serem utilizadas na construção da GRANDE OBRA, o mundo herdado do Pai que confiou em cada um de nós a missão de cuidar, produzir e evoluir.
Nossa vida transitória é uma viagem de busca e aprendizado, mas tudo o que nos é revelado precisa ser traduzido em AÇÃO, pois a evolução é fruto do trabalho e de nada adianta restringir o conhecimento e nossas aptidões de raciocínio e habilidades ao mundo do sonho e das ideias.
Acreditar que a alma que clama por felicidade encontrará tudo o que procura na sociedade do espetáculo, do exibicionismo sem conteúdo, sem arte, nos bens de consumo ou na sensação de bem estar provocada pela propaganda que vende maravilhas é reduzir nossos ideais a conquistas efêmeras, pois o que é passageiro, mesmo que seja importante, não é suficiente para nos preencher plenamente diante de tantas possibilidades e estímulos que gritam no íntimo do ser humano.
Sabemos que somos muito mais que matéria, posições e poder.
Passamos o período do Advento - tempo de preparação para celebrar a vinda de Jesus, chegamos à véspera do grande DIA e nos aproximamos de um novo ano. É tempo de refletir sobre a coerência entre nossas palavras e ações.
No momento da celebração, que o nosso coração esteja preparado para compartilhar a alegria do Natal com aqueles que nos acompanham nessa caminhada.
Que o Senhor derrame suas bênçãos sobre nossas famílias e amigos queridos.
Que essas bênçãos se estendam aos familiares e amigos distantes, a todos os desconhecidos de todas as origens, de todos os credos, aos desamparados e aos que sofrem, aos vitoriosos que conquistaram o que fizeram por merecer, aos que desviaram que reencontrem o rumo certo, aos que se nutrem da maldade que revejam seus atos, aos que promovem a discórdia e estimulam o ódio que se arrependam para que sejam dignos do perdão, aos que são perseguidos, mas que buscam a JUSTIÇA, nunca a vingança, a todos nós que estamos sujeitos a erros, mas que acreditamos que o AMOR supera nossas falhas.
Que todos encontrem o Caminho de Cristo, defendendo Sua VERDADE.
Renovando os votos de Boas Festas, lembremos de oferecer ao menos uma prece ao principal aniversariante do dia.
Por isso, ofereço este texto como se fosse uma ORAÇÃO e que o melhor presente seja a partilha do AMOR e da HARMONIA nas famílias, entre amigos e vizinhos, no ambiente de trabalho, enfim, que os povos encontrem a PAZ!
Para que isso se realize, precisamos dar o primeiro passo, o compromisso de que cada dia de 2012 seja vivido como um Dia de NATAL!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
CAMPANHA QUE PODE SURPREENDER O BRASIL
Os brasileiros bem informados deveriam questionar com mais contundência os resultados das eleições presidenciais dos últimos anos, pois a força de determinadas lideranças tem sido incompatível com o desempenho de seu partido.
Os tucanos têm sofrido derrotas arrasadoras em Minas Gerais.
Tudo indica que Aécio Neves, liderança que é praticamente unanimidade em seu estado, não tem se empenhado para que sua popularidade se traduza em votos aos candidatos tucanos.
Para 2012, encontramos com frequência notas de jornais apresentando o mineiro como protagonista da campanha municipal da capital... paulista. .
Enquanto isso, mais uma vez petistas e aliados da capital mineira deverão contar com o apoio de um de seus principais cabos eleitorais, Aécio Neves.
Não há tucano em condições de concorrer na capital mineira?
O PSDB tem sofrido uma série de ataques e não tem reagido à altura.
José Serra está no limite da paciência com a falta de atitude das lideranças de seu partido, como foi divulgado AQUI.
Por este, entre outros motivos, torna-se essencial que a sociedade se mobilize.
Confiram:
Campanha: É verdade, Aécio? Não Vai Desmentir?
No Implicante
Antes de tudo, o vídeo:
Notem os aplausos do autor do livro. Mas sigamos…
Amaury Ribeiro alega que o mandante de suas ~investigações~ foi o Governo de Minas, que teria passado a tarefa ao jornal O Estado de Minas, onde ele trabalhava – e no nome de quem está o pagamento de uma passagem para São Paulo já quando o jornalista estava em férias e demissionário.
Protógenes Queiroz, condenado em primeira instância pela Justiça Federal de São Paulo por vazamento de documento sigiloso e provas forjadas em inquérito, e cujo processo agora está no STF porque se tornou deputado com os votos do Tiririca, pediu abertura de uma CPI baseada no livro de Amaury – este último, aliás, figura em inquérito da PF cujo relatório requer o indiciamento em alguns crimes.
Com o vídeo, nota-se o que seria o “retorno de Aécio” à empreitada da qual é acusado de dar início e ser beneficiário. Tudo começou em dezembro de 2007 – está no depoimento de Amaury à Polícia Federal – e, agora, resulta num requerimento de CPI. Nos dois momentos, o neto de Tancredo e irmão de Andrea é mencionado.
É verdade, Aécio? Não Vai Desmentir?
O Implicante, acreditando que tudo não passa de mentira, aguarda que Aécio Neves PROCESSE Amaury Ribeiro Jr. diante das acusações.
Aberta a campanha! Vamos lá, Aécio! Processe o Amaury!
Os tucanos têm sofrido derrotas arrasadoras em Minas Gerais.
Tudo indica que Aécio Neves, liderança que é praticamente unanimidade em seu estado, não tem se empenhado para que sua popularidade se traduza em votos aos candidatos tucanos.
Para 2012, encontramos com frequência notas de jornais apresentando o mineiro como protagonista da campanha municipal da capital... paulista. .
Enquanto isso, mais uma vez petistas e aliados da capital mineira deverão contar com o apoio de um de seus principais cabos eleitorais, Aécio Neves.
Não há tucano em condições de concorrer na capital mineira?
O PSDB tem sofrido uma série de ataques e não tem reagido à altura.
José Serra está no limite da paciência com a falta de atitude das lideranças de seu partido, como foi divulgado AQUI.
Por este, entre outros motivos, torna-se essencial que a sociedade se mobilize.
Confiram:
Campanha: É verdade, Aécio? Não Vai Desmentir?
No Implicante
Antes de tudo, o vídeo:
Notem os aplausos do autor do livro. Mas sigamos…
Amaury Ribeiro alega que o mandante de suas ~investigações~ foi o Governo de Minas, que teria passado a tarefa ao jornal O Estado de Minas, onde ele trabalhava – e no nome de quem está o pagamento de uma passagem para São Paulo já quando o jornalista estava em férias e demissionário.
Protógenes Queiroz, condenado em primeira instância pela Justiça Federal de São Paulo por vazamento de documento sigiloso e provas forjadas em inquérito, e cujo processo agora está no STF porque se tornou deputado com os votos do Tiririca, pediu abertura de uma CPI baseada no livro de Amaury – este último, aliás, figura em inquérito da PF cujo relatório requer o indiciamento em alguns crimes.
Com o vídeo, nota-se o que seria o “retorno de Aécio” à empreitada da qual é acusado de dar início e ser beneficiário. Tudo começou em dezembro de 2007 – está no depoimento de Amaury à Polícia Federal – e, agora, resulta num requerimento de CPI. Nos dois momentos, o neto de Tancredo e irmão de Andrea é mencionado.
É verdade, Aécio? Não Vai Desmentir?
O Implicante, acreditando que tudo não passa de mentira, aguarda que Aécio Neves PROCESSE Amaury Ribeiro Jr. diante das acusações.
Aberta a campanha! Vamos lá, Aécio! Processe o Amaury!
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Combate dos justos contra a guerra dos sujos
Ilimar Franco, O Globo
Por insistência do ex-governador José Serra, na reunião da Executiva do PSDB de anteontem, houve um debate sobre o livro “A privataria tucana”.
Serra afirmou que a publicação tinha o dedo do PT mas também do fogo amigo.
Depois fez críticas duras a um grupo de comunicação.
O secretário-geral do partido, deputado Rodrigo de Castro (MG), e o deputado Eduardo Azeredo (MG) não gostaram e saíram em defesa da empresa atacada.
Para a Executiva tucana, Serra afirmou:
“Sou a maior vítima de dossiês do partido”.
E citou Caimã e Amaury Ribeiro Jr./Fernando Pimentel.
Sobre o autor da publicação, comentou:
"O Amaury é um inocente útil, temos de descobrir é quem mandou fazer.”
Após relatar que leu o livro “A privataria tucana”, ele concluiu:
“O livro tem cem mentiras em suas 345 páginas.”
Serra também deu apoio à decisão do partido de processar o autor e a editora, dizendo que se tratava de um livro contra o partido e o governo do ex-presidente Fernando Henrique.
E lembrou que a coleta dos dados para o livro começou quando havia uma disputa interna pela candidatura a presidente nas eleições de 2010.
Por insistência do ex-governador José Serra, na reunião da Executiva do PSDB de anteontem, houve um debate sobre o livro “A privataria tucana”.
Serra afirmou que a publicação tinha o dedo do PT mas também do fogo amigo.
Depois fez críticas duras a um grupo de comunicação.
O secretário-geral do partido, deputado Rodrigo de Castro (MG), e o deputado Eduardo Azeredo (MG) não gostaram e saíram em defesa da empresa atacada.
Para a Executiva tucana, Serra afirmou:
“Sou a maior vítima de dossiês do partido”.
E citou Caimã e Amaury Ribeiro Jr./Fernando Pimentel.
Sobre o autor da publicação, comentou:
"O Amaury é um inocente útil, temos de descobrir é quem mandou fazer.”
Após relatar que leu o livro “A privataria tucana”, ele concluiu:
“O livro tem cem mentiras em suas 345 páginas.”
Serra também deu apoio à decisão do partido de processar o autor e a editora, dizendo que se tratava de um livro contra o partido e o governo do ex-presidente Fernando Henrique.
E lembrou que a coleta dos dados para o livro começou quando havia uma disputa interna pela candidatura a presidente nas eleições de 2010.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Enquanto o governo do PT enrola e improvisa, José Serra "REALIZA"
As chuvas no verão passado castigaram moradores de diversas regiões do Brasil, inclusive algumas cidades do estado de São Paulo.
Em Cubatão, município a 57 quilômetros da capital paulista, casas e barracos que ocupam a encosta e o sopé da Serra do Mar, área conhecida como bairros-cota, tem abrigado por mais de sessenta anos cerca de 30 mil pessoas em situação de risco.
Segundo cadastro concluído no fim de 2007 pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), havia 7.694 moradias nas áreas de Água Fria, Pilões (ambas ao longo do Rio Cubatão, pé da serra), Cota 95/100, Cota 200, Cota 400 e Cota 500, ao longo da via Anchieta. Cada cota indica a altitude em relação ao nível do mar.
O cadastro é parte do programa de recuperação sócio-ambiental do Parque Estadual da Serra do Mar.
AQUI informações sobre os programas habitacionais de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar.
AQUI matérias de um importante jornal da Baixada Santista que descreve o processo de remoção de famílias de áreas de risco durante o governo José Serra.
O programa surgiu como uma das prioridades do então governador José Serra, ou seja, remover moradores de áreas de risco e de preservação ambiental.
Mais de mil famílias já se mudaram para novos conjuntos habitacionais de Cubatão e de outras cidades da região.
Outras 570 famílias que ainda não receberam suas casas, mas que se encontravam em situação de vulnerabilidade, recebem auxílio-moradia.
AQUI video com imagens das novas residências construídas na gestão de José Serra.
A ocupação da Serra do Mar começou nos anos 1940, em acampamentos de operários que iniciaram a construção da via Anchieta, como mostra matéria no video abaixo.
A reportagem apresenta a realidade de milhares de moradores dos morros de Cubatão, prováveis vítimas de tragédias se não tivéssemos um governo estadual atuante e determinado a salvar a vida dessas pessoas.
O atual coordenador do programa habitacional, Humberto Schmidt, informa que 5.350 famílias estão sendo removidas das áreas de encostas da Serra do Mar e transferidas para residências construídas pelo governo de SP.
E os moradores das Cotas que não residem em áreas de risco permanecerão em suas residências.
São 2.410 famílias que receberão benfeitorias dentro do programa Serra do Mar.
No projeto de reurbanização estão implantando redes de água e esgoto, drenagem, pavimentação e equipamentos comunitários.
AQUI reportagem do Jornal da Tribuna que retrata a vida dos moradores dos bairros Cota, em Cubatão.
Em Cubatão, município a 57 quilômetros da capital paulista, casas e barracos que ocupam a encosta e o sopé da Serra do Mar, área conhecida como bairros-cota, tem abrigado por mais de sessenta anos cerca de 30 mil pessoas em situação de risco.
Segundo cadastro concluído no fim de 2007 pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), havia 7.694 moradias nas áreas de Água Fria, Pilões (ambas ao longo do Rio Cubatão, pé da serra), Cota 95/100, Cota 200, Cota 400 e Cota 500, ao longo da via Anchieta. Cada cota indica a altitude em relação ao nível do mar.
O cadastro é parte do programa de recuperação sócio-ambiental do Parque Estadual da Serra do Mar.
AQUI informações sobre os programas habitacionais de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar.
AQUI matérias de um importante jornal da Baixada Santista que descreve o processo de remoção de famílias de áreas de risco durante o governo José Serra.
O programa surgiu como uma das prioridades do então governador José Serra, ou seja, remover moradores de áreas de risco e de preservação ambiental.
Mais de mil famílias já se mudaram para novos conjuntos habitacionais de Cubatão e de outras cidades da região.
Outras 570 famílias que ainda não receberam suas casas, mas que se encontravam em situação de vulnerabilidade, recebem auxílio-moradia.
AQUI video com imagens das novas residências construídas na gestão de José Serra.
A ocupação da Serra do Mar começou nos anos 1940, em acampamentos de operários que iniciaram a construção da via Anchieta, como mostra matéria no video abaixo.
A reportagem apresenta a realidade de milhares de moradores dos morros de Cubatão, prováveis vítimas de tragédias se não tivéssemos um governo estadual atuante e determinado a salvar a vida dessas pessoas.
O atual coordenador do programa habitacional, Humberto Schmidt, informa que 5.350 famílias estão sendo removidas das áreas de encostas da Serra do Mar e transferidas para residências construídas pelo governo de SP.
E os moradores das Cotas que não residem em áreas de risco permanecerão em suas residências.
São 2.410 famílias que receberão benfeitorias dentro do programa Serra do Mar.
No projeto de reurbanização estão implantando redes de água e esgoto, drenagem, pavimentação e equipamentos comunitários.
AQUI reportagem do Jornal da Tribuna que retrata a vida dos moradores dos bairros Cota, em Cubatão.
De volta à fila do desemprego
A crise econômica está batendo forte no Brasil. E os primeiros a pagar o pato estão sendo os trabalhadores: a geração de emprego despencou no país em novembro e deve cair mais no último mês do ano. Tudo indica que 2012 será ainda pior para o mercado de trabalho local.
No mês passado, foram geradas apenas 42.735 novas vagas com carteira assinada no país, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, ontem. Foi o menor resultado do ano e o pior para meses de novembro desde a crise de 2008.
Na comparação com novembro do ano passado, quando foram geradas 138.247 novas vagas, a queda chegou a 69%. Em números absolutos, significa que o país gerou agora quase 100 mil empregos a menos do que um ano atrás.
A situação do mercado de trabalho brasileiro degringolou rapidamente: novembro também representou redução de 66% na comparação com o resultado registrado em outubro último, mês em que haviam sido criadas 126 mil novas vagas formais.
Em quatro setores, o saldo em novembro foi negativo, ou seja, houve mais demissões do que contratações.
A indústria é a área em que o emprego mais sofre: foram cortadas 54.306 vagas de trabalho no mês.
Também dispensaram com vigor a agricultura (42.297 empregos dizimados) e a construção civil (22.789).
Há algum tempo já sem gordura para queimar, as fábricas brasileiras estão começando a cortar na carne. É normal haver demissões na indústria nesta época do ano, quando são dispensados trabalhadores contratados para engrossar temporariamente as linhas de montagem com vistas ao Natal. Mas agora estão sendo eliminadas vagas que já existiam.
"Como em 2011 o período de agosto a outubro não teve um volume significativo de vagas geradas no setor [industrial], o saldo negativo de 54 mil postos indica que foram fechados empregos que já existiam", avalia o Valor Econômico.
(...)
Entre os fatores que pesarão negativamente no comportamento da economia no próximo ano está o desempenho cadente do setor externo.
Também ontem, o Banco Central divulgou o resultado apurado em novembro: foi o pior da história, com déficit de US$ 6,8 bilhões.
Para 2012, a expectativa também não é animadora: o país terá um déficit maior em suas transações correntes com o exterior - de US$ 65 bilhões nas estimativas do próprio BC, ante US$ 53 bilhões neste ano - e menos capitais estrangeiros para financiá-lo, com queda dos investimentos diretos, que devem diminuir quase 25%, para US$ 50 bilhões.
O Brasil termina o ano com o freio de mão puxado, a economia estagnada, o mercado de trabalho em queda livre e perspectivas sombrias pela frente.
De nada vai adiantar as autoridades federais ficarem dourando pílulas com discursos róseos.
A crise já chegou e está sentada na sala de TV, lendo os classificados dos jornais em busca de emprego.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
No mês passado, foram geradas apenas 42.735 novas vagas com carteira assinada no país, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, ontem. Foi o menor resultado do ano e o pior para meses de novembro desde a crise de 2008.
Na comparação com novembro do ano passado, quando foram geradas 138.247 novas vagas, a queda chegou a 69%. Em números absolutos, significa que o país gerou agora quase 100 mil empregos a menos do que um ano atrás.
A situação do mercado de trabalho brasileiro degringolou rapidamente: novembro também representou redução de 66% na comparação com o resultado registrado em outubro último, mês em que haviam sido criadas 126 mil novas vagas formais.
Em quatro setores, o saldo em novembro foi negativo, ou seja, houve mais demissões do que contratações.
A indústria é a área em que o emprego mais sofre: foram cortadas 54.306 vagas de trabalho no mês.
Também dispensaram com vigor a agricultura (42.297 empregos dizimados) e a construção civil (22.789).
Há algum tempo já sem gordura para queimar, as fábricas brasileiras estão começando a cortar na carne. É normal haver demissões na indústria nesta época do ano, quando são dispensados trabalhadores contratados para engrossar temporariamente as linhas de montagem com vistas ao Natal. Mas agora estão sendo eliminadas vagas que já existiam.
"Como em 2011 o período de agosto a outubro não teve um volume significativo de vagas geradas no setor [industrial], o saldo negativo de 54 mil postos indica que foram fechados empregos que já existiam", avalia o Valor Econômico.
(...)
Entre os fatores que pesarão negativamente no comportamento da economia no próximo ano está o desempenho cadente do setor externo.
Também ontem, o Banco Central divulgou o resultado apurado em novembro: foi o pior da história, com déficit de US$ 6,8 bilhões.
Para 2012, a expectativa também não é animadora: o país terá um déficit maior em suas transações correntes com o exterior - de US$ 65 bilhões nas estimativas do próprio BC, ante US$ 53 bilhões neste ano - e menos capitais estrangeiros para financiá-lo, com queda dos investimentos diretos, que devem diminuir quase 25%, para US$ 50 bilhões.
O Brasil termina o ano com o freio de mão puxado, a economia estagnada, o mercado de trabalho em queda livre e perspectivas sombrias pela frente.
De nada vai adiantar as autoridades federais ficarem dourando pílulas com discursos róseos.
A crise já chegou e está sentada na sala de TV, lendo os classificados dos jornais em busca de emprego.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Governo do PT usufruiu herança de FHC, mas não conseguiu manter as conquistas do Plano Real
Criação de emprego formal decepciona em novembro
Autor(es): Por Arícia Martins e Yvna Souza | De São Paulo e Brasília
Valor Econômico - 21/12/2011
O Brasil criou 42.735 empregos formais em novembro, 69% a menos que em novembro de 2010 e o número mais fraco para o mês desde 2008, quando houve corte de 40,8 mil vagas.
O resultado decepcionante se deveu principalmente ao fechamento de 54.306 postos de trabalho na indústria de transformação.
Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
(...)...o saldo negativo de 54 mil postos indica que foram fechados empregos que já existiam, avalia o economista Fabio Romão, da LCA Consultores, para quem o resultado do Caged evidencia uma maior apreensão dos empresários em relação a 2012.
"Esse forte saldo negativo não pode ser preponderantemente causado pelo fim de contratos temporários", diz Romão, lembrando que, em igual mês do ano passado, haviam sido fechadas 9,1 mil vagas pela indústria de transformação.
Autor(es): Por Arícia Martins e Yvna Souza | De São Paulo e Brasília
Valor Econômico - 21/12/2011
O Brasil criou 42.735 empregos formais em novembro, 69% a menos que em novembro de 2010 e o número mais fraco para o mês desde 2008, quando houve corte de 40,8 mil vagas.
O resultado decepcionante se deveu principalmente ao fechamento de 54.306 postos de trabalho na indústria de transformação.
Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
(...)...o saldo negativo de 54 mil postos indica que foram fechados empregos que já existiam, avalia o economista Fabio Romão, da LCA Consultores, para quem o resultado do Caged evidencia uma maior apreensão dos empresários em relação a 2012.
"Esse forte saldo negativo não pode ser preponderantemente causado pelo fim de contratos temporários", diz Romão, lembrando que, em igual mês do ano passado, haviam sido fechadas 9,1 mil vagas pela indústria de transformação.
ROMBO HISTÓRICO
Déficit em conta corrente soma US$ 6,8 bi em novembro e é o maior em 64 anos
O resultado mês e o acumulado do ano (US$ 45,8 bi) vieram acima do desempenho em igual período de 2010
Adriana Fernandes e Fernando Nakagawa, da Agência Estado
O déficit na conta de transações correntes registrado no mês de novembro, de US$ 6,8 bilhões, é recorde histórico para todos os meses, informou nesta terça-feira, 20, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel. A série histórica do BC é de 1947.
Segundo Maciel, o resultado negativo ficou maior que os US$ 5,5 bilhões previsto anteriormente pelo BC. Os motivos, disse ele, estão ligados a um desempenho mais desfavorável da balança comercial e a remessas maiores de lucros e dividendos.
"Houve um aumento importante de máquinas e equipamentos e veículos", disse.
Já a remessa de lucros e dividendos em novembro, de US$ 4,207 bilhões, foi acentuada e o valor é recorde para o mês de novembro.
A remessa de lucro e dividendos em 12 meses até novembro, de US$ 38,770 bilhões, também é recorde.
O déficit acumulado ficou em US$ 45,830 bilhões de janeiro a novembro, o equivalente a 2,03% do PIB.
Os resultados apresentados são piores do que os verificados há um ano, já que novembro de 2010 teve déficit de US$ 4,735 bilhões, enquanto o acumulado de janeiro a novembro foi negativo de US$ 43,865 bilhões.
No ano, porém, o investimento estrangeiro vai cobrir o déficit em conta corrente.
Segundo o BC, o resultado de novembro foi gerado pela contribuição positiva de US$ 583 milhões da balança comercial, valor anulado completamente pelo déficit de US$ 2,831 bilhões da conta de serviços e pela saída de dólar de US$ 4,740 bilhões da conta de rendas. Houve ainda transferência unilaterais de US$ 185 milhões em novembro.
O rombo das contas externas terá forte aumento em 2012, segundo novas previsões do BC.
Pelas estimativas do BC, o déficit em transações correntes do País com o exterior deverá ter um aumento de US$ 12 bilhões, passando de um déficit previsto de US$ 53 bilhões em 2011 para US$ 65 bilhões em 2012.
Por outro lado, o BC prevê um recuo de US$ 15 bilhões nas estimativas de ingresso de investimento estrangeiro direto (IED) no País, saindo de uma previsão de US$ 65 bilhões em 2011 para US$ 50 bilhões em 2012.
Pelas novas estimativas do BC, a balança comercial terá um superávit de US$ 5 bilhões a menos que em 2011, fechando 2012 com um saldo positivo US$ 23 bilhões. A previsão para exportações é de US$ 267 bilhões em 2012, ante US$ 256 bilhões em 2011.
As estimativas do BC para o saldo de importações em 2012 é de US$ 244 bilhões, o que representaria um recuo em relação à previsão de compras externas em 2011, de US$ 228 bilhões.
O resultado mês e o acumulado do ano (US$ 45,8 bi) vieram acima do desempenho em igual período de 2010
Adriana Fernandes e Fernando Nakagawa, da Agência Estado
O déficit na conta de transações correntes registrado no mês de novembro, de US$ 6,8 bilhões, é recorde histórico para todos os meses, informou nesta terça-feira, 20, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel. A série histórica do BC é de 1947.
Segundo Maciel, o resultado negativo ficou maior que os US$ 5,5 bilhões previsto anteriormente pelo BC. Os motivos, disse ele, estão ligados a um desempenho mais desfavorável da balança comercial e a remessas maiores de lucros e dividendos.
"Houve um aumento importante de máquinas e equipamentos e veículos", disse.
Já a remessa de lucros e dividendos em novembro, de US$ 4,207 bilhões, foi acentuada e o valor é recorde para o mês de novembro.
A remessa de lucro e dividendos em 12 meses até novembro, de US$ 38,770 bilhões, também é recorde.
O déficit acumulado ficou em US$ 45,830 bilhões de janeiro a novembro, o equivalente a 2,03% do PIB.
Os resultados apresentados são piores do que os verificados há um ano, já que novembro de 2010 teve déficit de US$ 4,735 bilhões, enquanto o acumulado de janeiro a novembro foi negativo de US$ 43,865 bilhões.
No ano, porém, o investimento estrangeiro vai cobrir o déficit em conta corrente.
Segundo o BC, o resultado de novembro foi gerado pela contribuição positiva de US$ 583 milhões da balança comercial, valor anulado completamente pelo déficit de US$ 2,831 bilhões da conta de serviços e pela saída de dólar de US$ 4,740 bilhões da conta de rendas. Houve ainda transferência unilaterais de US$ 185 milhões em novembro.
O rombo das contas externas terá forte aumento em 2012, segundo novas previsões do BC.
Pelas estimativas do BC, o déficit em transações correntes do País com o exterior deverá ter um aumento de US$ 12 bilhões, passando de um déficit previsto de US$ 53 bilhões em 2011 para US$ 65 bilhões em 2012.
Por outro lado, o BC prevê um recuo de US$ 15 bilhões nas estimativas de ingresso de investimento estrangeiro direto (IED) no País, saindo de uma previsão de US$ 65 bilhões em 2011 para US$ 50 bilhões em 2012.
Pelas novas estimativas do BC, a balança comercial terá um superávit de US$ 5 bilhões a menos que em 2011, fechando 2012 com um saldo positivo US$ 23 bilhões. A previsão para exportações é de US$ 267 bilhões em 2012, ante US$ 256 bilhões em 2011.
As estimativas do BC para o saldo de importações em 2012 é de US$ 244 bilhões, o que representaria um recuo em relação à previsão de compras externas em 2011, de US$ 228 bilhões.
Aumenta número de brasileiros em assentamentos irregulares
Dados fazem parte da publicação “Aglomerados Subnormais - Primeiros resultados”, do IBGE
Karine Rodrigues - O Globo
Favela da Rocinha, no Rio - Felipe Hanower / O Globo
Nas últimas duas décadas, a proporção de brasileiros vivendo nos chamados assentamentos irregulares, como favelas, invasões, baixadas e palafitas, praticamente dobrou, de acordo com os dados da publicação “Aglomerados Subnormais –
Primeiros resultados”, do IBGE, relativos ao Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira.
No ano passado, eram 11,4 milhões de pessoas, representando 6% da população do país, distribuídas em 323 municípios.
Em 2000, a proporção era de 3,9%, o equivalente a 6,5 milhões de pesssoas.
No Rio de Janeiro, há a maior população deste tipo de moradia no país.
(continua)
Karine Rodrigues - O Globo
Favela da Rocinha, no Rio - Felipe Hanower / O Globo
Nas últimas duas décadas, a proporção de brasileiros vivendo nos chamados assentamentos irregulares, como favelas, invasões, baixadas e palafitas, praticamente dobrou, de acordo com os dados da publicação “Aglomerados Subnormais –
Primeiros resultados”, do IBGE, relativos ao Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira.
No ano passado, eram 11,4 milhões de pessoas, representando 6% da população do país, distribuídas em 323 municípios.
Em 2000, a proporção era de 3,9%, o equivalente a 6,5 milhões de pesssoas.
No Rio de Janeiro, há a maior população deste tipo de moradia no país.
(continua)
ESPETÁCULO DO ABSURDO PROTEGE CRIMINOSOS E CONDENA INOCENTES
A farsa da CPI da maioria contra a minoria
Por Reinaldo Azevedo
O notório “delegado” Protógenes Queiroz, eleito deputado federal pelo PCdoB com os votos de Tiririca, indiciado ele próprio pela Polícia Federal por dois crimes — esconde-se na imunidade parlamentar —, protocolou na Mesa da Câmara um pedido de CPI das Privatizações, aquelas mesmas já investigadas e viradas do avesso pelo petismo ao longo de nove anos de governo.
O pedido conta com 206 assinaturas, mas ele admite que algumas podem ser “repetidas”. Não diga!!!
Sabem como é… É assinatura demais para fazer uma simples checagem e eliminar as repetições… Tenham paciência!
O objetivo é um só: manter a farsa no noticiário, assim como se mantém a mentira de que o livro do tal ex-jornalista — indiciado em quatro crimes — já teria vendido 15 mil exemplares.
Os esquerdistas se dedicam a uma campanha frenética na rede, mas não jogam dinheiro fora.
Segundo Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, o exame só será feito no ano que vem.
O circo está potencialmente armado.
Nada menos de seis ministros foram demitidos sob a suspeita de corrupção.
E não há, evidentemente, a menor chance de se instalar uma comissão de inquérito para investigar o que quer que seja.
Um ministro como Fernando Pimentel nega-se até mesmo a prestar um simples esclarecimento no Congresso.
Mas há, em tese ao menos, a possibilidade de se instalar uma CPI para investigar as privatizações feitas em… 1998!!!
Imaginem se os petistas já não teriam botado a boca no trombone e levado ao horário eleitoral gratuito eventuais irregularidades.
Nunca o fizeram porque não há o que dizer.
É por isso que sempre preferiram a guerra ideológica.
Ter a possibilidade de uma CPI em ano eleitoral pode ser uma arma e tanto de constrangimento da oposição.
Não que essas coisas sejam assim tão simples: a Constituição Federal, no Parágrafo 3º do Artigo 58, exige que haja um “fato determinado” para a instalação de uma comissão.
Não basta um amontoado de ilações sem provas — e o livro do ex-jornalista indiciado não passa disso.
O leitor talvez não se dê conta do absurdo que é esse pedido — e não só porque falta o fato determinado.
CPIs são instrumentos das minorias, nunca das maiorias.
E assim é por um motivo óbvio: se à maioria bastasse se reunir para “investigar” a oposição, convenham que se estaria no caminho de uma ditadura.
Essa história não passa de uma patuscada, mas é bom a oposição acordar para o que está em curso.
Estão tentando usar a CPI não para investigar o que quer que seja — ou alguém pretende chamar Lulinha da Silva para falar sobre o seu contrato com a Telemar? —, mas como instrumento de intimidação da oposição, oposição essa que já é numericamente raquítica.
Logo, temos algo além da simples intimidação: é mesmo uma tentativa de extermínio.
É claro que Protógenes, o indiciado, integra o grupo dos parlamentares folclóricos.
Mas é preciso ter claro que o comando do PT está dando apoio nada discreto à iniciativa.
Ora, se a coisa colabora para corroer a reputação da oposição, tanto melhor, ainda que seja com um amontoado de delírios.
Por Reinaldo Azevedo
O notório “delegado” Protógenes Queiroz, eleito deputado federal pelo PCdoB com os votos de Tiririca, indiciado ele próprio pela Polícia Federal por dois crimes — esconde-se na imunidade parlamentar —, protocolou na Mesa da Câmara um pedido de CPI das Privatizações, aquelas mesmas já investigadas e viradas do avesso pelo petismo ao longo de nove anos de governo.
O pedido conta com 206 assinaturas, mas ele admite que algumas podem ser “repetidas”. Não diga!!!
Sabem como é… É assinatura demais para fazer uma simples checagem e eliminar as repetições… Tenham paciência!
O objetivo é um só: manter a farsa no noticiário, assim como se mantém a mentira de que o livro do tal ex-jornalista — indiciado em quatro crimes — já teria vendido 15 mil exemplares.
Os esquerdistas se dedicam a uma campanha frenética na rede, mas não jogam dinheiro fora.
Segundo Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, o exame só será feito no ano que vem.
O circo está potencialmente armado.
Nada menos de seis ministros foram demitidos sob a suspeita de corrupção.
E não há, evidentemente, a menor chance de se instalar uma comissão de inquérito para investigar o que quer que seja.
Um ministro como Fernando Pimentel nega-se até mesmo a prestar um simples esclarecimento no Congresso.
Mas há, em tese ao menos, a possibilidade de se instalar uma CPI para investigar as privatizações feitas em… 1998!!!
Imaginem se os petistas já não teriam botado a boca no trombone e levado ao horário eleitoral gratuito eventuais irregularidades.
Nunca o fizeram porque não há o que dizer.
É por isso que sempre preferiram a guerra ideológica.
Ter a possibilidade de uma CPI em ano eleitoral pode ser uma arma e tanto de constrangimento da oposição.
Não que essas coisas sejam assim tão simples: a Constituição Federal, no Parágrafo 3º do Artigo 58, exige que haja um “fato determinado” para a instalação de uma comissão.
Não basta um amontoado de ilações sem provas — e o livro do ex-jornalista indiciado não passa disso.
O leitor talvez não se dê conta do absurdo que é esse pedido — e não só porque falta o fato determinado.
CPIs são instrumentos das minorias, nunca das maiorias.
E assim é por um motivo óbvio: se à maioria bastasse se reunir para “investigar” a oposição, convenham que se estaria no caminho de uma ditadura.
Essa história não passa de uma patuscada, mas é bom a oposição acordar para o que está em curso.
Estão tentando usar a CPI não para investigar o que quer que seja — ou alguém pretende chamar Lulinha da Silva para falar sobre o seu contrato com a Telemar? —, mas como instrumento de intimidação da oposição, oposição essa que já é numericamente raquítica.
Logo, temos algo além da simples intimidação: é mesmo uma tentativa de extermínio.
É claro que Protógenes, o indiciado, integra o grupo dos parlamentares folclóricos.
Mas é preciso ter claro que o comando do PT está dando apoio nada discreto à iniciativa.
Ora, se a coisa colabora para corroer a reputação da oposição, tanto melhor, ainda que seja com um amontoado de delírios.
JUROS CASTIGAM A POPULAÇÃO
Banco Central: juros do cheque especial sobem em novembro
O Banco Central (BC) divulgou nesta quarta (21) que a taxa média de juros do cheque especial teve um aumento em novembro deste ano.
Segundo o órgão, a taxa subiu 4,6 pontos percentuais e ficou em 188,4% ao ano, quando comparado a outubro.
No caso do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, houve queda de 3,6 pontos percentuais para 48,6% ao ano.
Já a taxa anual para comprar veículos também caiu, de 28,4%, em outubro, para 27,2%, em novembro.
A taxa média de juros cobrada das famílias caiu 2,4 pontos percentuais para 44,7% ao ano, de outubro para o mês passado.
No caso das empresas, a taxa ficou estável em 29,8% ao ano.
Informações da Agência Brasil.
O Banco Central (BC) divulgou nesta quarta (21) que a taxa média de juros do cheque especial teve um aumento em novembro deste ano.
Segundo o órgão, a taxa subiu 4,6 pontos percentuais e ficou em 188,4% ao ano, quando comparado a outubro.
No caso do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, houve queda de 3,6 pontos percentuais para 48,6% ao ano.
Já a taxa anual para comprar veículos também caiu, de 28,4%, em outubro, para 27,2%, em novembro.
A taxa média de juros cobrada das famílias caiu 2,4 pontos percentuais para 44,7% ao ano, de outubro para o mês passado.
No caso das empresas, a taxa ficou estável em 29,8% ao ano.
Informações da Agência Brasil.
Haddad ignorou alerta da Polícia Federal por motivos eleitoreiros
MEC ignorou alerta da PF de que vazamento do Enem no Ceará foi maior
Governo foi avisado de que, além de alunos do 3º ano do Colégio Christus, os do curso pré-vestibular também tiveram acesso a questões do Enem, mas nada fez
Rafael Moraes Moura, de O Estado de S. Paulo
O ministro da Educação e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ignorou informação da Polícia Federal de que o vazamento de 14 questões do Enem 2011 foi maior que o admitido oficialmente.
Mesmo avisado de que a fraude não se restringiu a 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza - atingindo também estudantes do curso pré-vestibular da instituição -, o MEC manteve a anulação das questões apenas para alunos do colégio.
Agora, a pasta admite anular as 14 questões do Enem dos alunos do cursinho.
Em resposta ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC que cuida do Enem, a PF informou, em novembro, haver “evidências” de que tanto alunos regulares do Christus quanto os do cursinho pré-vestibular tiveram acesso ao material. Mas o MEC puniu apenas os estudantes regulares.
Em meados de novembro, o ministro já se lançara pré-candidato e a divulgação de que o vazamento fora maior poderia prejudicar sua agenda pré-eleitoral.
(continua)
Governo foi avisado de que, além de alunos do 3º ano do Colégio Christus, os do curso pré-vestibular também tiveram acesso a questões do Enem, mas nada fez
Rafael Moraes Moura, de O Estado de S. Paulo
O ministro da Educação e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ignorou informação da Polícia Federal de que o vazamento de 14 questões do Enem 2011 foi maior que o admitido oficialmente.
Mesmo avisado de que a fraude não se restringiu a 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza - atingindo também estudantes do curso pré-vestibular da instituição -, o MEC manteve a anulação das questões apenas para alunos do colégio.
Agora, a pasta admite anular as 14 questões do Enem dos alunos do cursinho.
Em resposta ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC que cuida do Enem, a PF informou, em novembro, haver “evidências” de que tanto alunos regulares do Christus quanto os do cursinho pré-vestibular tiveram acesso ao material. Mas o MEC puniu apenas os estudantes regulares.
Em meados de novembro, o ministro já se lançara pré-candidato e a divulgação de que o vazamento fora maior poderia prejudicar sua agenda pré-eleitoral.
(continua)
Haddad terá que se explicar sobre suposta empresa de fachada
Laryssa Borges, Terra.com
A Mesa Diretora do Senado aprovou na terça-feira um pedido de informações ao ministro da Educação, Fernando Haddad, para que ele se explique por escrito sobre a suposta contratação de uma empresa de fachada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
O ministro terá 30 dias para esclarecer a contratação da Jeta Soluções e Serviços em Tecnologia da Informação Ltda, suspeita de ser uma empresa fictícia, em um processo de licitação para serviços de segurança na internet.
De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, o Inep teria contratado para prestar serviços de segurança da informação na internet uma empresa registrada em nome de músicos sertanejos.
A Mesa Diretora do Senado aprovou na terça-feira um pedido de informações ao ministro da Educação, Fernando Haddad, para que ele se explique por escrito sobre a suposta contratação de uma empresa de fachada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
O ministro terá 30 dias para esclarecer a contratação da Jeta Soluções e Serviços em Tecnologia da Informação Ltda, suspeita de ser uma empresa fictícia, em um processo de licitação para serviços de segurança na internet.
De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, o Inep teria contratado para prestar serviços de segurança da informação na internet uma empresa registrada em nome de músicos sertanejos.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Mercadante revogou anúncio sobre tragédias
Depois de anunciar os mortos pelas chuvas, agora Mercadante diz fazer “tudo” contra tragédias
Por Catarina Alencastro e Thiago Herdy, no Globo:
Um dia depois de anunciar que não seria possível evitar mortes de pessoas em função das chuvas, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, amenizou seu discurso.
Disse que está fazendo “tudo” para evitar mortes por deslizamentos e inundações.
(...)
O ministro Aloizio Mercadante admite atraso no mapeamento de áreas de risco - apenas 56 cidades, de 251 consideradas críticas, estão prontas - , mas aponta que muitas vidas foram salvas graças ao trabalho que já vem sendo feito.
(...)
Segundo o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, quando o sistema estiver em pleno funcionamento, as mortes poderão ser reduzidas em até 80%.
O governo não sabe dizer quando isso acontecerá.
(...)
Embora já tenha havido a integração do sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de observação por satélite e radares ao do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), apenas 31 cidades com risco de desastres climáticos são cobertas por radares.
(...)
Mercadante disse que uma das razões para o atraso do governo em organizar a rede de alerta e monitoramento é o aumento rápido da severidade das tormentas no país.
Outro fator é que o trabalho de mapeamento das áreas de risco é lento e difícil, o que é agravado pela ausência de geólogos no Brasil.
“O Brasil está atrasado historicamente nessa agenda.
Está atrasado porque nós não tínhamos a intensidade das mortes e a gravidade das ocorrências que temos tido nesse período recente”, apontou Mercadante.
Por Catarina Alencastro e Thiago Herdy, no Globo:
Um dia depois de anunciar que não seria possível evitar mortes de pessoas em função das chuvas, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, amenizou seu discurso.
Disse que está fazendo “tudo” para evitar mortes por deslizamentos e inundações.
(...)
O ministro Aloizio Mercadante admite atraso no mapeamento de áreas de risco - apenas 56 cidades, de 251 consideradas críticas, estão prontas - , mas aponta que muitas vidas foram salvas graças ao trabalho que já vem sendo feito.
(...)
Segundo o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, quando o sistema estiver em pleno funcionamento, as mortes poderão ser reduzidas em até 80%.
O governo não sabe dizer quando isso acontecerá.
(...)
Embora já tenha havido a integração do sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de observação por satélite e radares ao do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), apenas 31 cidades com risco de desastres climáticos são cobertas por radares.
(...)
Mercadante disse que uma das razões para o atraso do governo em organizar a rede de alerta e monitoramento é o aumento rápido da severidade das tormentas no país.
Outro fator é que o trabalho de mapeamento das áreas de risco é lento e difícil, o que é agravado pela ausência de geólogos no Brasil.
“O Brasil está atrasado historicamente nessa agenda.
Está atrasado porque nós não tínhamos a intensidade das mortes e a gravidade das ocorrências que temos tido nesse período recente”, apontou Mercadante.
Igualdade à moda PT - Salário Mínimo para TODOS
Dilma veta reajuste a aposentados acima do mínimo
Cerca de nove milhões de aposentados que ganham mais do que um salário mínimo ficarão sem reajuste em 2012
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, informou nesta terça-feira (20) que o governo federal manteve a posição de não conceder reajuste real em 2012, ou seja, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo.
Havia expectativa por parte dos aposentados de que o governo pudesse elevar sua proposta antes da votação do orçamento do ano que vem no Congresso Nacional.
(...)
Cerca de nove milhões de aposentados ganham mais do que um salário mínimo.
Para os aposentados que ganham um salário mínimo, o reajuste será de 14,26% em 2012, para R$ 622,73.
Equipe econômica
A sinalização de que o reajuste real para os aposentados que ganham acima do mínimo seria rejeitada foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse que o governo não poderia permitir mais gastos para "qualquer setor que seja".
Entretanto, o governo abdicou, recentemente, de recursos para beneficiar a indústria nacional, as micro e pequenas empresas do Simples Nacional, e, também, para estimular as compras no Natal (redução do IPI para linha branca e IOF de empréstimos de pessoas físicas) e no ano que vem.
A renúncia total (recursos que o governo deixará de arrecadar) destas medidas, em 2012, será superior a R$ 25 bilhões.
(...)
Estudo da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) mostra que a politica do governo, de conceder reajustes reais somente para os aposentados que ganham um salário mínimo, sem aumento acima da inflação para os que ganham mais do que disso, faz com que aposentadorias se aproximem, com o passar do tempo, ao piso (salário mínimo).
"O segurado que se aposentam com um valor entre um e dois pisos vê o seu benefício se aproximando cada vez mais perto do piso.
Em cinco anos, boa parte já estará recebendo o piso da Previdência Social.
Hoje os segurados que recebem o piso representam 70% do total de beneficiários.
Em pouco tempo, em 2016, serão 80%.
E é isso que o governo quer.
Essa regra de reajuste está empurrando todo mundo para receber o piso.
Não vai escapar ninguém”, disse Warley Martins, presidente da Cobap.
Mais informações AQUI.
Cerca de nove milhões de aposentados que ganham mais do que um salário mínimo ficarão sem reajuste em 2012
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, informou nesta terça-feira (20) que o governo federal manteve a posição de não conceder reajuste real em 2012, ou seja, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo.
Havia expectativa por parte dos aposentados de que o governo pudesse elevar sua proposta antes da votação do orçamento do ano que vem no Congresso Nacional.
(...)
Cerca de nove milhões de aposentados ganham mais do que um salário mínimo.
Para os aposentados que ganham um salário mínimo, o reajuste será de 14,26% em 2012, para R$ 622,73.
Equipe econômica
A sinalização de que o reajuste real para os aposentados que ganham acima do mínimo seria rejeitada foi dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse que o governo não poderia permitir mais gastos para "qualquer setor que seja".
Entretanto, o governo abdicou, recentemente, de recursos para beneficiar a indústria nacional, as micro e pequenas empresas do Simples Nacional, e, também, para estimular as compras no Natal (redução do IPI para linha branca e IOF de empréstimos de pessoas físicas) e no ano que vem.
A renúncia total (recursos que o governo deixará de arrecadar) destas medidas, em 2012, será superior a R$ 25 bilhões.
(...)
Estudo da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) mostra que a politica do governo, de conceder reajustes reais somente para os aposentados que ganham um salário mínimo, sem aumento acima da inflação para os que ganham mais do que disso, faz com que aposentadorias se aproximem, com o passar do tempo, ao piso (salário mínimo).
"O segurado que se aposentam com um valor entre um e dois pisos vê o seu benefício se aproximando cada vez mais perto do piso.
Em cinco anos, boa parte já estará recebendo o piso da Previdência Social.
Hoje os segurados que recebem o piso representam 70% do total de beneficiários.
Em pouco tempo, em 2016, serão 80%.
E é isso que o governo quer.
Essa regra de reajuste está empurrando todo mundo para receber o piso.
Não vai escapar ninguém”, disse Warley Martins, presidente da Cobap.
Mais informações AQUI.
Emprego recua 69%
Caged: Emprego recua 69% em novembro na comparação com mesmo período de 2010
Por: Folha.com
Priscilla Oliveira
O Brasil registrou a criação de 42.735 vagas com carteira assinada em novembro.
Este é o pior resultado do ano e o pior mês de novembro desde 2008, quando houve fechamento de 40.821 postos de trabalho.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
Na comparação com novembro de 2010, o resultado foi 69% menor, quando foram gerados 138.247 postos de trabalho.
Em relação a outubro, segundo o Ministério do Trabalho, houve redução no ritmo de crescimento do emprego.
O resultado é decorrente da contratação de 1.620.422 milhão de pessoas e da demissão de 1.577.687 milhão de trabalhadores.
(continua)
Por: Folha.com
Priscilla Oliveira
O Brasil registrou a criação de 42.735 vagas com carteira assinada em novembro.
Este é o pior resultado do ano e o pior mês de novembro desde 2008, quando houve fechamento de 40.821 postos de trabalho.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
Na comparação com novembro de 2010, o resultado foi 69% menor, quando foram gerados 138.247 postos de trabalho.
Em relação a outubro, segundo o Ministério do Trabalho, houve redução no ritmo de crescimento do emprego.
O resultado é decorrente da contratação de 1.620.422 milhão de pessoas e da demissão de 1.577.687 milhão de trabalhadores.
(continua)
Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um pedófilo aposentado poderia brilhar no Ministério da Educação Infantil
Por Augusto Nunes
Primeiro, Dilma Rousseff fez de conta que Fernando Pimentel mereceu tanto a bolada de R$ 1 milhão que ganhou da Fiemg para não fazer nada quanto o prêmio de R$ 130 mil recebido da fábrica de tubaína que faliu ao seguir os conselhos do ex-prefeito ─ e deu por explicado o inexplicável.
Como o truque não funcionou, e como seguiu resolvida a manter no primeiro escalão o antigo parceiro de vida clandestina, a presidente agora forjou uma tese que poderia ter evitado o despejo de Antonio Palocci: só valem os pecados que um ministro comete depois da posse.
Antes da chegada ao governo, ficam todos liberados para tratar a socos e pontapés a lei, os valores morais e os códigos éticos.
Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um serial killer que acabou de sair da cadeia pode perfeitamente brilhar no Ministério da Justiça, um pedófilo aposentado pode virar um excelente ministro da Educação Infantil, um latrocida pode fazer bonito na presidência do Banco Central.
Por que não confiar a um Fernando Pimentel o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior?
Todos os brasileiros com mais de cinco neurônios já entenderam que o buquê de espantos federais inclui um ex-traficante de influência que mente compulsivamente. Mas no Brasil até aos irrecuperáveis se oferece uma segunda chance.
“O caso Pimentel não tem nada a ver com o meu governo, tem a ver com ele”, disse Dilma nessa sexta-feira. Com ele, com o Ministério Público e com o Judiciário.
“Não é um caso de governo”, insistiu.
Faz sentido. É um caso de polícia.
Primeiro, Dilma Rousseff fez de conta que Fernando Pimentel mereceu tanto a bolada de R$ 1 milhão que ganhou da Fiemg para não fazer nada quanto o prêmio de R$ 130 mil recebido da fábrica de tubaína que faliu ao seguir os conselhos do ex-prefeito ─ e deu por explicado o inexplicável.
Como o truque não funcionou, e como seguiu resolvida a manter no primeiro escalão o antigo parceiro de vida clandestina, a presidente agora forjou uma tese que poderia ter evitado o despejo de Antonio Palocci: só valem os pecados que um ministro comete depois da posse.
Antes da chegada ao governo, ficam todos liberados para tratar a socos e pontapés a lei, os valores morais e os códigos éticos.
Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um serial killer que acabou de sair da cadeia pode perfeitamente brilhar no Ministério da Justiça, um pedófilo aposentado pode virar um excelente ministro da Educação Infantil, um latrocida pode fazer bonito na presidência do Banco Central.
Por que não confiar a um Fernando Pimentel o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior?
Todos os brasileiros com mais de cinco neurônios já entenderam que o buquê de espantos federais inclui um ex-traficante de influência que mente compulsivamente. Mas no Brasil até aos irrecuperáveis se oferece uma segunda chance.
“O caso Pimentel não tem nada a ver com o meu governo, tem a ver com ele”, disse Dilma nessa sexta-feira. Com ele, com o Ministério Público e com o Judiciário.
“Não é um caso de governo”, insistiu.
Faz sentido. É um caso de polícia.
Os sanguessugas do PT atacam novamente
Lembram do Humberto Costa, o ministro SANGUESSUGA da Saúde?
O ex-ministro e o atual, Alexandre Padilha, ambos do PT, inauguraram uma fábrica de hemoderivados que não está pronta e que já foi flagrada nas mais variadas falcatruas.
Confiram matéria do Estadão:
Depois de indícios de sobrepreço, irregularidades na licitação e de atrasos no cronograma, a primeira etapa da fábrica da fábrica de medicamentos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) foi inaugurada ontem, em Goiana (PE).
A cerimônia, capitaneada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a conclusão do primeiro bloco do complexo, construído para abrigar uma câmara fria para triagem e armazenamento da matéria-prima dos hemoderivados, o plasma.
"O Brasil entra numa nova era", disse. Apesar da festa, só em julho de 2012 o equipamento funcionará. É preciso qualificá-lo, aguardar a inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, por fim, a validação, pela Hemobrás, dos procedimentos.
Este é o segundo evento para celebrar a Hemobrás. Em 2008, três anos depois do anúncio da criação da empresa, uma cerimônia marcou a ordem de serviço para elaboração de projetos e execução das obras.
A expectativa inicial era de que a fábrica entraria em operação em 2010.
Agora é 2014.
Até lá, o excedente de plasma coletado no Brasil será enviado para o Laboratório Francês de Biotecnologia, na França. A ideia é que, com a Hemobrás, o País se torne autossuficiente na produção de hemoderivados, o que traria uma economia de recursos.
O atraso nas obras se dá principalmente por indícios de irregularidades.
Contratos e licitações foram anulados e suspensos.
A mais recente suspeita de irregularidade ocorreu em maio, quando o Tribunal de Contas da União identificou sobrepreço de R$ 21, 5 milhões nas obras da segunda fase da construção.
(Do Estadão)
Fonte: CoroneLeaks
O ex-ministro e o atual, Alexandre Padilha, ambos do PT, inauguraram uma fábrica de hemoderivados que não está pronta e que já foi flagrada nas mais variadas falcatruas.
Confiram matéria do Estadão:
Depois de indícios de sobrepreço, irregularidades na licitação e de atrasos no cronograma, a primeira etapa da fábrica da fábrica de medicamentos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) foi inaugurada ontem, em Goiana (PE).
A cerimônia, capitaneada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a conclusão do primeiro bloco do complexo, construído para abrigar uma câmara fria para triagem e armazenamento da matéria-prima dos hemoderivados, o plasma.
"O Brasil entra numa nova era", disse. Apesar da festa, só em julho de 2012 o equipamento funcionará. É preciso qualificá-lo, aguardar a inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, por fim, a validação, pela Hemobrás, dos procedimentos.
Este é o segundo evento para celebrar a Hemobrás. Em 2008, três anos depois do anúncio da criação da empresa, uma cerimônia marcou a ordem de serviço para elaboração de projetos e execução das obras.
A expectativa inicial era de que a fábrica entraria em operação em 2010.
Agora é 2014.
Até lá, o excedente de plasma coletado no Brasil será enviado para o Laboratório Francês de Biotecnologia, na França. A ideia é que, com a Hemobrás, o País se torne autossuficiente na produção de hemoderivados, o que traria uma economia de recursos.
O atraso nas obras se dá principalmente por indícios de irregularidades.
Contratos e licitações foram anulados e suspensos.
A mais recente suspeita de irregularidade ocorreu em maio, quando o Tribunal de Contas da União identificou sobrepreço de R$ 21, 5 milhões nas obras da segunda fase da construção.
(Do Estadão)
Fonte: CoroneLeaks
Antes, pode
Ricardo Noblat
Enrascado com a história de consultorias fantasmas ou apenas suspeitas, Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, demonstrou há cerca de 10 dias ser mais sensato do que a presidente Dilma Rousseff. Em conversa com ela, disse que o melhor a fazer seria pedir demissão. Pouparia o governo de novos constrangimentos. E também se pouparia.
(...)
Na conversa com Dilma onde se dispôs a ir embora, Pimentel lembrou-lhe que ainda é jovem. Amargará um prejuízo maior ficando exposto a tiros do que saindo de cena para quem sabe voltar no futuro.
A seu modo reflexivo e delicado, Dilma interrompeu o discurso de Pimentel para descartar de pronto sua sugestão.
“E você acha que vou continuar fazendo tudo o que a imprensa quer?” – devolveu a presidente.
Àquela altura, Dilma amadurecera a ideia que defenderia com desassombro quando jornalistas lhe perguntassem por que insistir em conservar Pimentel no governo. Vocês sabem a que ideia me refiro. É um tributo ao cinismo, convenhamos.
- Não tem nada a ver com o meu governo. O que estão acusando [Pimentel], não tem nada a ver com meu governo – repetiu Dilma na última sexta-feira.
Dito de outra forma: o eventual malfeito cometido por Pimentel antes de virar ministro não é da conta da presidente e de ninguém. “É um problema pessoal dele”, segundo Dilma. Que tal? Não é formidável?
Exercício de lógica só por pura diversão: e se Pimentel fosse suspeito de no passado recente ter sido sócio de Fernandinho Beira-Mar ou de Nem? Ele permaneceria no governo?
Ou a suspeita de apenas ter mentido ao distinto, distraído e volúvel público é um malfeito, digamos assim, menor, tolerável? Ou vai ver que nem malfeito é?
A ideia de Dilma para salvar Pimentel da degola foi tomada emprestada à deputada federal Jaqueline Roriz, filha de Joaquim Roriz, quatro vezes governador do Distrito Federal.
O Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação de Jaqueline porque ela se elegeu no ano passado com dinheiro de Caixa 2, como prova um vídeo. A deputada acabou salva por seus colegas sob a desculpa de que o crime ocorrera antes da eleição.
Na última sexta-feira, um jornalista lembrou a Dilma que Antonio Palocci deixou a Casa Civil por ter se negado a dar informações mais precisas sobre consultorias que prestou a empresas – assim como Pimentel.
Dilma rebateu: “Ele quis sair”.
Registre-se que Pimentel também quis. Por ora sua sina será viver saindo de perto de jornalistas.
Quanto a Dilma: uma vez livre do avental, está liberada para fazer o que queira, respeitadas as leis e consultado o Ibope amiúde.
Pouco importa que seja incoerente ou contraditória. Ou que mande às favas todos os escrúpulos.
Íntegra AQUI.
Enrascado com a história de consultorias fantasmas ou apenas suspeitas, Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, demonstrou há cerca de 10 dias ser mais sensato do que a presidente Dilma Rousseff. Em conversa com ela, disse que o melhor a fazer seria pedir demissão. Pouparia o governo de novos constrangimentos. E também se pouparia.
(...)
Na conversa com Dilma onde se dispôs a ir embora, Pimentel lembrou-lhe que ainda é jovem. Amargará um prejuízo maior ficando exposto a tiros do que saindo de cena para quem sabe voltar no futuro.
A seu modo reflexivo e delicado, Dilma interrompeu o discurso de Pimentel para descartar de pronto sua sugestão.
“E você acha que vou continuar fazendo tudo o que a imprensa quer?” – devolveu a presidente.
Àquela altura, Dilma amadurecera a ideia que defenderia com desassombro quando jornalistas lhe perguntassem por que insistir em conservar Pimentel no governo. Vocês sabem a que ideia me refiro. É um tributo ao cinismo, convenhamos.
- Não tem nada a ver com o meu governo. O que estão acusando [Pimentel], não tem nada a ver com meu governo – repetiu Dilma na última sexta-feira.
Dito de outra forma: o eventual malfeito cometido por Pimentel antes de virar ministro não é da conta da presidente e de ninguém. “É um problema pessoal dele”, segundo Dilma. Que tal? Não é formidável?
Exercício de lógica só por pura diversão: e se Pimentel fosse suspeito de no passado recente ter sido sócio de Fernandinho Beira-Mar ou de Nem? Ele permaneceria no governo?
Ou a suspeita de apenas ter mentido ao distinto, distraído e volúvel público é um malfeito, digamos assim, menor, tolerável? Ou vai ver que nem malfeito é?
A ideia de Dilma para salvar Pimentel da degola foi tomada emprestada à deputada federal Jaqueline Roriz, filha de Joaquim Roriz, quatro vezes governador do Distrito Federal.
O Conselho de Ética da Câmara recomendou a cassação de Jaqueline porque ela se elegeu no ano passado com dinheiro de Caixa 2, como prova um vídeo. A deputada acabou salva por seus colegas sob a desculpa de que o crime ocorrera antes da eleição.
Na última sexta-feira, um jornalista lembrou a Dilma que Antonio Palocci deixou a Casa Civil por ter se negado a dar informações mais precisas sobre consultorias que prestou a empresas – assim como Pimentel.
Dilma rebateu: “Ele quis sair”.
Registre-se que Pimentel também quis. Por ora sua sina será viver saindo de perto de jornalistas.
Quanto a Dilma: uma vez livre do avental, está liberada para fazer o que queira, respeitadas as leis e consultado o Ibope amiúde.
Pouco importa que seja incoerente ou contraditória. Ou que mande às favas todos os escrúpulos.
Íntegra AQUI.
Um ano de governo Dilma: um país à deriva
Postado por Villa
É bom o desempenho da presidente Dilma no primeiro ano de seu mandato?
NÃO
Na centenária história da República não houve, no primeiro ano, uma administração com tantas acusações de corrupção que levaram a demissões de ministros, como a da presidente Dilma Rousseff.
Excetuando-se o primeiro trimestre, de lá para cá a rotina foi a gerência de crises e mais crises. Nenhuma delas por questão programática ou ideológica. Não. Todas devido às gravíssimas acusações de mau uso dos recursos públicos e de favorecimentos dos parceiros da base governamental.
Neste ano ficou provado, mais uma vez, que o presidencialismo de transação é um fracasso. A partilha irresponsável da máquina pública paralisou o governo.
A incapacidade de gestão -já tão presente no final da Presidência de Lula- se aprofundou. A piora do quadro internacional não trouxe qualquer tipo de preocupação para o conjunto do governo.
Algumas medidas adotadas ficaram restritas ao Ministério da Fazenda. Como se a grave crise internacional fosse simplesmente uma mera turbulência, e não o prenúncio de longo período de estagnação, especialmente da Europa, e com repercussões ainda difíceis de quantificar na economia Ásia-Pacífico.
O governo brasileiro mantém-se como um observador passivo, e demonstrando até certo prazer mórbido com os problemas europeus e com a dificuldade da recuperação dos Estados Unidos. Como se não pudesse ser atingido gravemente pelos efeitos de uma crise no centro do sistema capitalista.
Se é correto afirmar que o mundo está iniciando um processo de inversão das antigas relações econômicas centro-periferia, isso não significa que o Brasil possa suportar um lustro sem que ocorra uma reativação das economias americana e europeia.
A crise de 2008 -e a estagnação de 2009, com crescimento negativo de 0,3%- não foi suficiente para que o governo tomasse um rumo correto. Foi guiado exclusivamente pelo viés eleitoral de curto (2010) e médio prazos (2014). A inexistência de um projeto para o país é cada dia mais evidente. Nem simples promessas eleitorais foram cumpridas.
Nenhuma delas. Serviram utilitariamente para dar algum tipo de verniz programático a uma aliança com objetivos continuístas. Foram selecionadas algumas propostas, mas sem qualquer possibilidade de viabilização. Basta citar, entre tantos exemplos, o programa (fracassado) Minha Casa, Minha Vida.
O país está à deriva. Navega por inércia. A queda da projeção da taxa de crescimento é simplesmente uma mostra da incompetência. Mas o pior está por vir.
Não foi desenvolvido nenhum plano para enfrentar com êxito a nova situação internacional. Tempo não faltou. Assim como sinais preocupantes no conjunto da economia e nas contas públicas.
A bazófia e o discurso vazio não são a melhor forma de enfrentar as dificuldades. É fundamental ter iniciativa, originalidade, propostas exequíveis e quadros técnicos com capacidade administrativa, mas o essencial é mudar a lógica perversa deste arranjo de governo.
Dizendo o óbvio -que na nossa política nem sempre é evidente-, o objetivo do governo não é saciar a base de sustentação política com o saque do erário, como vem ocorrendo até hoje. Deve ter um mínimo de responsabilidade republicana, pensar no país, e não somente no projeto continuísta.
Contudo, tendo como pano de fundo o primeiro ano de governo, a perspectiva é de imobilismo. Algumas mudanças nos ministérios devem ocorrer, pois o desgaste é inevitável. Nada indica, porém, uma alteração de rumo ou uma melhora na qualidade de gestão. A irresponsabilidade vai se manter. E caminhamos para um 2012 cinzento.
MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
É bom o desempenho da presidente Dilma no primeiro ano de seu mandato?
NÃO
Na centenária história da República não houve, no primeiro ano, uma administração com tantas acusações de corrupção que levaram a demissões de ministros, como a da presidente Dilma Rousseff.
Excetuando-se o primeiro trimestre, de lá para cá a rotina foi a gerência de crises e mais crises. Nenhuma delas por questão programática ou ideológica. Não. Todas devido às gravíssimas acusações de mau uso dos recursos públicos e de favorecimentos dos parceiros da base governamental.
Neste ano ficou provado, mais uma vez, que o presidencialismo de transação é um fracasso. A partilha irresponsável da máquina pública paralisou o governo.
A incapacidade de gestão -já tão presente no final da Presidência de Lula- se aprofundou. A piora do quadro internacional não trouxe qualquer tipo de preocupação para o conjunto do governo.
Algumas medidas adotadas ficaram restritas ao Ministério da Fazenda. Como se a grave crise internacional fosse simplesmente uma mera turbulência, e não o prenúncio de longo período de estagnação, especialmente da Europa, e com repercussões ainda difíceis de quantificar na economia Ásia-Pacífico.
O governo brasileiro mantém-se como um observador passivo, e demonstrando até certo prazer mórbido com os problemas europeus e com a dificuldade da recuperação dos Estados Unidos. Como se não pudesse ser atingido gravemente pelos efeitos de uma crise no centro do sistema capitalista.
Se é correto afirmar que o mundo está iniciando um processo de inversão das antigas relações econômicas centro-periferia, isso não significa que o Brasil possa suportar um lustro sem que ocorra uma reativação das economias americana e europeia.
A crise de 2008 -e a estagnação de 2009, com crescimento negativo de 0,3%- não foi suficiente para que o governo tomasse um rumo correto. Foi guiado exclusivamente pelo viés eleitoral de curto (2010) e médio prazos (2014). A inexistência de um projeto para o país é cada dia mais evidente. Nem simples promessas eleitorais foram cumpridas.
Nenhuma delas. Serviram utilitariamente para dar algum tipo de verniz programático a uma aliança com objetivos continuístas. Foram selecionadas algumas propostas, mas sem qualquer possibilidade de viabilização. Basta citar, entre tantos exemplos, o programa (fracassado) Minha Casa, Minha Vida.
O país está à deriva. Navega por inércia. A queda da projeção da taxa de crescimento é simplesmente uma mostra da incompetência. Mas o pior está por vir.
Não foi desenvolvido nenhum plano para enfrentar com êxito a nova situação internacional. Tempo não faltou. Assim como sinais preocupantes no conjunto da economia e nas contas públicas.
A bazófia e o discurso vazio não são a melhor forma de enfrentar as dificuldades. É fundamental ter iniciativa, originalidade, propostas exequíveis e quadros técnicos com capacidade administrativa, mas o essencial é mudar a lógica perversa deste arranjo de governo.
Dizendo o óbvio -que na nossa política nem sempre é evidente-, o objetivo do governo não é saciar a base de sustentação política com o saque do erário, como vem ocorrendo até hoje. Deve ter um mínimo de responsabilidade republicana, pensar no país, e não somente no projeto continuísta.
Contudo, tendo como pano de fundo o primeiro ano de governo, a perspectiva é de imobilismo. Algumas mudanças nos ministérios devem ocorrer, pois o desgaste é inevitável. Nada indica, porém, uma alteração de rumo ou uma melhora na qualidade de gestão. A irresponsabilidade vai se manter. E caminhamos para um 2012 cinzento.
MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
A ficção do Amaury
Merval Pereira, O Globo
O livro “Privataria tucana”, da Geração Editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr, é um sucesso de propaganda política do chamado marketing viral, utilizando-se dos novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca para criar um clima de mistério em torno de suas denúncias supostamente bombásticas, baseadas em “documentos, muitos documentos”, como definiu um desses blogueiros em uma entrevista com o autor do livro.
Disseminou-se a idéia de que a chamada “imprensa tradicional” não deu destaque ao livro, ao contrário do mundo da internet, para proteger o ex-candidato tucano à presidência José Serra, que é o centro das denúncias.
Estariam os “jornalões” usando dois pesos e duas medidas em relação a Amaury Jr, pois enquanto acatam denúncias de bandidos contra o governo petista, alegam que ele está sendo processado e, portanto, não teria credibilidade?
É justamente o contrário. A chamada “grande imprensa”, por ter mais responsabilidade que os blogueiros ditos independentes, mas que, na maioria, são sustentados pela verba oficial e fazem propaganda política, demorou mais a entrar no assunto, ou simplesmente não entrará, por que precisava analisar com tranqüilidade o livro para verificar se ele realmente acrescenta dados novos às denúncias sobre as privatizações, e se tem provas.
Outros livros, como "O Chefe", de Ivo Patarra, com acusações gravíssimas contra o governo de Lula, também não tiveram repercussão na "grande imprensa" e, por motivos óbvios, foram ignorados pela blogosfera chapa-branca.
(...)
E por aí vai. Já Amaury Ribeiro Jr. foi indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e oferta de vantagem a testemunha, tendo participado, como membro da equipe de campanha da candidata do PT, de atos contra o adversário tucano.
O livro, portanto, continua sendo parte da sua atividade como propagandista da campanha petista e, evidentemente, tem pouca credibilidade na origem.
Na sua versão no livro, Amaury jura que não havia intenção de fazer dossiês contra Serra, que foi contratado “apenas” para descobrir vazamentos internos e usou seus contatos policiais para a tarefa que, convenhamos, conforme descrita pelo próprio, não tem nada de jornalística.
Ele alega que a turma paulista de Rui Falcão (presidente do PT) e Palocci queria tirar os mineiros ligados a Fernando Pimentel da campanha, e acabou criando uma versão distorcida dos fatos.
No caso da quebra de sigilo de tucanos, na Receita de Mauá, Amaury diz que o despachante que o acusou de ter encomendado o serviço mentiu por pressão de policiais federais amigos de José Serra.
Enfim, Amaury Ribeiro Jr, tem que se explicar antes de denunciar outros, o que também enfraquece sua posição.
Ele e seus apoiadores ressaltam sempre que 1/3 do livro é composto de documentos, para dar apoio às denúncias.
Mas se os documentos, como dizem, são todos oficiais e estão nos cartórios e juntas comerciais, imaginar que revelem crimes contra o patrimônio público é ingenuidade ou má-fé.
Que trapaceiro registra seus trambiques em cartórios?
Há, a começar pela escolha do título – Privataria Tucana – uma tomada de posição política do autor contra as privatizações.
(...)
Acontece que passados 17 anos do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, e estando o PT no poder há 9 anos, não houve um movimento para rever as privatizações.
E os julgamentos de processos contra os dirigentes da época das privatizações não dão sustentação às críticas e às acusações de “improbidade administrativa” na privatização da Telebrás.
A decisão nº 765/99 do Plenário do Tribunal de Contas da União concluiu que, além de não haver qualquer irregularidade no processo, os responsáveis “não visavam favorecer em particular o consórcio composto pelo Banco Opportunity e pela Itália Telecom, mas favorecer a competitividade do leilão da Tele Norte Leste S/A, objetivando um melhor resultado para o erário na desestatização dessa empresa”.
Também o Ministério Público de Brasília foi derrotado e, no recurso, o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal decidiu, através do juiz Tourinho Neto, não apenas acatar a decisão do TCU mas afirmar que “não restaram provadas as nulidades levantadas no processo licitatório de privatização do Sistema Telebrás. Da mesma forma, não está demonstrada a má-fé, premissa do ato ilegal e ímprobo, para impor-se uma condenação aos réus.
Também não se vislumbrou ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública para configurar a improbidade administrativa.”.
O livro de Amaury Ribeiro Jr. está em sexto lugar na lista dos mais vendidos de “não-ficção”. Talvez tivesse mais sucesso ainda se estivesse na lista de “ficção”.
Íntegra AQUI.
O livro “Privataria tucana”, da Geração Editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr, é um sucesso de propaganda política do chamado marketing viral, utilizando-se dos novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca para criar um clima de mistério em torno de suas denúncias supostamente bombásticas, baseadas em “documentos, muitos documentos”, como definiu um desses blogueiros em uma entrevista com o autor do livro.
Disseminou-se a idéia de que a chamada “imprensa tradicional” não deu destaque ao livro, ao contrário do mundo da internet, para proteger o ex-candidato tucano à presidência José Serra, que é o centro das denúncias.
Estariam os “jornalões” usando dois pesos e duas medidas em relação a Amaury Jr, pois enquanto acatam denúncias de bandidos contra o governo petista, alegam que ele está sendo processado e, portanto, não teria credibilidade?
É justamente o contrário. A chamada “grande imprensa”, por ter mais responsabilidade que os blogueiros ditos independentes, mas que, na maioria, são sustentados pela verba oficial e fazem propaganda política, demorou mais a entrar no assunto, ou simplesmente não entrará, por que precisava analisar com tranqüilidade o livro para verificar se ele realmente acrescenta dados novos às denúncias sobre as privatizações, e se tem provas.
Outros livros, como "O Chefe", de Ivo Patarra, com acusações gravíssimas contra o governo de Lula, também não tiveram repercussão na "grande imprensa" e, por motivos óbvios, foram ignorados pela blogosfera chapa-branca.
(...)
E por aí vai. Já Amaury Ribeiro Jr. foi indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e oferta de vantagem a testemunha, tendo participado, como membro da equipe de campanha da candidata do PT, de atos contra o adversário tucano.
O livro, portanto, continua sendo parte da sua atividade como propagandista da campanha petista e, evidentemente, tem pouca credibilidade na origem.
Na sua versão no livro, Amaury jura que não havia intenção de fazer dossiês contra Serra, que foi contratado “apenas” para descobrir vazamentos internos e usou seus contatos policiais para a tarefa que, convenhamos, conforme descrita pelo próprio, não tem nada de jornalística.
Ele alega que a turma paulista de Rui Falcão (presidente do PT) e Palocci queria tirar os mineiros ligados a Fernando Pimentel da campanha, e acabou criando uma versão distorcida dos fatos.
No caso da quebra de sigilo de tucanos, na Receita de Mauá, Amaury diz que o despachante que o acusou de ter encomendado o serviço mentiu por pressão de policiais federais amigos de José Serra.
Enfim, Amaury Ribeiro Jr, tem que se explicar antes de denunciar outros, o que também enfraquece sua posição.
Ele e seus apoiadores ressaltam sempre que 1/3 do livro é composto de documentos, para dar apoio às denúncias.
Mas se os documentos, como dizem, são todos oficiais e estão nos cartórios e juntas comerciais, imaginar que revelem crimes contra o patrimônio público é ingenuidade ou má-fé.
Que trapaceiro registra seus trambiques em cartórios?
Há, a começar pela escolha do título – Privataria Tucana – uma tomada de posição política do autor contra as privatizações.
(...)
Acontece que passados 17 anos do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, e estando o PT no poder há 9 anos, não houve um movimento para rever as privatizações.
E os julgamentos de processos contra os dirigentes da época das privatizações não dão sustentação às críticas e às acusações de “improbidade administrativa” na privatização da Telebrás.
A decisão nº 765/99 do Plenário do Tribunal de Contas da União concluiu que, além de não haver qualquer irregularidade no processo, os responsáveis “não visavam favorecer em particular o consórcio composto pelo Banco Opportunity e pela Itália Telecom, mas favorecer a competitividade do leilão da Tele Norte Leste S/A, objetivando um melhor resultado para o erário na desestatização dessa empresa”.
Também o Ministério Público de Brasília foi derrotado e, no recurso, o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal decidiu, através do juiz Tourinho Neto, não apenas acatar a decisão do TCU mas afirmar que “não restaram provadas as nulidades levantadas no processo licitatório de privatização do Sistema Telebrás. Da mesma forma, não está demonstrada a má-fé, premissa do ato ilegal e ímprobo, para impor-se uma condenação aos réus.
Também não se vislumbrou ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública para configurar a improbidade administrativa.”.
O livro de Amaury Ribeiro Jr. está em sexto lugar na lista dos mais vendidos de “não-ficção”. Talvez tivesse mais sucesso ainda se estivesse na lista de “ficção”.
Íntegra AQUI.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Ação do governo para proteger fronteiras … CONTRATAR AGÊNCIA DE PUBLICIDADE
Por Breno Costa, na Folha:
A primeira ação do governo federal para reforçar a segurança nas fronteiras do país não foi melhorar a estrutura de vigilância, e sim contratar uma agência publicitária.
Ainda em andamento, a contratação visa aumentar a “sensação de segurança” em relação a essas áreas.
Ela foi a primeira a ser lançada no contexto do Plano Estratégico de Fronteiras, anunciado com destaque pela presidente Dilma Rousseff em junho. O plano objetiva impedir a entrada de armas e drogas, e foi a principal bandeira de Dilma para o combate ao tráfico na campanha eleitoral.
As promessas iam da aquisição de 14 Vants (veículos aéreos não tripulados) ao aumento do número de agentes nos 17 mil km de fronteiras.
A contratação da publicidade está estimada em R$ 10 milhões.
O valor representa 58% dos R$ 17,1 milhões que o governo gastou este ano em ações diretas de reforço à segurança das fronteiras.
Se forem considerados só os gastos programados pelo governo Dilma, sem os compromissos firmados sob Lula, o custo com a contratação da agência publicitária representa mais do que o triplo.
(…)
A primeira ação do governo federal para reforçar a segurança nas fronteiras do país não foi melhorar a estrutura de vigilância, e sim contratar uma agência publicitária.
Ainda em andamento, a contratação visa aumentar a “sensação de segurança” em relação a essas áreas.
Ela foi a primeira a ser lançada no contexto do Plano Estratégico de Fronteiras, anunciado com destaque pela presidente Dilma Rousseff em junho. O plano objetiva impedir a entrada de armas e drogas, e foi a principal bandeira de Dilma para o combate ao tráfico na campanha eleitoral.
As promessas iam da aquisição de 14 Vants (veículos aéreos não tripulados) ao aumento do número de agentes nos 17 mil km de fronteiras.
A contratação da publicidade está estimada em R$ 10 milhões.
O valor representa 58% dos R$ 17,1 milhões que o governo gastou este ano em ações diretas de reforço à segurança das fronteiras.
Se forem considerados só os gastos programados pelo governo Dilma, sem os compromissos firmados sob Lula, o custo com a contratação da agência publicitária representa mais do que o triplo.
(…)
O estranho gosto dos brasileiros
Neste final de semana, as jornalistas Mary Zaidan e Dora Kramer trataram da estranha popularidade de Dilma Rousseff.
Mary busca uma explicação para o resultado das pesquisas.
Considera um "feito fantástico para quem tem contato popular restrito e que, nos últimos meses, se viu enredada com auxiliares diretos tombados como pinos de boliche, insustentáveis diante de suspeitas de corrupção."
Ressalta que os eixos negativos são alarmantes.
"Fossem ponderados com pesos diferenciados para os serviços essenciais, possivelmente o resultado seria outro: Saúde, reprovada por 67%, e Educação, por 51%, provam isso. Também mereceram notas baixas os altos impostos, os juros e o controle da inflação."
E lembra que "popularidade não é sinônimo de qualidade".
Dora, por sua vez, lamenta que a tal popularidade das lideranças petistas não seja usada como instrumento de transformação.
E aponta o grande erro quando "o mandatário altamente popular tende a ouvir só o que lhe interessa e a dizer só o que lhe convém, sem se considerar na obrigação de conferir substância e coerência às suas palavras."
Leiam trecho:
Foi o que aconteceu na entrevista que a presidente deu na sexta-feira. Para começo de conversa, previu um crescimento de 5% no PIB para 2012. Qual o raciocínio utilizado para chegar à conclusão? Nenhum.
"Meu cenário é otimista", afirmou Dilma, reduzindo sua tese a mera conjectura. Algo autoritário, porque parte do pressuposto de que uma frase presidencial tenha o condão de conduzir uma realidade.
A presidente tampouco foi fiel aos fatos ao comentar o caso do ministro Fernando Pimentel que, segundo ela, "não tem nada a ver com o governo". Teria a ver com o quê, então?
Posta diante da comparação com o episódio envolvendo Antonio Palocci, fantasiou: "Ele quis sair".
Não quis, resistiu por 23 dias, saiu quando já era impossível ficar e foi incorporado à dita "faxina" como indicativo da intolerância da presidente em relação a "malfeitos".
Mas, se for verdade que Palocci só saiu porque quis, chega-se à conclusão de que por vontade de Dilma teria ficado. Onde coerência da intolerante?
Hoje, o jornalista Cláudio Humberto confirma, em seu blog, esse perfil truculento da presidente.
Jeito Dilma de ser não poupa nem notebook
Ministros e técnicos do governo federal agora evitam levar os próprios notebooks para reuniões com Dilma.
Fiel ao seu jeito estúpido de ser, em recente reunião com dirigentes e técnicos do DNIT, ela se irritou com um deles, que insistia em mostrar-lhe, no computador, um projeto já rejeitado.
Com firmeza e agilidade, tomou-lhe o notebook das mãos e o arremessou para longe, espatifando-o, para em seguida dispensar o interlocutor chamando o despacho seguinte: “Próximo!”
Fato novo
“Arremesso de notebooks” é novidade.
Os assessores palacianos estão mais habituados às broncas colossais da presidenta.
SAUDADE DAS CARROÇAS, DO ORELHÃO E DA INTERNET DISCADA
O guru do governo petista é um economista que foi ministro na época da ditadura, parece contraditório, mas esse fato pode ajudar a entender a coincidência de programas e ideais, o Estado Forte e a implicância com o setor privado, no caso, a indústria.
A volta ao passado e o combate às privatizações faz supor que teríamos ainda um país das carroças, do orelhão e da internet discada se o PT estivesse no poder desde sua primeira candidatura.
...................................
Saudade das carroças
O Estado de S.Paulo
Com dificuldade para se adaptar ao século 21, o governo insiste em reeditar o protecionismo dos anos 50 e 60 do século passado, quando a maior parte da indústria era nascente e esse tipo de política ainda tinha algum sentido.
Esse velho padrão foi reeditado na elaboração do Plano Brasil Maior, já em vigor, e poderá servir de inspiração para um "novo" regime automotivo com elevada exigência de conteúdo nacional (mais precisamente, produzido no Mercosul).
O Plano Brasil Maior já estabeleceu a exigência de pelo menos 65% de conteúdo local para os veículos comercializados no Brasil, impondo uma taxação adicional de 30 pontos porcentuais aos produtos sem essa especificação. Esse critério deverá valer nos próximos 12 meses. Nesse período serão definidas as condições para vigorar em 2013, segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
O Brasil foi um dos últimos países a abandonar o velho modelo de substituição de importações.
A economia nacional foi muito prejudicada por isso.
Outros países, principalmente da Ásia, deram o passo adiante nos anos 70 e 80.
Passaram a absorver tecnologia, investiram em pesquisa e adotaram planos de educação ambiciosos e bem elaborados, preparando-se para conquistar espaços no mercado internacional.
A Coreia do Sul foi um desses países. Absorveu e desenvolveu conhecimentos e tornou-se uma potência industrial e comercial adaptada a seu tempo.
Enquanto isso, o Brasil pagava pelo fracasso da reserva de mercado para informática e entrava nos anos 90 com uma indústria de carroças motorizadas.
Nos anos 80 e em boa parte dos 90, o setor mais dinâmico da economia brasileira foi o agronegócio.
Não por acaso, a modernização ocorreu mais prontamente naqueles segmentos mais voltados para o mercado internacional, como a produção de soja e derivados e a criação de animais para a exportação de carnes.
Empenhados em disputar com os melhores produtores do mundo, os empresários envolvidos nesse trabalho tiveram de ajustar sua atividade aos níveis mais altos de eficiência, em vez de se refugiar no conforto de um mercado protegido.
As instituições de pesquisa, com a Embrapa em posição central, tiveram um papel decisivo nesse esforço.
A abertura da economia brasileira, na virada dos anos 80 para os 90, foi um primeiro esforço de adaptação às mudanças globais.
Os empresários com visão de maior alcance haviam começado a investir em modernização antes da abertura.
Esses foram capazes de resistir ao impacto da mudança.
A própria indústria automobilística adotou novas políticas, embora parte de sua produção tenha continuado defasada em relação aos padrões mundiais.
Mas o Brasil jamais completou a sua inserção na economia globalizada.
Os avanços na educação e na criação de tecnologia foram insuficientes, principalmente porque faltou uma clara e realista definição de prioridades.
A infraestrutura continuou deficiente e inadequada e os custos de logística permanecem absurdamente altos.
O sistema tributário é um desastre, porque onera o investimento, a produção e a exportação.
O Brasil não precisa de um novo regime automotivo nem de regras de conteúdo mínimo.
Precisa de melhores condições para produzir e competir.
(continua)
A volta ao passado e o combate às privatizações faz supor que teríamos ainda um país das carroças, do orelhão e da internet discada se o PT estivesse no poder desde sua primeira candidatura.
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Saudade das carroças
O Estado de S.Paulo
Com dificuldade para se adaptar ao século 21, o governo insiste em reeditar o protecionismo dos anos 50 e 60 do século passado, quando a maior parte da indústria era nascente e esse tipo de política ainda tinha algum sentido.
Esse velho padrão foi reeditado na elaboração do Plano Brasil Maior, já em vigor, e poderá servir de inspiração para um "novo" regime automotivo com elevada exigência de conteúdo nacional (mais precisamente, produzido no Mercosul).
O Plano Brasil Maior já estabeleceu a exigência de pelo menos 65% de conteúdo local para os veículos comercializados no Brasil, impondo uma taxação adicional de 30 pontos porcentuais aos produtos sem essa especificação. Esse critério deverá valer nos próximos 12 meses. Nesse período serão definidas as condições para vigorar em 2013, segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
O Brasil foi um dos últimos países a abandonar o velho modelo de substituição de importações.
A economia nacional foi muito prejudicada por isso.
Outros países, principalmente da Ásia, deram o passo adiante nos anos 70 e 80.
Passaram a absorver tecnologia, investiram em pesquisa e adotaram planos de educação ambiciosos e bem elaborados, preparando-se para conquistar espaços no mercado internacional.
A Coreia do Sul foi um desses países. Absorveu e desenvolveu conhecimentos e tornou-se uma potência industrial e comercial adaptada a seu tempo.
Enquanto isso, o Brasil pagava pelo fracasso da reserva de mercado para informática e entrava nos anos 90 com uma indústria de carroças motorizadas.
Nos anos 80 e em boa parte dos 90, o setor mais dinâmico da economia brasileira foi o agronegócio.
Não por acaso, a modernização ocorreu mais prontamente naqueles segmentos mais voltados para o mercado internacional, como a produção de soja e derivados e a criação de animais para a exportação de carnes.
Empenhados em disputar com os melhores produtores do mundo, os empresários envolvidos nesse trabalho tiveram de ajustar sua atividade aos níveis mais altos de eficiência, em vez de se refugiar no conforto de um mercado protegido.
As instituições de pesquisa, com a Embrapa em posição central, tiveram um papel decisivo nesse esforço.
A abertura da economia brasileira, na virada dos anos 80 para os 90, foi um primeiro esforço de adaptação às mudanças globais.
Os empresários com visão de maior alcance haviam começado a investir em modernização antes da abertura.
Esses foram capazes de resistir ao impacto da mudança.
A própria indústria automobilística adotou novas políticas, embora parte de sua produção tenha continuado defasada em relação aos padrões mundiais.
Mas o Brasil jamais completou a sua inserção na economia globalizada.
Os avanços na educação e na criação de tecnologia foram insuficientes, principalmente porque faltou uma clara e realista definição de prioridades.
A infraestrutura continuou deficiente e inadequada e os custos de logística permanecem absurdamente altos.
O sistema tributário é um desastre, porque onera o investimento, a produção e a exportação.
O Brasil não precisa de um novo regime automotivo nem de regras de conteúdo mínimo.
Precisa de melhores condições para produzir e competir.
(continua)
Questão de critérios e prioridades
Região da Califórnia planeja que detentos paguem tempo na prisão
*Por Jennifer Medina
The New York Times
Uma diária no melhor hotel da cidade sai por volta de US$ 190, com uma cama superconfortável e um restaurante gourmet. Em breve, uma beliche de metal na prisão do condado de Riverside, com refeições servidas em bandejas de plástico, custará US$ 142,42 por noite.
Com as prisões lotadas e um déficit de US$ 80 milhões no orçamento local, oficiais do condado de Riverside estão cada vez mais desesperados para encontrar todas as fontes de renda possíveis.
Então, no mês passado, o conselho de supervisores do condado aprovou por unanimidade um plano para cobrar dos detentos sua estada, uma maneira do município reembolsar os cuidados com sua alimentação, vestuário e saúde.
Presos sem recursos não precisarão pagar, mas o município pode fazer descontos em seus salários e confiscar seus bens imobiliários, de acordo com a lei que entrará em vigor na próxima semana.
Como o supervisor que incentivou a solicitação de tal procedimento, Jeff Stone, costuma dizer:
"Você comete o crime, você servirá o tempo necessário, mas agora também literalmente pagará por isso."
Enquanto alguns outros governos locais têm experimentado ideias semelhantes, Riverside é de longe o maior presídio que decretou o que muitos chamam de um plano "pagar para ficar". Stone estima que cerca de 25% dos presos do condado são capazes de pagar alguma coisa, com o município podendo receber até US$ 6 milhões por ano.
A maioria dos presos tem de pagar as restituições de suas vítimas e outras taxas além da diária.
..................................
(Enquanto isso, no Brasil, tanto o trabalhador quanto o aposentado tem sofrido perdas salariais significativas e o governo agiu como um trator para evitar que a proposta do então candidato José Serra, salário mínimo de seiscentos reais para 2011, prosperasse.
Os aposentados já sofrem com perdas que ultrapassam 70%, por conta do reajuste diferente do aplicado ao mínimo.
A cada reajuste temos a possibilidade de entender qual é a "igualdade" pregada pelo petismo.
É fato, cerca de 1 milhão de aposentados acima do mínimo passarão a receber apenas o mínimo em 2012 devido ao achatamento do valor das aposentadorias acima do mínimo.
Isso vem acontecendo durante todo o governo do PT, que nada fez nesses nove anos para modificar essa situação, e a categoria tem sobrevivido às custas de endividamento proporcionado pela oferta de crédito consignado.
"Hoje os segurados que recebem o piso representam 70% do total de beneficiários.
Em pouco tempo, em 2016, serão 80%.
E é isso que o governo quer.
Essa regra de reajuste está empurrando todo mundo para receber o piso.
Não vai escapar ninguém” disse Warley Martins, presidente da Cobap (Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil).
Outra proposta de José Serra, o 13º para o benefício do Bolsa-Família, também foi descartado pelo governo petista e ninguém toca mais no assunto.
A desculpa tem sido a de que a previdência é deficitária e que a melhoria salarial não é sustentável.
Mas, ao contrário de outros países, que desestimulam o crime e fazem os criminosos pagarem suas despesas e as restituições de suas vítimas, a mesma previdência que penaliza o trabalhador brasileiro garante o auxílio reclusão no valor de R$ 862,60.)
*Por Jennifer Medina
The New York Times
Uma diária no melhor hotel da cidade sai por volta de US$ 190, com uma cama superconfortável e um restaurante gourmet. Em breve, uma beliche de metal na prisão do condado de Riverside, com refeições servidas em bandejas de plástico, custará US$ 142,42 por noite.
Com as prisões lotadas e um déficit de US$ 80 milhões no orçamento local, oficiais do condado de Riverside estão cada vez mais desesperados para encontrar todas as fontes de renda possíveis.
Então, no mês passado, o conselho de supervisores do condado aprovou por unanimidade um plano para cobrar dos detentos sua estada, uma maneira do município reembolsar os cuidados com sua alimentação, vestuário e saúde.
Presos sem recursos não precisarão pagar, mas o município pode fazer descontos em seus salários e confiscar seus bens imobiliários, de acordo com a lei que entrará em vigor na próxima semana.
Como o supervisor que incentivou a solicitação de tal procedimento, Jeff Stone, costuma dizer:
"Você comete o crime, você servirá o tempo necessário, mas agora também literalmente pagará por isso."
Enquanto alguns outros governos locais têm experimentado ideias semelhantes, Riverside é de longe o maior presídio que decretou o que muitos chamam de um plano "pagar para ficar". Stone estima que cerca de 25% dos presos do condado são capazes de pagar alguma coisa, com o município podendo receber até US$ 6 milhões por ano.
A maioria dos presos tem de pagar as restituições de suas vítimas e outras taxas além da diária.
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(Enquanto isso, no Brasil, tanto o trabalhador quanto o aposentado tem sofrido perdas salariais significativas e o governo agiu como um trator para evitar que a proposta do então candidato José Serra, salário mínimo de seiscentos reais para 2011, prosperasse.
Os aposentados já sofrem com perdas que ultrapassam 70%, por conta do reajuste diferente do aplicado ao mínimo.
A cada reajuste temos a possibilidade de entender qual é a "igualdade" pregada pelo petismo.
É fato, cerca de 1 milhão de aposentados acima do mínimo passarão a receber apenas o mínimo em 2012 devido ao achatamento do valor das aposentadorias acima do mínimo.
Isso vem acontecendo durante todo o governo do PT, que nada fez nesses nove anos para modificar essa situação, e a categoria tem sobrevivido às custas de endividamento proporcionado pela oferta de crédito consignado.
"Hoje os segurados que recebem o piso representam 70% do total de beneficiários.
Em pouco tempo, em 2016, serão 80%.
E é isso que o governo quer.
Essa regra de reajuste está empurrando todo mundo para receber o piso.
Não vai escapar ninguém” disse Warley Martins, presidente da Cobap (Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil).
Outra proposta de José Serra, o 13º para o benefício do Bolsa-Família, também foi descartado pelo governo petista e ninguém toca mais no assunto.
A desculpa tem sido a de que a previdência é deficitária e que a melhoria salarial não é sustentável.
Mas, ao contrário de outros países, que desestimulam o crime e fazem os criminosos pagarem suas despesas e as restituições de suas vítimas, a mesma previdência que penaliza o trabalhador brasileiro garante o auxílio reclusão no valor de R$ 862,60.)
Notas sobre um livro
Por Sandro Vaia
1) Não há nenhum motivo para que a imprensa não noticie e não comente o lançamento do livro “Privataria Tucana” , de Amaury Ribeiro Júnior, como não havia para que não noticiasse ou comentasse o livro “O Chefe”, de Ivo Patarra.
Não há motivo, portanto, para que só a publicação de notícia sobre um deles seja exigida, enquanto o outro continua ignorado.
2) Uma das informações de maior impacto do livro é a acusação de que Ricardo Sérgio de Oliveira, homem forte das privatizações, ex-tesoureiro da campanha de FHC, e ligado a José Serra, teria recebido propina de 15 milhões de dólares de Benjamin Steinbruch para facilitar a vitória de seu consórcio no leilão da Vale .
A acusação foi publicada em maio de 2002 pela revista Veja, paradoxalmente a mesma que é acusada hoje de falta de credibilidade pelas acusações contra ex-ministros demitidos pelo atual governo.
A informação sobre suposta propina que teria sido paga por Carlos Jereissatti na formação do consórcio das teles que arrematou a Telemar também foi publicada pela Veja e por vários jornais e revistas. O que comprova que a imprensa sempre cumpriu o seu papel, e só passou a ser contestada e chamada de “golpista” quando o protagonista da noticia era alguém do partido errado.
3) As considerações do autor do livro sobre todo o processo de privatização representam as razões de um dos lados do debate ideológico que contrapõe em todo o mundo o dirigismo estatal ao modelo liberal de Estado mínimo. O próprio uso da palavra “privataria” reflete uma opção ideológica.
............................................
Não há no livro referência à sentença do juiz da 17ª Vara Federal sobre a licitude do processo de privatização da Telebrás no caso da denúncia do Ministério Público Federal contra Luiz Carlos Mendonça de Barros e outros no famoso episódio do “limite da irresponsabilidade”.
O juiz absolveu os acusados, dizendo que eles defenderam o interesse do Estado (estimulando a criação de um consórcio que aumentaria o preço mínimo do leilão) e não se locupletaram ou beneficiaram pessoalmente de suas ações.
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(continua)
1) Não há nenhum motivo para que a imprensa não noticie e não comente o lançamento do livro “Privataria Tucana” , de Amaury Ribeiro Júnior, como não havia para que não noticiasse ou comentasse o livro “O Chefe”, de Ivo Patarra.
Não há motivo, portanto, para que só a publicação de notícia sobre um deles seja exigida, enquanto o outro continua ignorado.
2) Uma das informações de maior impacto do livro é a acusação de que Ricardo Sérgio de Oliveira, homem forte das privatizações, ex-tesoureiro da campanha de FHC, e ligado a José Serra, teria recebido propina de 15 milhões de dólares de Benjamin Steinbruch para facilitar a vitória de seu consórcio no leilão da Vale .
A acusação foi publicada em maio de 2002 pela revista Veja, paradoxalmente a mesma que é acusada hoje de falta de credibilidade pelas acusações contra ex-ministros demitidos pelo atual governo.
A informação sobre suposta propina que teria sido paga por Carlos Jereissatti na formação do consórcio das teles que arrematou a Telemar também foi publicada pela Veja e por vários jornais e revistas. O que comprova que a imprensa sempre cumpriu o seu papel, e só passou a ser contestada e chamada de “golpista” quando o protagonista da noticia era alguém do partido errado.
3) As considerações do autor do livro sobre todo o processo de privatização representam as razões de um dos lados do debate ideológico que contrapõe em todo o mundo o dirigismo estatal ao modelo liberal de Estado mínimo. O próprio uso da palavra “privataria” reflete uma opção ideológica.
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Não há no livro referência à sentença do juiz da 17ª Vara Federal sobre a licitude do processo de privatização da Telebrás no caso da denúncia do Ministério Público Federal contra Luiz Carlos Mendonça de Barros e outros no famoso episódio do “limite da irresponsabilidade”.
O juiz absolveu os acusados, dizendo que eles defenderam o interesse do Estado (estimulando a criação de um consórcio que aumentaria o preço mínimo do leilão) e não se locupletaram ou beneficiaram pessoalmente de suas ações.
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(continua)
domingo, 18 de dezembro de 2011
Estelionatário diz em depoimento à PF que “Lista de Furnas” era a salvação de Lula
Entre os meses de março e maio de 2006, o nível de turbulência política em Brasília atingiu o seu ponto mais crítico desde o impeachment do presidente Fernando Collor, em setembro de 1992.
A Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o mensalão havia desbaratado a quadrilha de petistas que atuava no coração do governo, desviando dinheiro público para subornar políticos e financiar as campanhas do partido.
A crise ameaçava o mandato do então presidente Lula.
Era preciso fazer algo e, conforme demonstrou uma reportagem de VEJA da semana passada, o PT contratou e pagou um estelionatário para fabricar a chamada Lista de Furnas - um documento falso que tentava envolver políticos da oposição com caixa dois eleitoral.
Uma estratégia para nivelar por baixo a classe política e minimizar a gravidade do esquema de pagamento de propina montado pelo partido.
A Lista de Furnas, descobre-se agora, tinha um objetivo bem mais ambicioso do que apenas confundir os incautos: ela foi produzida pelos petistas para tentar salvar o presidente Lula.
A confissão está registrada em um relatório da Polícia Federal anexado ao processo que corre em segredo de Justiça na 2a Vara Criminal Federal, do Rio de Janeiro.
VEJA teve acesso ao conteúdo do documento.
Leia íntegra na revista
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