Como Pimentel não explicou nada, então ele fica, entenderam?
Por Reinaldo Azevedo
As coisas acabaram saindo bastante baratas para o agora ministro Fernando Pimentel. Era ele o chefe de Luiz Lanzetta, lembram-se?
Lanzetta comandava a equipe de comunicação da “pré-campanha” de Dilma Rousseff que foi flagrada tentando montar — que novidade! — um dossiê contra José Serra.
Havia até arapongagem metida no imbróglio.
Descoberto, o grupo se desfez, e Lanzetta foi, oficialmente ao menos, demitido.
Depois entrou em ação a bandidagem associada que violou o sigilo fiscal de tucanos e de familiares do então candidato do PSDB à Presidência.
Antes, em 2006, cumpre lembrar, os aloprados tinham tentado incriminar Serra com o falso dossiê da Saúde, o tal dos aloprados.
Em todas essas circunstâncias, é bom deixar claro, atuavam veículos de comunicação a soldo.
A maioria das personagens envolvidas com o dossiê dos aloprados pertencia ao entorno de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, embora ele, claro!, não soubesse de nada.
Hamilton Lacerda, o homem que conduzia a mala do dinheiro — R$ 1,7 milhão —, era assessor pessoal de Aloizio Mercadante, que disputava o governo de São Paulo.
Lacerda afastou-se do partido, mas já está de volta.
Mercadante é um dos ministros de Dilma (Ciência e Tecnologia) e candidato a assumir a Educação no lugar de Fernando Haddad.
Pimentel, o chefe da turma do Lanzetta, também ganhou assento na Esplanada.
Até agora ninguém foi punido nem por um crime nem por outro.
Ao contrário, os figurões acabaram promovidos.
O crime, no PT, acaba sempre compensado, e isso vai estimulando a imaginação da turma, que, então, vai se metendo em rolos sempre maiores.
E nada revela mais a natureza do partido do que esses dossiês: por intermédio deles, bandidos se tornam acusadores de pessoas inocentes!
A reportagem de capa da VEJA desta semana não deixa a menor dúvida sobre os métodos empregados pela quadrilha.
Para se safar da acusação do mensalão, forjaram uma lista de doações de recursos irregulares e fabricaram recibos.
No auge da ousadia, as falsificações foram entregues ao Supremo como “provas” contra políticos que pertenciam à base do governo FHC.
Eis a “lógica” com que operam: bandidos são acusadores; inocentes são acusados.
Tentam arrastar as pessoas de bem para a lama para que, lá, sejam obrigadas a se explicar sobre falsas imputações.
Há sempre os trouxas que acreditam e os canalhas que fingem acreditar.
Muito bem! O Estadão de hoje informa que Pimentel, o ministro que se nega a dar explicações no Congresso, usava a sede de sua “empresa”, a P-21, para fazer encontros políticos.
Detalhes AQUI e AQUI.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário