terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Da arte de livrar a cara dos culpados e de culpar inocentes

Como Pimentel não explicou nada, então ele fica, entenderam?
Por Reinaldo Azevedo

As coisas acabaram saindo bastante baratas para o agora ministro Fernando Pimentel. Era ele o chefe de Luiz Lanzetta, lembram-se?

Lanzetta comandava a equipe de comunicação da “pré-campanha” de Dilma Rousseff que foi flagrada tentando montar — que novidade! — um dossiê contra José Serra.

Havia até arapongagem metida no imbróglio.
Descoberto, o grupo se desfez, e Lanzetta foi, oficialmente ao menos, demitido.
Depois entrou em ação a bandidagem associada que violou o sigilo fiscal de tucanos e de familiares do então candidato do PSDB à Presidência.
Antes, em 2006, cumpre lembrar, os aloprados tinham tentado incriminar Serra com o falso dossiê da Saúde, o tal dos aloprados.

Em todas essas circunstâncias, é bom deixar claro, atuavam veículos de comunicação a soldo.

A maioria das personagens envolvidas com o dossiê dos aloprados pertencia ao entorno de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, embora ele, claro!, não soubesse de nada.

Hamilton Lacerda, o homem que conduzia a mala do dinheiro — R$ 1,7 milhão —, era assessor pessoal de Aloizio Mercadante, que disputava o governo de São Paulo.
Lacerda afastou-se do partido, mas já está de volta.
Mercadante é um dos ministros de Dilma (Ciência e Tecnologia) e candidato a assumir a Educação no lugar de Fernando Haddad.

Pimentel, o chefe da turma do Lanzetta, também ganhou assento na Esplanada.
Até agora ninguém foi punido nem por um crime nem por outro.
Ao contrário, os figurões acabaram promovidos.

O crime, no PT, acaba sempre compensado, e isso vai estimulando a imaginação da turma, que, então, vai se metendo em rolos sempre maiores.
E nada revela mais a natureza do partido do que esses dossiês: por intermédio deles, bandidos se tornam acusadores de pessoas inocentes!


A reportagem de capa da VEJA desta semana não deixa a menor dúvida sobre os métodos empregados pela quadrilha.

Para se safar da acusação do mensalão, forjaram uma lista de doações de recursos irregulares e fabricaram recibos.
No auge da ousadia, as falsificações foram entregues ao Supremo como “provas” contra políticos que pertenciam à base do governo FHC.

Eis a “lógica” com que operam: bandidos são acusadores; inocentes são acusados.

Tentam arrastar as pessoas de bem para a lama para que, lá, sejam obrigadas a se explicar sobre falsas imputações.
Há sempre os trouxas que acreditam e os canalhas que fingem acreditar.

Muito bem! O Estadão de hoje informa que Pimentel, o ministro que se nega a dar explicações no Congresso, usava a sede de sua “empresa”, a P-21, para fazer encontros políticos.
Detalhes AQUI e AQUI.

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