quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ESPETÁCULO DO ABSURDO PROTEGE CRIMINOSOS E CONDENA INOCENTES

A farsa da CPI da maioria contra a minoria
Por Reinaldo Azevedo

O notório “delegado” Protógenes Queiroz, eleito deputado federal pelo PCdoB com os votos de Tiririca, indiciado ele próprio pela Polícia Federal por dois crimes — esconde-se na imunidade parlamentar —, protocolou na Mesa da Câmara um pedido de CPI das Privatizações, aquelas mesmas já investigadas e viradas do avesso pelo petismo ao longo de nove anos de governo.

O pedido conta com 206 assinaturas, mas ele admite que algumas podem ser “repetidas”. Não diga!!!
Sabem como é… É assinatura demais para fazer uma simples checagem e eliminar as repetições… Tenham paciência!

O objetivo é um só: manter a farsa no noticiário, assim como se mantém a mentira de que o livro do tal ex-jornalista — indiciado em quatro crimes — já teria vendido 15 mil exemplares.
Os esquerdistas se dedicam a uma campanha frenética na rede, mas não jogam dinheiro fora.

Segundo Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, o exame só será feito no ano que vem.
O circo está potencialmente armado.

Nada menos de seis ministros foram demitidos sob a suspeita de corrupção.
E não há, evidentemente, a menor chance de se instalar uma comissão de inquérito para investigar o que quer que seja.


Um ministro como Fernando Pimentel nega-se até mesmo a prestar um simples esclarecimento no Congresso.
Mas há, em tese ao menos, a possibilidade de se instalar uma CPI para investigar as privatizações feitas em… 1998!!!

Imaginem se os petistas já não teriam botado a boca no trombone e levado ao horário eleitoral gratuito eventuais irregularidades.
Nunca o fizeram porque não há o que dizer.
É por isso que sempre preferiram a guerra ideológica.


Ter a possibilidade de uma CPI em ano eleitoral pode ser uma arma e tanto de constrangimento da oposição.
Não que essas coisas sejam assim tão simples: a Constituição Federal, no Parágrafo 3º do Artigo 58, exige que haja um “fato determinado” para a instalação de uma comissão.
Não basta um amontoado de ilações sem provas — e o livro do ex-jornalista indiciado não passa disso.

O leitor talvez não se dê conta do absurdo que é esse pedido — e não só porque falta o fato determinado.
CPIs são instrumentos das minorias, nunca das maiorias.
E assim é por um motivo óbvio: se à maioria bastasse se reunir para “investigar” a oposição, convenham que se estaria no caminho de uma ditadura.


Essa história não passa de uma patuscada, mas é bom a oposição acordar para o que está em curso.

Estão tentando usar a CPI não para investigar o que quer que seja — ou alguém pretende chamar Lulinha da Silva para falar sobre o seu contrato com a Telemar? —, mas como instrumento de intimidação da oposição, oposição essa que já é numericamente raquítica.

Logo, temos algo além da simples intimidação: é mesmo uma tentativa de extermínio.

É claro que Protógenes, o indiciado, integra o grupo dos parlamentares folclóricos.
Mas é preciso ter claro que o comando do PT está dando apoio nada discreto à iniciativa.
Ora, se a coisa colabora para corroer a reputação da oposição, tanto melhor, ainda que seja com um amontoado de delírios.

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