Depois de anunciar os mortos pelas chuvas, agora Mercadante diz fazer “tudo” contra tragédias
Por Catarina Alencastro e Thiago Herdy, no Globo:
Um dia depois de anunciar que não seria possível evitar mortes de pessoas em função das chuvas, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, amenizou seu discurso.
Disse que está fazendo “tudo” para evitar mortes por deslizamentos e inundações.
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O ministro Aloizio Mercadante admite atraso no mapeamento de áreas de risco - apenas 56 cidades, de 251 consideradas críticas, estão prontas - , mas aponta que muitas vidas foram salvas graças ao trabalho que já vem sendo feito.
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Segundo o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, quando o sistema estiver em pleno funcionamento, as mortes poderão ser reduzidas em até 80%.
O governo não sabe dizer quando isso acontecerá.
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Embora já tenha havido a integração do sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de observação por satélite e radares ao do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), apenas 31 cidades com risco de desastres climáticos são cobertas por radares.
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Mercadante disse que uma das razões para o atraso do governo em organizar a rede de alerta e monitoramento é o aumento rápido da severidade das tormentas no país.
Outro fator é que o trabalho de mapeamento das áreas de risco é lento e difícil, o que é agravado pela ausência de geólogos no Brasil.
“O Brasil está atrasado historicamente nessa agenda.
Está atrasado porque nós não tínhamos a intensidade das mortes e a gravidade das ocorrências que temos tido nesse período recente”, apontou Mercadante.
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