terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"PRIVATARIA COMPANHEIRA"

Atenção aos personagens da matéria de 2006, da Veja on-line, e relacionem aos nomes citados em panfletos caluniosos que tentam destruir a reputação de José Serra e de sua família.
Antes de cair na conversa dos pregadores do ódio ou acreditar em falso testemunho de quem é pago para mentir, convém relembrar alguns fatos.

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É ainda pior do que se pensava

Enquanto seu filho enriquecia, Lula quis mudar a lei que atrapalhava a (OI) Telemar
Alexandre Oltramari

Já se sabia que o biólogo Fábio Luís da Silva, um dos filhos do presidente Lula, se tornou milionário nos últimos anos fazendo negócios com a Telemar, a maior operadora de telefones do país.

Também se sabia que, além de ser uma concessionária de serviço público, a Telemar é em parte uma empresa pública, pois 55% de suas ações pertencem ao Banco do Brasil, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a fundos de pensão de estatais.

...Em primeiro lugar, o repasse da Telemar para Lulinha não se limitou a 5 milhões de reais, como se noticiou no ano passado, nem a 10 milhões de reais, como a empresa admitiu há duas semanas.
A cifra é ainda maior: bate na casa dos 15 milhões de reais.

O mais estranho é que, enquanto a Telemar abastecia o filho de Lula com recursos, o Palácio do Planalto preparava uma mudança na legislação que beneficiava a Telemar.
(...)

Enquanto os negócios com Lulinha prosperavam, a Telemar articulava paralelamente uma transação cujo êxito dependia do governo: queria comprar a Brasil Telecom.
Como a legislação brasileira proíbe que uma empresa seja dona de duas operadoras de telefonia ao mesmo tempo, o negócio só se viabilizaria com uma mudança na lei.
(...)

O fato é que, desde o início de 2005, o governo vinha discutindo mudar a lei para permitir que uma empresa controlasse duas concessionárias ao mesmo tempo – presente dos céus à Telemar.
Mas a mudança dividia o governo.

Luiz Gushiken, então titular da Secretaria de Comunicação, era favorável à alteração, que beneficiaria os planos expansionistas de Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, controladores da Telemar.

José Dirceu, que ocupava a Casa Civil, apoiava o empresário Daniel Dantas, então controlador da Brasil Telecom. Dirceu, portanto, era contra a mudança da lei.

O cabo-de-guerra entre as teles coincidiu com um assédio repentino ao governo.
Daniel Dantas contratou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, amigão de José Dirceu, por 8 milhões de reais.

Contratou, também, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, por 1 milhão de reais.
Não se sabe até hoje que serviço jurídico eles prestaram.


Do lado da Telemar, a situação era mais tranqüila.
Um dos controladores, o empreiteiro Sérgio Andrade, é um velho conhecido do presidente.
A única filha de Lula, Lurian, chegou a morar no apartamento de familiares de Andrade em Paris.

Além disso, Lulinha, a essa altura, já era sócio da Telemar na Gamecorp havia seis meses – embora o público ainda não soubesse disso.

(continua)

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