sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
O espaço em branco entre a esperança e a espera do que nunca se alcança
O Universo, alheio ao calendário, contribuiu na produção do espetáculo da virada de ano que mais uma vez rompeu o silêncio das estrelas.
Fogos iluminaram o céu e ousaram superar o estrondo dos trovões.
Relâmpagos também fizeram parte dos festejos e a chuva desabou em muitas localidades, marcando sua presença no palco da celebração.
Imagino nosso planeta visto do espaço, o brilho da Terra deve ter se destacado à distância.
Por alguns instantes, a ação do homem interagiu com os fenômenos da natureza e a paisagem que se formou representou muito mais do que imagens para serem contempladas, mas um cenário vivo e rico em mensagens de esperança e desejos de transformação.
O início do ano é propício a um balanço sobre a nossa situação pessoal, familiar e coletiva. O que podemos esperar para nós e que rumo tomará a humanidade.
Falta ainda certa profundidade nessas análises de virada de ano. Crises financeiras e mazelas que assombram as Nações, como a miséria e a vergonhosa onda de corrupção que assola nosso país, deveriam servir para despertar o cidadão para a necessidade de rever conceitos e preocupações mais urgentes do que o anúncio dos índices econômicos que predominam nos governos e na midia.
Falta a percepção de que os corruptos são responsáveis por grande parte das dificuldades e tragédias que atingem as pessoas.
No Brasil, bilhões desviados fazem falta para garantir educação de qualidade, serviços decentes de saúde pública, segurança que preserva vidas e muito mais.
O deslumbramento com a facilidade de acesso ao crédito para consumir sem planejamento e sem critério torna o indivíduo presa fácil às tentações que vendem ilusões.
Embalado na oferta de crédito, o povo brasileiro passou a última década festejando a ESPERANÇA e a euforia com o governo petista, que conduziu o Brasil ao auge do capitalismo.
Mas nada de positivo e transformador se concretizou, a banda passou e ninguém viu.
O crescimento mundial explodiu e o governo do PT tirou proveito próprio dessa situação, nunca se viu tantos companheiros multiplicarem suas fortunas em tão pouco tempo, mas ao povo só ofereceu promessas, propaganda e DÍVIDAS.
O governo do PT conseguiu o absurdo de subverter conceitos e transformar o mal em virtude.
O imaginário da população desinformada crê que as práticas petistas representam a fórmula do sucesso e muitos querem aprender como se faz para conseguir vencer na vida seguindo o mau exemplo dessas lideranças.
Como mostrar que todos perdem com isso?
Como vislumbrar o que poderíamos ter conquistado nesses anos de fartura mundial e de recordes de arrecadação, mas que foi desperdiçado porque os corruPTos roubam demais?
Os prejuízos não são apenas materiais, o discurso do ódio tem promovido a discórdia onde antes prevalecia a unidade, o líder desagregador transformou segmentos sociais em castas de incapazes e estimulou a hostilidade entre os diferentes que antes se respeitavam, a violência se banalizou e isso teve sua origem nos movimentos que ensinaram técnicas de guerrilha aos ladrões de galinha que evoluíram para o crime organizado. Essas e outras questões fazem parte de um contexto que não é percebido por aqueles que se deslumbram com os efeitos da propaganda governamental.
Na verdade, o governo da esperança se tornou o governo da ESPERA, e o povo espera jorrar dinheiro do pré-sal, espera a SAÚDE perfeita anunciada por Lula, espera que seus filhos não sejam humilhados nas avaliações escolares, espera que seus jovens não sejam seduzidos pelo mundo do crime e das drogas, espera sobreviver até a próxima virada de ano.
Até lá, quem sabe, nosso povo consiga enxergar o quanto vem sendo enganado e tente superar a situação de inércia que contrasta com a sociedade do século XXI, mobilizada e consciente de seu papel no combate à corrupção e às tiranias que condenam gerações à condição de miséria e escuridão.
O brasileiro vem sofrendo um processo de condicionamento que cada vez mais limita seus horizontes, somos uma população preocupada apenas com as coisas mesquinhas do dia-a-dia e com a satisfação de necessidades primárias, nossas riquezas não são usufruídas por todos, tornaram-se moeda de troca para submeter nossas opiniões, decisões e ações ao poder absoluto de quem se apoderou do patrimônio público.
Ainda há tempo para permitir que as Luzes do Reveillon brilhem também em nossas vidas, que a Luz do Universo possa clarear nossas mentes e ampliar a dimensão de nossos pensamentos, do conhecimento e da disposição de querer e SABER VENCER.
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OLá, ROSE!
ResponderExcluirConcordo com todo o teor deste teu tão bem redigido artigo.
Agora: como 'acordar' nosso povo? É acomodado, recebe 'bolsas' de tudo...
Não sou contra a assistência social, mas o ser humano costuma não dar valor algum para o que recebe sem ter-se esforçado. Ademais, grande parte da nação é indolente...
O governo segue no 'assistencialismo'... para ganhar votos.
Não votei na Dilma. Mas desejo muito mesmo que acerte, pelo bem do povo. Quem sabe?
Desejo-te, querida ROSE, um ano em que os sonhos e as promessas todas de felicidade se cumpram.
Saúde, Luz e Paz!
Abraço grande,
Mirna Cavalcanti de Albuquerque
Querida Mirna, que alegria ler teu comentário no meu blog!
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