Veronezzi
Em 2004 existiam 50 impostos e 24 taxas no Brasil, num total de 74 itens.
Em fins de 2009 eram 54 impostos, desde o SEST (Contribuição ao Serviço Social dos Transportes), passando pelo ICMS, IPVA, até um tal de FISTEL (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações). E mais 35 taxas diversas, num total de 89. Ou seja, já era um absurdo, e o governo aumentou ainda mais.
Por meio de medida provisória, o presidente Lula, em novembro/2003, aumentou a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3% para 7,6% (mais de 150% de uma só vez!), e este imposto nem deveria existir, porque, sobre os salários, o INSS cobra 20% das empresas e até 11% dos empregados, para fins de... seguridade social.
(...)
- Alguns exemplos de impostos altíssimos que pagamos no Brasil:
Levantamento feito em maio de 2008 pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário)
Gás de cozinha 34%,
telefone fixo 46,2%,
energia elétrica 48,3%,
vinho nacional 52,5%,
automóvel 1.0 37,6%,
gasolina 53%,
conta de água 29,8%,
óleo de cozinha 26,1%,
sal 29,5%, açúcar 30,4%,
arroz 15,3%,
biscoito 37,3%,
peixes 34,5%,
água mineral 43,9%,
refrigerante 45,8%,
sabão em pó 40,8%,
pasta de dentes 34,7%,
protetor solar 41,7%,
caderno 35%,
ingressos de shows 40,9%,
perfume nacional 69,1%,
assinatura de TV paga 46,1%,
teatro/cinema 30,3%,
mensalidade de faculdade 26,3%.
(...)
- Comparações de impostos entre o Brasil e outros países:
Coisas básicas como gás de cozinha, telefone e energia elétrica, têm impostos absurdos no Brasil, em comparação com outros países, como mostra a tabela a seguir tirada da edição nº. 1851 da revista Veja, de 28 de abril de 2004, página 34:
impostos gas tel energia
Telefone celular pós-pago: impostos cobrados sobre as ligações:
– Brasil: 42%,
- Japão: 5%,
- Coréia do Sul: 10%.
Preço médio do minuto entre celulares da mesma companhia, para pós-pagos, em R$:
Brasil: R$ 0,45
Índia: R$ 0,02
EUA e México: R$ 0,10
Preço médio do minuto entre celulares de companhias diferentes (acrescido da “taxa de interconexão”), para pós-pagos, em R$:
Brasil: R$ 0,85
Índia: R$ 0,18
EUA e México: R$ 0,26
Fonte: levantamento feito pela empresa européia Bernstein Research.
Além do preço nos Estados Unidos ser 4,5 vezes menor em relação ao Brasil, o mais incrível é que, como todos sabem, os salários lá são no mínimo, o dobro que os da aqui.
Vinhos: imposto no Brasil: 46%. Na Argentina: 17%.
Automóvel
O Honda City fabricado no Brasil custa aqui R$ 56.210,00. O que é exportado para o México tem freios ABS nas quatro rodas, e mesmo tendo que pagar frete, lá é vendido por R$ 25.800.
Qual o milagre?
É que no México, mesmo para carros importados, o imposto é menos da metade do que no Brasil.
Na Argentina o Honda City exatamente igual ao vendido aqui, custa R$ 34.800.
O modelo mais caro, o City EXL AT Flex, custa na Argentina cerca de R$ 50 mil. Aqui, R$ 71.860.
No Brasil, durante 2009 as pessoas tiveram que trabalhar quatro meses, só para pagar os impostos, e nada indica que em 2010 vá ser diferente.
Quais os motivos para os impostos serem tão altos no Brasil, se não temos boas estradas, bom atendimento de saúde e nem boas escolas de ensino fundamental?
É muito simples: há muita corrupção e, acredite se quiser, de tudo que o governo federal gasta (foram R$ 1,380 trilhões em 2009), 39,4% (R$ 544 bilhões) foram para pagar os juros e as amortizações das dívidas interna e externa do governo!
É como se um pai de família que ganhasse R$ 1.000,00 líquidos por mês, tivesse que pagar todo mês R$ 394,00 de prestação dos empréstimos que fez em bancos e financeiras.
Tiradentes foi enforcado não por liderar uma revolta pela libertação do Brasil no século 18, como se divulga frequentemente.
Na verdade a Inconfidência mineira aconteceu porque Portugal queira cobrar o imposto chamado de “O quinto” de quem estava atrasado, de uma só vez.
Esse imposto correspondia a 1/5 (20%) de toda a produção de minérios e a população o chamava de “o quinto dos infernos” por ser muito alto.
Ironicamente, hoje pagamos cerca de 40% de impostos ao governo (2/5), ou seja, “o dobro do quinto dos infernos”, e quase ninguém liga.
Ou não tem consciência, como no caso de um homem que ao ser perguntado pelo repórter da TV se ele não se importava de pagar tanto imposto, disse:
“Não. Porque eu não pago imposto”.
Na verdade ele quis dizer que não paga imposto de renda.
Mas como mostramos, ao comprar qualquer produto, ou ao pagar todo mês as contas de água, telefone etc., estamos pagando impostos. E muito.
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Mesmo sendo materia com material coletado em meados de 2009 para 2010, estão atualizadíssimos, pois os percentuais são os mesmos, ou quem sabe, já até aumentou ou criaram-se outros impostos ou taxas. As informações sobre os EUA estão perfeitas, morei lá por quase 2 anos e meio e posso assegurar que, as administrações das cidades não deixam de oferecer o que é básico para os cidadões americanos, com as baixas taxas de impostos e taxas em comparação ao nosso País. Tirando algumas exceções, a maioria das cidades americanas são limpas, organizadas, dotada de toda a infraestrutura, cidades com segurança e policiamento eficiente entre outras coisas, e ainda por cima, a salário mínimo americano é o dobro do brasileiro. O povo americano assim que muitos povos da Europa, lutaram muito para conquistar esse situação, podemos comprovar o que aprendemos em historia na escola. O que falta a nós brasileiros, é um amor profundo a nossa pátria, cujo o termo pátria, quero literalmente traduzir para, povo brasileiro.
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