Por Ricardo Noblat
A presidente Dilma vai muito bem, obrigado. Manda lembranças.
Pouco fez no seu primeiro ano de governo, é verdade. Mas deu a forte impressão de ter feito muito.
De fato, é isso o que importa na Idade das Aparências. Estão aí as pesquisas de opinião para atestar sua popularidade.
Em resumo: dotado de fraca memória, no geral o povo é bobo.
Ai dos governantes e dos políticos em sua maioria se o povo não fosse bobinho. E se não carecesse de boa memória.
Por bobo, deixa-se enganar com uma facilidade espantosa. Por desmemoriado, esquece rapidamente em quem votou – e também as promessas que o atrairam.
E o mais notável: se perguntado responderá conformado que político é assim mesmo e que a política se faz assim em toda parte.
Na próxima eleição procederá da mesma forma. E até lá se dará ao desfrute de falar mal dos seus representantes como se nada tivesse a ver com eles.
Lances de marketing político à parte, o que Dilma entregou de concreto no ano passado?
A primeira e a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento avançaram devagar quase parando. Os demais programas, ídem.
Perguntem ao Movimento dos Sem Terra se a reforma agrária avançou alguma coisa. Pouco ou quase nada.
No primeiro mês de governo, os mais apressados enxergaram indícios de uma possível mudança para melhor na política externa. Dilma parecia disposta a expurgar maus hábitos adquiridos nos oito anos de Lula. Hoje, ninguém está certo de que isso aconteceu.
Concebida para esclarecer crimes da ditadura militar de 1964, a Comissão da Verdade derrapou sem sair do lugar.
Ampliaram de tal modo o período sujeito às suas investigações que ela não terá tempo razoável para investigar coisa alguma. Para completar, esvaziaram-lhe os poderes.
O governo foi bem na área da saúde?
Dos brasileiros ouvidos pelo Ibope na última pesquisa de 2011, 67% responderam que não.
Foi mal também nas áreas de impostos (66%), segurança (60%), juros (56%) e combate à inflação (52%). A aprovação de Dilma, contudo, aumentou para 72%.
A presidente pode ir bem e seu governo não? Pode.
Dilma foi eleita porque era “a mulher de Lula”. Ainda é.
A crise econômica que flagela parte do mundo não bateu em nossas praias. Tomara que não bata.
Enquanto a vida não apertar, Dilma poderá se divertir montando e desmontando ministérios.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Mas o povo gosta é disto mesmo...muita propaganda, muito blá, blá, blá e nada mais!
ResponderExcluirSe aparecer um bom candidato, falando a verdade e disposto a se sacrificar pelo país o povo apedreja...Cada qual tem o que merece. Povo burro governo burro...