Crise Gerencial é o título de matéria de Fabio Zambeli, Folha de São Paulo, que define exatamente o que vem acontecendo com os sucessivos governos do PT.
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Mais que a disputa por espaço entre os aliados PMDB e PSB, a caça às bruxas pela responsabilidade federal na prevenção a enchentes e deslizamentos expõe o desconforto da base de Dilma Rousseff com a ausência de coordenação de programas interministeriais.
Peemedebistas lembram que foram apeados da Integração Nacional após Geddel Vieira Lima privilegiar seu reduto baiano no repasse de verbas, situação análoga à experimentada agora por Fernando Bezerra (PSB-PE).
Os dois partidos envolvidos na pendenga concordam num ponto: a liberação de recursos passa, em algum momento, pelo crivo da Casa Civil...
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Portanto, não adianta arremessar a peteca para o Congresso, pois tornou-se hábito direcionar todas as críticas ao Legislativo, muito menos à oposição reduzida que precisa matar um leão por dia para não permitir que os "malfeitos" do governo sejam acobertados pelo manto da impunidade.
Mais uma vez, denúncias e as críticas mais ácidas contra ministros de partidos aliados têm origem nas entranhas do governo.
No caso da verba destinada à prevenção de catástrofes, há polêmica sobre os números anunciados.
Repito o que está escrito na matéria citada logo no início:
"Os dois partidos envolvidos na pendenga (PMDB e PSB) concordam num ponto: a liberação de recursos passa, em algum momento, pelo crivo da Casa Civil."
Pasta ocupada até o ano passado por Dilma Rousseff.
Análise publicada no blog do Noblat, com dados do Portal da Transparência, contesta os 90% destinados ao estado de Pernambuco.
Mais alguns dados que logo se juntarão ao arquivo "Sem Memória":
Um ano após a tragédia das chuvas na Região Serrana do Rio, municípios ainda aguardam pela verba prometida pelo governo para reassentar moradores de áreas de risco.
Segundo um documento do SIAF (Sistema Integrado de Administração Financeira) para estados e municípios, nenhum centavo foi empenhado.
O atual prefeito de Nova Friburgo, Sérgio Xavier (PMDB), afirma que não recebeu dinheiro do estado.
O secretário estadual de Obras (RJ), Hudson Braga, admitiu que o governo prometeu uma verba que não tinha.
A habilidade de quem não deixa a peteca cair:
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirma que quem decidiu jogar dinheiro em seu estado foi a presidente Dilma.
A seguir, informações oficiais que contrastam com as versões plantadas pelo governo e aplaudidas por quem acredita cegamente no País Maravilha da propaganda petista:
Levantamento da ONG Contas Abertas aponta que, dos R$ 500 milhões previstos no Programa de Prevenção e Preparação para Desastres para 2011, apenas 30%, o equivalente a R$ 155 milhões, foram aplicados.
O governador de MG, Antonio Anastasia, declara que para obras de prevenção, no ano passado, Minas não recebeu do Ministério da Integração nenhum centavo.
E esses fatos vêm se repetindo ao longo dos anos, enquanto isso o povo brasileiro dá uma lição de paciência suportanto tudo quietinho, sem reclamar:
Confiram AQUI e AQUI.
Estou citando as fontes para buscar algum argumento que justifique os ataques à imprensa como a grande responsável pelos problemas que ocorrem no Brasil e que estão se tornando crônicos.
Se o fato de informar o cidadão é crime, o que seria o sumiço do dinheiro que o governo federal garante que envia aos estados e municípios, comprometendo a honra de prefeitos e governadores que alegam não receber tais recursos e, mesmo assim, não reagem nem se defendem?
Afinal, quem são os ladrões do dinheiro público?
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