Greve de fome causa morte de preso político e revolta dissidentes em Cuba
GUILHERME RUSSO - O Estado de S.Paulo
O preso político cubano Wilman Villar Mendoza, de 31 anos, morreu em um hospital de Santiago de Cuba na tarde da quinta-feira, sob a custódia do governo da ilha, durante uma greve de fome que fazia para protestar contra sua condenação. Ontem, enquanto o dissidente era velado, ONGs cubanas denunciaram uma nova onda de detenções, que impedia o funeral de se transformar numa manifestação.
Integrante da União Patriótica de Cuba (Unpacu), entidade que desde agosto busca reunir a dissidência nas províncias orientais do país, Villar cumpria 4 anos de prisão - condenado por "resistência, desacato e atentado" - na penitenciária de Aguaderos, segundo José Daniel Ferrer, o líder da Unpacu, relatou ao Estado.
Ferrer afirmou que Villar começou a greve de fome assim que foi condenado, em 24 de novembro.
"Dez dias antes, ele tinha sido preso enquanto distribuía folhetos em Contramaestre. Na delegacia, disseram que se ele deixasse a dissidência, nada mais ocorreria. Mas ele não aceitou a oferta."
(continua)
Vejam notas do jornalista Cláudio Humberto, publicadas no Jornal do Brasil:
Preso político é saia justa para Dilma em Cuba
Por uma dessas coincidências do destino, a visita da presidenta Dilma Rousseff a Cuba, dia 31, acontecerá em novo momento delicado dos direitos humanos na ilha de Fidel: o jornalista Guillermo Fariñas, prêmio Sakharov 2010, está preso novamente desde domingo (15), após um protesto pela libertação de outros ativistas. A blogueira Yoani Sánchez, que quer falar com Dilma, diz no Twitter que ele nem pôde beber água.
Pátria ou morte
Preso outras vezes, Guillermo Fariñas fez 24 greves de fome, solidário a outros dissidentes de Cuba. Uma delas durou 129 dias.
Paraíso cubano
O preso político Orlando Zapata morreu durante a visita de Lula a Raúl Castro, em fevereiro de 2010. Lula negou “tortura em Cuba”.
Revolta
As declarações de Lula revoltaram cubanos em Miami, que protestaram no consulado do Brasil contra a “cumplicidade” do ex-presidente.
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ABAIXO, REAÇÕES ÀS DECLARAÇÕES DE LULA QUANDO DEFENDEU REGIME CUBANO E COMPAROU DISSIDENTES A BANDIDOS COMUNS:
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