Merval Pereira, O Globo
O controle político da chamada “nova classe média”, que pode se transformar na célebre situação de a criatura se voltar contra o criador, tem provocado polêmicas a partir da explicitação da preocupação do ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e olhos e ouvidos de Lula na administração Dilma, no Fórum Social Mundial.
Ele chamou a atenção para a necessidade de não deixar a nova classe média “à mercê” dos meios de comunicação no país, sugerindo que são disseminadores de uma ideologia conservadora.
Ao mesmo tempo, chamou para o centro da luta política os evangélicos, com quem disse que as esquerdas devem disputar ideologicamente a massa dos emergentes.
Gilberto Carvalho chegou a falar na criação de um sistema de comunicação de massas para transmitir a esses novos consumidores as ideias do governo.
Anteriormente, ele já havia deixado claro que essa é uma preocupação prioritária do governo, pois a nova classe emergente seria, no seu modo de ver, “um pouco polêmica, porque não tem uma posição ainda consolidada”.
Os evangélicos reagiram com vigor, e o ministro foi chamado até mesmo de “safado” pelo deputado Magno Malta, líder de um partido aliado do governo.
E a nova ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, mal assumiu e já se tornou alvo dos evangélicos por sua defesa do aborto.
O cientista político Amaury de Souza diz que não apenas a classe C, mas grande parte da população brasileira é conservadora “se por tal se entende o apego à lei e ordem e a um conjunto de valores relativos ao comportamento individual, à família e à vida em sociedade, muitos dos quais compõem o que se conhece por “moral cristã”.
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