Charge do Amarildo
"Nós e os católicos vamos derrotar Haddad em São Paulo", disse o senador Magno Malta, por causa do "kit gay".
O senador reagiu, com a mesma veemência, à outra situação polêmica, desta vez provocada por Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Segundo o senador do PR, Carvalho disse que a próxima batalha ideológica será com os evangélicos, "conservadores que têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão". Malta sugeriu a Carvalho que "lave a boca com álcool".
Os sinais de mais uma Guerra Santa, entretanto, parecem se arrefecer com o pedido de perdão, não muito convincente, de Gilberto Carvalho.
Sou cética quanto ao perdão fácil, Jesus nos deixou lições inequívocas sobre a atitude amorosa de virar páginas da vida e apagar completamente toda e qualquer lembrança ruim, porém, quando há arrependimento sincero.
Caso contrário, não devemos cultivar o sentimento de vingança, comum a certos grupos, como é o caso dos petistas contra seus adversários, mas nada justifica ser complacente com "malfeitos" ou com quem nos ofende.
Na questão do aborto, outro tema que volta a incomodar, Dilma repete a campanha de 2010. Desta vez enviou Gilberto Carvalho a um encontro com os religiosos para tentar acalmar os ânimos da Frente Parlamentar Evangélica, que questiona a escolha de Eleonora Menicucci para a Secretaria de Política para as Mulheres. A nova ministra é defensora de mudança na legislação relativa ao aborto.
Foi assim que a polêmica sobre o aborto contaminou a campanha à presidência, uma declaração de Dilma acirrou os ânimos da bancada religiosa no Congresso que, por infeliz coincidência, faz parte da base do governo.
Para preservar o apoio e os milhões de votos, Dilma apresentou um documento fingindo que era contra o aborto e os religiosos fingiram que acreditaram.
A declaração de Dilma a favor do aborto causou uma guerra santa. Mas não foi entre os candidatos, foi entre os religiosos que criticavam a declaração de Dilma e os que a defendiam.
Marina Silva foi preservada e a participação de José Serra nesse embate só foi levada em consideração nas colunas de fofocas.
Mesmo quem discordava de Dilma desdenhava, ao mesmo tempo, de José Serra. Os que criticavam a opinião da então candidata diziam que o outro candidato não era o ideal, o que dava na mesma.
Tanto é que os religiosos lançaram MANIFESTO em apoio à Dilma.
Cartilhas de igrejas chamavam a atenção para a credibilidade de Lula, os avanços sociais e econômicos.
A União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI) não só orientaram os fiéis como recomendaram o voto em Dilma.
Confiram AQUI.
Já comentei sobre isso e repito, os petistas avançam com método, no primeiro movimento que indica alguma reação dos grupos contrários, recuam estrategicamente.
E seguem assim, dois passos à frente, um ou dois passos para trás, até que as pessoas comecem a se acostumar com suas ideias e talvez chegue o dia em que as opiniões favoráveis se tornem maioria.
Além da questão do aborto, o ministro se reuniu com o segmento evangélico para se desculpar por sua declarações durante o Fórum Social, em Porto Alegre, quando disse que o Estado deve fazer uma disputa ideológica pela nova classe média, que estaria sob hegemonia de alas conservadoras.
Outro petista hostil aos religiosos é Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, que também precisou se explicar com deputados católicos e evangélicos sobre o kit gay que o governo federal pretendia distribuir nas escolas.
Mesmo interessado nos votos dos fiéis, Haddad seguiu o péssimo roteiro de Gilberto Carvalho e, nesta quarta-feira, em entrevista à Folha, ofendeu os evangélicos, críticos ao "kit gay".
Haddad disse que o uso político do tema estimula a violência contra homossexuais.
O ex-ministro afirmou que exploração eleitoral do tema “indiretamente acaba incitando” casos de agressão e se disse preocupado com incitação de “forças obscurantistas” no país.
Fernando Haddad foi um desastre como Ministro da Educação, apesar do esforço da militância e da midia para descolar sua imagem da série de erros no ENEM, pois causou prejuízos incalculáveis aos jovens estudantes.
Agora pretende administrar a capital paulista, onde eventualmente pode se tornar o responsável pela educação "INFANTIL" do município.
Pobres criancinhas! Que o eleitor paulistano tenha juízo e as salve desse perigo!
E que Deus ilumine os religiosos brasileiros, responsáveis por milhões de votos ao PT e o principal poder de influência entre os cristãos e fiéis de outras denominações também.
Se a imprensa algum dia foi o Quarto Poder, certamente as religiões devem estar na dianteira. Portanto, a vitória ou a derrota de qualquer candidato está nas mãos dessas lideranças que orientam (ou desorientam) a vida das pessoas e o voto da maioria da população.
A força que o partido do governo teme diante da maioria esmagadora que constitui a classe média é justamente a religiosa. E, no caso, não é a Igreja Católica que os preocupa. Essa "perdoa" tudo.
Os evangélicos, entretanto, costumam ser mais fiéis à Palavra de Jesus e não se envergonham de firmar posição para defender princípios e valores.
Mas tudo indica que dessa vez ainda não foi pra valer, os noticiários informam que está tudo superado.
Essa mesma bancada religiosa já havia trocado o kit gay pelo sétimo mandamento em outra ocasião.
Releiam trecho da matéria da Da Folha Poder:
A convocação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) para prestar explicações sobre a multiplicação de seu patrimônio, revelada pela Folha, deixou de ser ameaça unânime da bancada religiosa ao governo.
Segundo o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), um dos impulsores da campanha de Dilma entre os evangélicos no ano passado (2010), o voto contra o governo virou "decisão de foro íntimo" para os cerca de 280 deputados federais evangélicos e católicos.
O afrouxamento na posição dos religiosos quanto à necessidade de Palocci se explicar aconteceu depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) suspendeu a distribuição dos materiais (cartilhas e vídeos) do kit anti-homofobia, do MEC (Ministério da Educação).
Feliciano admitiu nesta quinta-feira em Ribeirão Preto (313 km de SP) que Palocci estava na mira dos religiosos como uma "moeda de troca" na disputa contra o ministro da Educação, Fernando Haddad, que prometia a distribuição do kit.
Afinal, quantos mandamentos já foram violados para favorecer o Partido dos Trabalhadores?
AQUI, AQUI e AQUI a contribuição do jornalista Reinaldo Azevedo para o acervo do Memorial da Mentira, de Lula, que querem erguer num terreno público em São Paulo, onde poderiam ser construídas centenas de residências à população carente da cidade.
Quantos crimes e "pecados", como a mentira e o falso testemunho, são relevados por quem deveria combatê-los?
E tem muito mais...
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Muito bom este texto. Salvo alguns, católicos e seguidores de outras denominações ou como queiram evangélicos, quando tem um pouco de poder perdem a essencia divina.
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