sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O governo do PT arrecada fortunas, mas corta investimentos em serviços prestados à população

Tucano diz que peça orçamentária virou lei para inglês ver
O Globo


Inconformados com o corte de R$ 55 bilhões no Orçamento, governistas e oposicionistas se uniram nesta quinta-feira nas críticas à decisão, que atinge em especial as emendas parlamentares para Saúde e Educação.

Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), os cortes anunciados mostram que de nada valeu o empenho do Congresso para aprovar a peça orçamentária.

- As prioridades estipuladas pelos parlamentares no Orçamento não têm qualquer valor para o governo, nenhum valor, diante do sistema de decisionismo (sic) autoritário que está instalado no Palácio do Planalto. Virou uma lei para inglês ver, uma peça de ficção - disse o tucano.

O presidente nacional em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), também não escondeu seu desconforto:

- Acho que o governo vai acabar revendo os cortes na área da Saúde e Educação.

Da tribuna, a senadora governista Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) lamentou que os cortes tenham sido “tão profundos”, embora reconheça que esse seria o preço pago pelo governo para criar condições para reduzir a taxa de juros:

- Sem recursos para o gasto social não se muda a realidade de desigualdade e injustiça em nosso país, refletida na negação do acesso dos mais pobres à Saúde, à Habitação e à Educação de qualidade - afirmou.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou justificar a decisão do governo:

- O contingenciamento orçamentário tem se tornado praxe ao longo dos anos, porque o governo tem que fazer um superávit primário alto, de 3,1% do PIB, para a poupança, para a contenção de gastos. Minha esperança é que, com a execução das receitas e a expectativa de excesso de arrecadação que todos os anos ocorre, tenhamos condições de termos liberação de recursos de emendas.

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