PT tentou usar Pinheirinho para impor a versão original do “Plano Nacional-Socialista dos Direitos Humanos”, derrotada pela democracia.
Ou: Por que o homem de Carvalho não fez nem mesmo um BO?
Reinaldo Azevedo
Vocês se lembram da famigerada versão original do “Plano Nacional-Socialista dos Direitos Humanos”? ... o decreto do governo, que havia passado pela Casa Civil de Dilma Rousseff, propunha, entre outros mimos, legalização do aborto, censura prévia à imprensa e fim do direito de propriedade. De que modo?
O juiz ficaria proibido de decidir a reintegração de posse de uma área invadida no campo ou na cidade.
Antes, o caso tinha de passar por uma junta de conciliação, DE QUE O INVASOR TAMBÉM SERIA PARTE, ENTENDERAM?
Isso significava que o simples ato de invadir uma área já tornava o grupo dotado de direitos especiais.
Trecho AQUI.
“É isso mesmo! Propriedade vira coisa do passado!”.
Bem, a sociedade brasileira reagiu a esse e a outros absurdos, e o texto teve de ser mudado.
O então ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, prometeu renunciar se houvesse alteração. Houve, e ele não renunciou.
(...)
Eis que chega o caso do Pinheirinho.
A sentença de reintegração de posse é de julho do ano passado, lembre-se mais uma vez.
O governo federal resolveu se meter no caso da reta final — enviando à área, inclusive, um agitador de Gilberto Carvalho — para abrir as tais “negociações”.
Queria, então, aplicar aquele trecho do Plano Nacional-Socialista de Direitos Humanos que a sociedade brasileira já havia recusado.
Mesmo quando já estava evidente aos olhos de toda gente que a Polícia Militar e o governo de São Paulo cumpriam uma determinação judicial, Carvalho, secretário-geral da Presidência, insistiu que o governo federal agiria de outro modo.
Que outro modo? Descumpriria a lei?
Os governos federal e do DF, ambos petistas, tiveram uma idéia genial na semana passada parar retirar invasores de uma área da União: chamaram a Polícia!!!
Invasão boa é a de área privada. Quando a terra é da União, nem é preciso convocar a Justiça. Basta a Polícia!
Esse é o PT: se perde o debate na sociedade, tenta impor à força a sua vontade.
O governo federal poderia ter resolvido a questão desapropriando a área.
Em vez disso, enviou um agitador de Carvalho para a invasão.
(...)
Pois é… Tive uma curiosidade ontem e tentei saber em que delegacia de polícia ele fez o Boletim de Ocorrência.
Deus Meu! Ainda acabo virando repórter, hein!?
É uma função nobre demais pra mim; se não tiver outro jeito… Descobri, estupefato, que ele não fez boletim em lugar nenhum.
Em seguida, perdigueiro da notícia, tentei saber o resultado do exame de corpo de delito… Bem, sem BO, sem corpo de delito, né?
Não vou aqui cobrar que o Bozó de Carvalho exiba as marcas de seu heroísmo a esta altura do campeonato.
Mas me dou o direito de achar estranho que um homem “ferido na batalha política”, um destemido defensor dos direitos humanos, leve umas balas de borracha e nem mesmo se ocupe em documentar legalmente o ocorrido.
Em vez disso, preferiu fazer proselitismo, exibindo exemplares de bala — que podem ser conseguidos sem muito esforço.
Sem BO e sem exame, a Polícia fica impedida até de investigar.
Afinal, investigar o quê?
O ar triunfante de Maldos? Seus esgares sugerindo satisfação?
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