País tem tecnologia antivazamento de petróleo e não usa
Marcio Beck
Ramona Ordoñez
O Globo
Atrasado quase 12 anos na formulação de seu Plano Nacional de Contingência (PNC), determinado pela Lei 9.966, de 28 de abril de 2000, o Brasil poderia ter um sistema de monitoramento dos vazamentos de petróleo no mar desde 2001, se não fosse a falta de definição sobre as responsabilidades de entidades governamentais e empresas.
Mesmo diante dos recentes vazamentos de óleo no país, um laboratório montado por meio de convênio entre a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Instituto Luiz Alberto Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da UFRJ naquele ano, é usado, desde 2002, para fornecer o serviço à Petróleos Mexicanos (Pemex).
Ao custo de R$ 6 milhões, o convênio equipou o Laboratório de Monitoramento e Modelagem (Lab2M) da Coppe com três antenas receptoras de dados, computadores e softwares para a produção de modelos hidrodinâmicos, que simulam as condições do clima e do mar para prever o deslocamento das manchas de óleo. De acordo com o diretor do Lab2M, Luiz Landau, a operação custaria cerca de R$ 10 milhões por ano — ou seja, 1% dos recursos previstos no PNC — e exigiria no máximo dez pessoas, afirma o coordenador do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia da Coppe/UFRJ (Lamce), Luiz Landau.
— Fizemos o convênio e oferecemos a estrutura ao governo, mas a resposta que sempre obtivemos é que o plano de contingência designaria os responsáveis pela operação — diz Landau.
(continua)
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