PodeROSAS é como costumo chamar as amigas da rede. E não é apenas por causa do nosso blog coletivo, mas eu realmente as considero mulheres fortes e destemidas no combate ao caos que está instalado no país há uma década. Vivemos uma enganação nos índices da economia e, o mais grave, uma orquestrada destruição de valores que resulta no descaso com a saúde pública sem peso na consciência, na banalização do crime, entre outras mazelas que degradam a sociedade e penalizam a população.
Mas eu destaco as rosas porque as "meninas" não perdem o encanto das flores, mesmo nessas circunstâncias.
Hoje passamos o dia sendo mimadas, muitas devem ter recebido flores, mas o que mais emociona são as palavras carinhosas de familiares e amigos. Tudo isso porque hoje é celebrado o Dia Internacional da Mulher.
Certas de que somos merecedoras das homenagens recebidas, assim como são merecedores de uma data especial nossos queridos homens que nos completam, fico admirada com a gentileza com que nos tratam, o que joga por terra a infeliz ideia da guerra dos sexos alimentada por quem aprecia o confronto. Exigir preferências ou privilégios por questão de gênero, como por qualquer outro fator, é uma apelação que acirra os preconceitos e causa mais danos que benefícios.
Por isso, sinto-me constrangida quando há quem tente impor como referência alguém que não passa de uma imagem que não reflete seu "eu" verdadeiro.
Não, a mulher não pode ser representada por uma criatura tirada da cartola, cuja vida não passa de um livro de uma só página, a opção pela luta armada quando tantos defendiam o Brasil usando como arma apenas a palavra.
Alguém ainda acredita que Dilma se elegeu por sua biografia ou programa de governo?
O povão elegeu a "mulher" do Lula que distribui dinheiro. Ponto!
Nesse "povão" incluo empreiteiros, banqueiros e "personalidades" cujo interesse é somente um cargo no governo ou ter algum projeto bancado com verba pública.
Acompanhando os noticiários sobre as consultas permanentes da presidente aos "homens" do poder, podemos concluir que a "mulher" na presidência ainda é apenas uma situação simbólica. Imaginar que o EX, que não permitia nem que sua esposa tivesse voz, indicasse uma mulher para o cargo mais importante do país por convicção é muita ingenuidade. Tudo não passou de uma estratégia criada por marqueteiros e o pior é que funcionou.
Sinto-me mais constrangida, ainda, quando percebo que ideais ultrapassados, que não cabem num mundo civilizado, continuam na pauta do governo e que agora estão sendo conduzidos por mulheres.
Essas não possuem certas qualidades como a sensibilidade feminina, fato que fica evidente quando defendem projetos que agridem a fé de nosso povo e os valores da família.
Pensando nisso, muitas mulheres se destacam e são lembradas nesses momentos por suas ações positivas. No Brasil são muitas, como Ruth Cardoso, Zilda Arns e Irmã Dulce, mas não podemos deixar de enaltecer o valor daquela que vivia em condições de extrema humildade, sabia que seria perseguida por conta de sua gestação, foi avisada que enfrentaria a ira de poderosos, mesmo assim disse "SIM" à vida gerada em seu ventre.
Sentiu cansaço e fome.
Sofreu como ninguém, mas em nenhum momento desistiu nem lamentou, assumiu integralmente seu compromisso de mãe e deu a vida ao ser mais importante da História da Humanidade.
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