General da reserva diz que recorrerá se for punido por manifesto contra ministras
Gilberto Barbosa de Figueiredo assinou documento com críticas por declarações de titulares do governo sobre a Lei de Anistia; Dilma prometeu punir responsáveis
Tânia Monteiro, de O Estado de S.Paulo
O general-de-Exército da reserva Gilberto Barbosa de Figueiredo, ex-comandante Militar da Amazônia e ex-presidente do Clube Militar, primeiro oficial-general quatro estrelas a assinar o manifesto, "Alerta à Nação - eles que venham, por aqui não passarão" não tinha sido informado oficialmente até o final da tarde de dessa quinta-feira, 1º, sobre nenhuma reprimenda por parte do governo.
"Agora, virou assunto nacional e o número de assinaturas de adesão ao documento só cresce", declarou.
O general Figueiredo disse que, se receber e quando receber a repreensão vai consultar seu advogado para recorrer da punição, que considera "inaceitável".
"Não vou aceitar ser cerceado do meu direito de expressar minha opinião", afirmou ele, lembrando que pela lei assinada por Sarney, em 86, os militares da reserva têm direito de se manifestar.
"Esta lei me garante o direito de manifestação. Não ofendi ninguém. Estou exercendo meu direito de expressar minha opinião, como todo e qualquer cidadão", completou.
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