sexta-feira, 2 de março de 2012

Militares reagem e aumenta adesão a manifesto contra o governo

O Globo

Com anúncio de punição aos militares que assinaram o manifesto "Alerta à Nação - eles que venham, aqui não passarão", texto que critica a interferência do governo Dilma, publicado no site do Clube Militar, aumentou a adesão de militares ao movimento e civis também passaram a assinar o texto.

Com a atualização feita na tarde desta sexta-feira, no site "A Verdade Sufocada", o número de assinantes passou para 322 militares e 64 de civis. Na terça-feira, eram cem militares.

A reação começou com a decisão do governo em punir por indisciplina os militares que assinam o manifesto. No texto, os militares da reserva criticaram a interferência do governo no site do Clube Militar e o veto a um texto ali publicado que critica a presidente Dilma Rousseff e duas ministras. Nesse "Alerta à Nação", os oficiais afirmam não reconhecer "qualquer tipo de autoridade ou legitimidade” de Celso Amorim para determinar a retirada do texto.

"Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo", diz o documento.

Como no manifesto vetado no site do Clube Militar, o documento divulgado terça-feira também critica a criação da Comissão da Verdade.

"A aprovação da Comissão da Verdade foi um ato inconsequente, de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo".
(...)

O texto diz ainda que o Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante e diz que as Forças Armadas são a instituição com maior credibilidade na opinião pública.

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