segunda-feira, 5 de março de 2012

POR FORA, BELO MINISTÉRIO! POR DENTRO, RANCOR BOLORENTO!

Ao defender Haddad e o kit gay, agora é Dirceu que ataca “setores evangélicos”, acusando-os de “violência e chantagem”.
Reinaldo Azevedo

No dia 29 de fevereiro, a Presidência da república informou que Luiz Sérgio deixaria o Ministério da Piaba, também conhecido como da Pesca, e que a pasta seria assumida por Marcelo Crivella (PRB), sobrinho de Edir Macedo, dono da Record, a quem se mostrou grato no dia da posse. Nunca antes da história destepaiz o dono de uma emissora de televisão mereceu tamanha deferência.

A ninguém escapou que Dilma Rousseff tenta, com a nomeação, aplacar as críticas dos evangélicos.

Gilberto Carvalho, em palestra no Fórum Social Mundial, estabeleceu que a próxima meta do PT é disputar influência com as igrejas evangélicas, que ele considera conservadoras — deu a entender que não são exatamente uma boa influência. Daí porque, emendou, seria preciso investir muito em mídia estatal para disputar com as igrejas os fiéis.

Carvalho já começa a tratar o PT como confissão religiosa!!! Um dia ainda reivindica que o partido eleja o papa.

O ministro se reuniu depois com a bancada evangélica para afirmar que não tinham entendido direito o que ele falou, que era tudo coisa da imprensa e tal…

Muito bem! Crivella era anunciando no dia 29. Agora vejam o que escreveu em seu blog o “consultor de empresas” José Dirceu — aquele que é acusado de “chefe de quadrilha” pela Procuradoria-Geral da República e que perdeu o mandato de deputado por corrupção. Prestem bem atenção:

“(…)
Haddad ressaltou que o kit anti-homofobia surgiu de uma demanda de emenda parlamentar. Ainda assim, devido às críticas da bancada evangélica contra a distribuição do material nas escolas, a iniciativa foi suspensa. Segundo o ex-ministro, no entanto, o kit foi usado em cursos de formação de professores.

Não podemos ficar na defensiva e no recuo frente à violência e à chantagem de certos setores evangélicos que querem interditar o debate sobre esses temas no país e patrulhar todas as políticas públicas com relação às questões do aborto e da homossexualidade.

Esses grupos buscam impor ao Estado brasileiro uma visão preconceituosa e repressiva. Os que dão guarida a esse comportamento violento que introduz em nossa sociedade o ovo da serpente do preconceito e do racismo prestam um desserviço à democracia e à convivência social.”

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