O efeito das medidas econômicas de Dilma, que frustram a indústria cada vez mais fragilizada e também os consumidores, que não verão suas expectativas de preços reduzidos atendidas, já começa a impor a nova pauta para que a imagem da presidente seja preservada do possível fracasso do programa que provavelmente só trará benefícios à turma do Eike Batista e demais "sócios" do BNDES.
Acredite quem quiser, todos passaram a semana vendo a figura de Dilma nos noticiários lançando o Brasil Maior, que conversa é essa de que agora discorda de seu programa de governo?
Confiram na coluna do Cláudio Humberto:
DILMA AGORA AGUARDA EXPLICAÇÕES DE MANTEGA
A presidenta Dilma não está nada satisfeita com as medidas tomadas pelo Ministério da Fazenda em relação à tributação das bebidas frias (cerveja, refrigerante, água, sucos, chás e isotônicos).
Ela contava com os investimentos de R$ 7,9 bilhões que o setor havia prometido durante reunião entre empresários e a equipe econômica realizada, na última semana no Palácio do Planalto. Na ocasião, Dilma pediu investimentos, produtividade e inovação.
Como resultado ao anúncio de ontem, o setor reuniu-se esta manhã e decidiu: vai suspender os investimentos de R$ 7,9 bilhões que seriam feitos em 2012 e já prevê que milhares de funcionários sazonais que as indústrias contratam devido à alta da demanda no verão, não serão efetivados.
Em anos anteriores, o investimento em ampliação da capacidade foi suficiente para absorver o contingente extra. O desalinhamento entre o ministro Guido Mantega (Fazenda), o secretário-executivo Nelson Barbosa e os empresários do setor foi o ponto de discórdia de Dilma com a equipe econômica. Nunca na história os fabricantes de bebidas frias haviam sido surpreendidos com um anúncio como o de ontem sem terem oportunidade de se reunir previamente com a equipe econômica.
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