Quid Novi
No dia 13 de fevereiro de 2004 Lula enfrentou seu primeiro escândalo como Presidente da República. O ministro da Casa Civil, o todo poderoso, José Dirceu, através de seu assessor Waldomiro Diniz estava envolvido em propinas de Caixa 2 do PT, flagrado pelo chamado “empresário do jogo” Carlos de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O tratamento da mídia dado a Carlinhos Cachoeira à época foi de grande “empresário do jogo” e dono do segundo maior laboratório de medicamentos genéricos do país: Vitapan.
A TV Globo anunciava, no Jornal Nacional, a pedido do Palácio do Planalto, que a fita, flagrando Waldomiro pedindo propina a Cachoeira para as campanhas petistas presidencial e estaduais, era uma conspiração do Ministério Público e da imprensa contra o governo petista.
Hoje, passados oito anos e findado o governo Lula e a blindagem, Cachoeira e Waldomiro foram condenados pelo processo de 2004.
O Partido dos Trabalhadores saía, na ocasião, numa defesa feroz de Zé Dirceu e Waldomiro alegando que o “empresário do jogo” Carlos Cachoeira estava sendo usado num complô para beneficiar os tucanos derrotados nas eleições presidenciais.
(...)
A Operação Monte Carlo foi montada pela Polícia Federal de Brasília e Ministério Público Federal para atuar no Estado de Goiás. O objetivo era atingir Demóstenes Torres e Marconi Perillo. Ambos oposição ao PT.
Dessa vez, o personagem é o mesmo, mas o tratamento dado pela mídia e pelo Palácio do Planalto mudou muito. Agora, Carlinhos Cachoeira, “empresário do jogo” é chamado de bicheiro, contraventor e presidiário em Mossoró.
Os bicheiros de renome no país estão revoltados com a imprensa quando denominam Carlinhos Cachoeira de “bicheiro”. Segundo eles, Carlinhos não passa de vendedor de papel para gerenciar loterias nos Estados e gerente de grupos proprietários de caça-níqueis.
Waldomiro e Zé Dirceu, em 2004, tentavam legalizar as máquinas de caça-níqueis para o “empresário do jogo” Alejandro de Viveiros Ortiz, que tinha o foco apenas em seus próprios negócios. Enquanto isso, Carlos Cachoeira, outro “empresário do jogo”, com um foco mais “profissional” queria as caça-níqueis em casas especializadas, ou seja, a legalização total do jogo no Brasil, com a apuração em real time, on-line. Cachoeira pensava no software do jogo on-line, desenvolvido especialmente para suas empresas e que já atuam no mercado internacional.
Agora, a Operação Monte Carlo não quer revelar os negócios do “empresário do jogo” Carlos Cachoeira. Omite a participação de grandes empreiteiras, que abocanharam bilhões dos cofres públicos durante o Governo Petista.
(continua)
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