Pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo afirmou que presidente Dilma não mudou modo de fazer política porque lógica petista não permite
Carolina Freitas - Veja
O pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, deu nesta terça-feira mais uma mostra do processo de nacionalização do debate eleitoral da cidade. O tucano – que terá como um dos adversários nas urnas o petista Fernando Haddad – afirmou que o fisiologismo e a corrupção são características intrínsecas ao PT e que só haverá uma mudança no quadro nacional quando outro partido assumir o poder. Serra classificou o estilo petista como um “patrimonialismo bolchevique”, em que o estado é usado como propriedade de uma legenda.
“Quando o partido da ética e da moralidade chega ao poder e faz voltar tudo aquilo o que tinha de pior na política, é como se Deus tivesse morrido. Passa a valer de tudo”, disse em palestra a cerca de 200 empresários na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
“O fisiologismo e a corrupção não têm fim dentro desse esquema de funcionamento. Mudar isso depende de resultado de eleição.”
CPI – Serra disse achar bom que se instale em Brasília a CPI mista do Congresso Nacional, mas fez uma ponderação: “Em CPI o pessoal sabe como entra, mas não sabe como sai.” O objetivo da comissão é elucidar os limites de atuação no mundo oficial do contraventor Carlos Cachoeira, que explorava o bingo ilegal em Goiás e hoje está preso.
Reportagem publicada na edição de VEJA desta semana mostra que o PT tem interesses subalternos na criação da CPI, o de desmoralizar políticos e jornalistas que tinham relações com Cachoeira, para tirar o foco de discussão do mensalão, que deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal nos próximos meses.
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