Muita especulação e pouco negócio fechado. Com essa frase, a gerente vendas da Granleste, revenda da marca GM, Ana Cristina Lorenzo Collado, resumiu o funcionamento do primeiro dia do mercado de veículos, depois da divulgação das novas listas de preços das montadoras.
O que provoca essa paralisação momentânea do mercado é o fato de o consumidor não conseguir entender a diferença entre o tamanho dos descontos anunciados, na casa de 10%, e o abatimento real, que, na prática, acaba sendo bem menor.
Como as concessionárias, antes da edição das medidas de segunda-feira, vinham cortando os preços de tabela para impulsionar as vendas fracas, os clientes que tinham cotado os produtos voltaram ontem às lojas acreditando que o abatimento seria sobre o preço já reduzido, explicou a gerente.
E se decepcionaram porque a redução de 10% é sobre a tabela de preço anterior, que não estava sendo adotada pelas revendas por causa do enfraquecimento das vendas.
Ana ilustra com números essa situação. Na semana passada, um veículo modelo Classic, com todos os descontos da revenda, saía por R$ 26.990, mas o seu preço de tabela era R$ 29.000. Agora, com a redução do IPI e o desconto dado pela montadora, o produto está cotado a R$ 26.208. Em relação ao preço de tabela o desconto é de 9,6%, mas na comparação com o preço que estava sendo adotado, a queda é de apenas 2,8%.
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"Ainda não deu o movimento esperado", afirmou Edivaldo Praxedes, gerente de vendas da Ventuno, revenda Fiat, referindo-se ao comportamento do mercado ontem. Ele disse que o consumidor está "meio desconfiado" em relação às medidas.
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