quarta-feira, 2 de maio de 2012

A DIFERENÇA ENTRE A AÇÃO E O ATO DE DESESPERO

Recebi um comentário de uma leitora chamada Ana sobre o texto do blog do Mascate que trata da prática petista de "arrumar um inimigo externo para desviar as atenções e criar um falso sentimento de patriotismo que não dura uma semana, mas que dá tempo suficiente para ir ajeitando os escândalos e empurrando os problemas com a barriga." 
Essas são as palavras do Mascate no comentário sobre seu próprio texto divulgado aqui.
Quanto ao comentário citado acima, a leitora responde com perspicácia a um questionamento sobre quem será apontado no futuro como vilão contra o povo brasileiro:   

"No futuro a culpa será do Serra por ter perdido a eleição, dirão que só ele poderia ter resolvido a economia do país, mas fugiu à luta."

Antes que esse tipo de absurdo prospere, faço questão de contribuir para mostrar a diferença entre um grande líder que sabe o que faz e esse pessoal que nos desgoverna sem um único programa de governo, apenas deram continuidade ao que já existia, colheram frutos que outros semearam e estão conseguindo estragar o que deveria se consolidar como a redenção do país, ou seja, as políticas econômicas e sociais que foram adotadas a partir do Plano Real e que se tornaram referências para o mundo.
Apresento como parâmetro uma ação importante, a condução de um programa que poderia ser implantado pelo governo federal, mas que já é um sucesso em São Paulo, o Banco do Povo.



José Serra, então governador do Estado de São Paulo divulgou, no ano de 2009,  a redução da taxa de juros do Banco do Povo Paulista (BPP). O índice, que era de 1%, passou para 0,7% ao mês. Atualmente está em 0,5%.
O Banco do Povo Paulista emprestou, no primeiro semestre daquele ano, cerca de R$ 40 milhões, assistindo 10 mil pequenos negócios.

A crítica contundente à política de juros tem sido a marca de José Serra durante toda a sua trajetória na vida pública, mesmo quando fazia parte da equipe do governo federal, no período FHC.
Dilma passou a campanha contrariando a opinião de Serra, que continuava e continua pregando a redução de juros, principalmente os juros ao consumidor e nos financiamentos para a produção, como fez em São Paulo.




Pois a presidente que venceu a eleição sem um único programa de governo, que tem lançado propostas copiadas de José Serra, como é o caso do PRONATEC e do Programa Mãe Paulistana, aproveitou pronunciamento na véspera do Dia do Trabalho para elevar o tom da briga com as instituições financeiras. Parecia um discurso de José Serra. Porém, certamente, com outras intenções.





Leiam trecho da matéria de Tânia Monteiro, em O Estado de S. Paulo:

O governo elevou o tom na briga contra os juros altos cobrados pelos bancos. A presidente Dilma Rousseff aproveitou um pronunciamento nesta segunda-feira, 30, em cadeia nacional de rádio e televisão, para orientar os clientes a exigirem "melhores condições" de financiamento.
No novo ataque do Planalto contra o sistema financeiro, Dilma classificou de "inadmissível" o custo dos empréstimos no Brasil...

Infelizmente, o brasileiro recusou o candidato que "faz acontecer" em quaisquer circunstâncias. Não é o caso da escolhida para comandar o destino do país, que só age quando há necessidade de correr atrás do prejuízo, pois o brasileiro está esgotado e a redução de juros é apenas um apelo para que as pessoas voltem a se endividar a fim de que as instituições financeiras atinjam suas metas.
Além disso, como diz o Mascate, faz parte da prática petista buscar culpados para seus fracassos e transferir responsabilidades para encobrir a incompetência de seu governo.

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