terça-feira, 29 de maio de 2012

A diferença nos partidos políticos está no caráter de seus membros

Perillo se apresenta à comissão e, na prática, pergunta: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”

O governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, fez a coisa certa. 

Foi ao Congresso e entregou um requerimento ao presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rego, oferecendo-se para falar à comissão.  

Em entrevista coletiva, disse não ter nada a temer, negou que tenha alguma relação indevida com Carlinhos Cachoeira ou que o contraventor tenha interferido em seu governo.
“Pura estratégia! Puro despiste!”, podem dizer muitos. Digamos que sim… Mas então cabe uma pergunta: por que Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal, e Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio, não fazem o mesmo? Assim, todos demonstrariam não temer as indagações dos membros da comissão. 

E olhem que Perillo teria um verdadeiro exército da base aliada pela frente, não é? 
Cabral e Agnelo, ao contrário, enfrentariam uns poucos aguerridos da oposição — todos parlamentares experientes, sem dúvida, mas poucos.

Ao se apresentar à CPI, Perillo tenta furar uma bolha no noticiário criada pelo PT, inflada hoje em vídeo gravado por Rui Falcão, segundo a qual ele temeria ser convocado. 

Ao ir ao Congresso e se apresentar, concedendo entrevistas, perguntou na prática: “Por que Agnelo e Cabral não fazem o mesmo?”.
Taí: por que eles não fazem o mesmo?
 
Por Reinaldo Azevedo

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