Rui Falcão volta a recorrer ao proselitismo à moda Osama Bin Laden
Rui
Falcão, presidente do PT, parece ter escolhido o método Osama Bin Laden
de comunicação com as suas “células”. Quando tem algo a dizer, grava um
vídeo. Um deles, embora recente, já se tornou histórico: no dia 11 de abril, ao defender a instalação da CPI do Cachoeira, não escondeu o objetivo seu e de sua turma:
“A
bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse
escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade
organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a
luta contra a corrupção, como é o PT, se mobilizem para...
O único que votou nesta terça contra a quebra do sigilo nacional da
Delta foi… o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na
Câmara e um dos parceiros de José Dirceu e Rui Falcão. Naquele vídeo,
Falcão deixava claro que o segundo objetivo da CPI (o primeiro era
livrar a cara de mensaleiros) era pegar o governador tucano Marconi
Perillo (GO). Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), segundo a
falcoaria, não podem ser convocados a depor, é claro.
Muito bem!
Hoje Falcão gravou um novo vídeo. Volta a convocar a sociedade e a
militância petista, desta vez para proteger Lula e o PT, que estariam
sendo vítimas de uma nova conspiração.
É o extremo da cara de pau!
Os
petistas estão preocupados porque Brasília inteira sabia da intensa
movimentação de bastidores de Lula para tentar cabalar votos no Supremo.
Ainda que tudo se resumisse a conversas e gestões amigáveis, tudo já
seria absolutamente impróprio. Ocorre que o ApeDELTA foi muito além
disso. A sua conversa com Gilmar Mendes caracterizou pura e
simplesmente… chantagem!
Falcão põe
em curso a estratégica ... que consiste em declarar a
santidade de Lula, a intocabilidade de sua imagem — e, pois, a
inaceitável iconoclastia daqueles que não respeitam o sagrado.
Quer saber,
Falcão? Vá dar rasante ameaçador em outra freguesia!!!
A Constituição e
as leis é que põem limites em Lula, não é Lula que determina os limites
da Constituição e das leis.
Ainda que as massas saíssem às ruas para
defendê-lo, conforme o senhor pretende, nem elas teriam o condão de
jogar no lixo os códigos que nos regem. Na democracia não é assim, não!
Também ao
senhor lembro a máxima: ou vocês se conformam em viver numa sociedade
democrática, segundo as leis, ou dizem na cadeia, segundo as leis, por
que não!
Esse discurso de Falcão não deixa de ser uma forma velada de
ameaça.
Tal propósito, levado ao extremo, tem nome: terrorismo!
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