Por: Valéria de Oliveira
O deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do
PPS, disse, nesta quarta-feira, que o pacote econômico do governo
federal carece não só de ousadia, “mas também de competência e de
imaginação”.
Para ele, isso fica demonstrado na insistência em políticas
de incentivo ao consumo exacerbado, que já trouxeram um recorde de
inadimplência, e "na fixação de um cacoete lulodilmista, de conceder
beneficios quase que unicamente à industria automotiva".
O consumo é importante quando corresponde a um crescimento REAL dos investimentos e da produção.
Quando é criado quase artificialmente, com uma enxurrada de crédito de qualquer forma, com todas as facilidades e com incentivo desbragado para consumir é, evidentemente, arriscado, porque pode provocar bolhas econômicas.
"Não devemos esquecer, mesmo guardando as proporções das respectivas economias, do que aconteceu nos Estados Unidos com a bolha do subprime habitacional, causa direta da grande crise que enfrentou o sistema capitalista mundialmente”, afirmou.
Consumo e inadimplência
O deputado fez essa crítica durante a reunião que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou no Senado.
“O pacote tem um erro de concepção, pois tenta retomar níveis de consumo que, em alguns aspectos e no momento mostram certa saturação no mercado. E mais, com o agravante de que o endividamento das famílias, principalmente as de mais baixa renda, está muito alto e começa a ser cobrado, vide o claro e exponencial crescimento da inadimplência".
(...)
Só automóveis
Segundo Roberto Freire, quando trata do problema da desindustrialização, “o governo só enxerga a indústria automotiva”. Ele ironizou:
“Vai ver é cacoete de que Lula era trabalhador que surgiu nos sindicatos da região do ABC, fundamentalmente vinculado às montadoras. Tudo é feito com foco nesse setor”.
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