No dia da celebração do acordo que esvaziou as investigações da CPI do Cachoeira, o governo Dilma Rousseff liberou verbas para redutos de caciques do PMDB e de alguns dos principais alvos da comissão --incluindo o próprio Carlos Cachoeira.
A informação é da reportagem de Gustavo Patu e Leandro Colon, publicada na edição desta quinta-feira da Folha.
Os registros diários dos desembolsos federais apontam, no dia 16, quarta-feira da semana passada, um salto dos recursos destinados às despesas incluídas por deputados e senadores no Orçamento, conhecidas como emendas parlamentares.
As operações
coincidem com o entendimento, negociado entre governo e parte da
oposição, para engavetar os pedidos de investigação de três
governadores, cinco deputados e dos negócios da empreiteira Delta fora
da região Centro-Oeste.Para detectar os recursos destinados ao varejo
político, a Folha acompanhou as 20 ações de governo que
mais concentram emendas parlamentares.
A despesa com essa amostra chegou a R$ 53,5 milhões no dia 16, enquanto a média diária é de R$ 11,6 milhões no ano.
A despesa com essa amostra chegou a R$ 53,5 milhões no dia 16, enquanto a média diária é de R$ 11,6 milhões no ano.
A maior liberação feita pelo Ministério do Turismo, de R$ 5,4 milhões, já mereceu agradecimento público no site do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), responsável por indicar o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB). O dinheiro, de uma emenda da bancada do Estado, irá para obras rodoviárias entre Piranhas e Arapiraca — cujo prefeito, acompanhado por Renan, esteve no dia com o ministro Gastão Vieira em busca de verbas.
(...)
Leia a reportagem completa na Folha desta quinta-feira, que já está nas bancas.
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