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O documento que irritou o governo, divulgado ontem pelo jornal "O Globo", foi elaborado pelo economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg. Nele, o economista diz que não adianta o governo pressionar por aumento de crédito se os consumidores não estiverem dispostos a contrair novas dívidas neste momento de incerteza.
O documento foi visto pelo governo como sinal de uma atitude pouco cooperativa da Febraban.
Dilma reagiu com "estranheza", pois havia
considerado a atitude de
Trabuco na semana passada como sinalização de "bandeira branca". Ontem, a
equipe de Mantega ironizava a frase de Sardenberg em sua
análise, a de que "alguém já disse que você pode levar um cavalo até a
beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água".
A frase foi usada pelo economista britânico John Keynes (1883-1946) para dizer que não adianta governos reduzirem juros para estimular o crédito se consumidores e empresários não estiverem dispostos a contrair dívidas.
Assessores de Mantega disseram que isso pode levar a Febraban a "cair do
burro". À tarde, a federação soltou nota dizendo que o texto não
representa posicionamento oficial da entidade.
(Folha de São Paulo)
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