sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mercado internacional começa a mostrar desencanto com o Brasil

Para analistas, baixo crescimento e falta de reformas frustram investidores


O Globo

O mercado internacional parece viver um período de desencanto com o Brasil.

Depois das expectativas geradas pelo crescimento de 7,5% em 2010, investidores estão frustrados com as baixas perspectivas de expansão e com a ausência de uma agenda de reformas que garanta salto de produtividade e redução de custos operacionais. A insistência do governo em medidas que privilegiam o consumo, vistas como conjunturais, desconfianças renovadas quanto à atuação do Banco Central e a decepção com ações de controle de câmbio e juros mais baixos, que reduzem o retorno sobre aplicações, completam o cenário de ressaca.

Dúvidas sobre o potencial do país estão em publicações estrangeiras, que questionam a capacidade de o Brasil crescer mais sem atacar problemas históricos (baixos níveis de investimento, poupança e educação; infraestrutura deficiente; elevada carga tributária; política fiscal engessada, entre outros) e sem contar com benefícios externos como capital farto e barato.

Em artigo na revista “Foreign Affairs”, Ruchir Sharma, do banco Morgan Stanley, argumentou que o país desperdiçou oportunidades abertas com o boom dos produtos básicos e sofrerá forte impacto quando seus preços caírem. Já a última edição da revista “The Economist” destaca, em dois artigos, a inversão do humor dos investidores com o país, apesar das imensas oportunidades de negócios.
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Intervencionismo estatal preocupa investidores
Para Sebastian Briozzo, diretor de ratings soberanos da agência Standard&Poor’s, o Brasil não é tão dinâmico como muitos pensam...
 
Reflexos do desencanto, potencializados pela crise europeia, seriam as perdas que a Bovespa tem sofrido, o fato de o risco-país ter subido e a falta de liquidez no mercado de câmbio para boas aplicações.

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