Presidente da entidade defendeu independência de magistrados
Diante da polêmica gerada pela suposta pressão do ex-presidente Lula para adiar o julgamento do mensalão, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, cobrou que o petista explique o episódio relatado no último final de semana pela revista "Veja".
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Em nota divulgada nesta segunda-feira (28), o dirigente da OAB defendeu a independência da Suprema Corte, ainda que a nomeação de seus integrantes se dê por uma escolha pessoal do presidente da República. Para Ophir, não caberia ao chefe do Executivo tratar os ministros do STF como “sendo de sua cota pessoal”, exigindo proteção ou tratamento diferenciado.
“O Supremo Tribunal Federal, como instância máxima da justiça brasileira, deve se manter imune a qualquer tipo de pressão ou ingerência”, enfatizou o dirigente no documento.
O presidente da Ordem também afirmou que é “desonroso, vergonhoso e inaceitável” tentar influenciar o Judiciário. Segundo Ophir, interferências políticas retirariam a independência e impessoalidade dos magistrados.
“A ser confirmado o teor das conversas mantidas com um ministro titular do Supremo, configura-se de extrema gravidade, devendo o ex-presidente, cuja autoridade e prestígio lhe confere responsabilidade pública, dar explicações para este gesto”, escreveu Ophir.
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