José Pedriali
E o início do julgamento está próximo.
Mas eles exageram na mão e assinaram embaixo.
E o fizeram por meio de um articulista da Carta Maior, ambos agentes da Pestapo - Patrulha Especial de Truculência Aos que Protestam contra a OniPoTência.
O articulista é Saul Leblon, e ele escreveu na quarta-feira:
O mesmo personagem que por cinco horas fará acusações ao governo Lula, a membros do seu ministério e a integrantes do PT, no processo denominado de 'mensalão', obstruiu durante dois anos e sete meses uma operação da Polícia Federal cujos dados, a ele apresentados em 2009, já seriam suficientes para a abertura de inquérito e prisão de vários membros da quadrilha de Carlos Cachoeira, entre eles o senador Demostenes Torres.
O nome desse personagem obstrutivo é Roberto Monteiro Gurgel
Santos, Procurador Geral da República (...)
O articulista insinua que Gurgel agiu de má fé, possivelmente em conluio
com o contraventor e Demóstenes. O objetivo é óbvio: desacreditá-lo
para enfraquecer o teor da denúncia que formulará nas próximas semanas.
Leblon faz uma acusação gravíssima, e sem prova, contra o mais alto
funcionário do Ministério Público, instituição que o PT passou a odiar
depois que procuradores de São Paulo acusaram de corrupta a
administração de Celso Daniel e que ela abastecia, com dinheiro
desviado, os cofres do partido.
A ofensiva contra Gurgel é uma das frentes da ofensiva do PT contra o
julgamento do "mensalão", crime que, defende o partido, não existiu.
Entre os réus está o "príncipe" José Dirceu, o "guerreiro do povo
brasileiro", como seus companheiros entoam nos encontros do partido.
As outras frentes, entre as ostensivas, são contra a imprensa (Veja, principalmente) e seus opositores políticos.
A Pestapo é essencial em todas as frentes desta ofensiva. Por isso seus
agentes estão em atividade febril. Como nunca antes na história deste
Brasil.
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