sexta-feira, 25 de maio de 2012

Repetindo as greves dos Metalúrgicos, que deu início à carreira política de Lula

Buscando entender como tudo aconteceu, como se cria uma liderança e como seria fácil desmascarar um "mito fabricado" pelos interesses da elite econômica se alguém tivesse coragem para isso:  

POR TRÁS DAS GREVES DOS TRANSPORTES COLETIVOS

Por Carlos Chagas

Os comunistas não são, porque o comunismo saiu pelo ralo. Imaginar a CUT por trás da movimentação será ignorar a ligação umbelical  da entidade com o  governo,  que não admite prejudicar.  O Paulinho da Força Sindical teria tanta força assim? Nem pensar. Muito menos as oposições, que pouco ou nada tem a ver com os trabalhadores. A Igreja, os militares? De jeito nenhum. Sequer o Flamengo e o Corintians.
                                                              
Sendo assim, que diabo anda acontecendo para determinar a greve  nos transportes coletivos do país inteiro? 

Não acontece de graça essa  perfeita orquestração que paralisa metrôs, trens suburbanos e ônibus em todos os estados.  Não há geração espontânea. 

Sempre se poderia admitir serem as respectivas categorias que se organizaram em cada estado,  isoladas, sem participação das centrais sindicais, demonstrando eficiência ímpar e inusitada.
Também fica difícil aceitar o raciocínio, já que uma estrutura tão rica e com tamanho poder como a que agora se vê atuando em uníssono  não teria passado despercebida das autoridades de informação e segurança.
                                                               
Então, como diz Sherlock Holmes, depois de afastadas todas as hipóteses impossíveis, sobra apenas uma, mesmo  a mais estranha.
                                                               
São as empresas que administram os transportes coletivos que vem estimulando e instigando a greve atual,  claro que em conluio com os trabalhadores hoje de braços cruzados.

Estes, até com muita justiça, reivindicando melhores salários e condições de trabalho.
Aquelas,  atrás do aumento de tarifas, que como sempre só conseguem mobilizando seus empregados para infernizar a vida da população e, assim, pressionar os governos.
                                                               
Não é sem razões óbvias  que os sindicados dos grevistas rejeitaram por unanimidade a proposta de  seus grupos mais sinceros, de trafegarem com as catracas abertas.

A maioria sustentou que o movimento só teria sucesso caso conseguisse fazer o povo sofrer. Então que sofra, invertendo-se o princípio de que greve se faz contra patrão.

Aqui, é feita contra o povo, capaz da indignação necessária para levar a autoridade pública a conceder aumento nas passagens. De tabela, mas parcialmente, também nos salários.
                                                               
Convenhamos,  os grevistas  são inocentes  úteis, o povo é  sofredor. 
Mas são  os empresários que se beneficiam.

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