quarta-feira, 9 de maio de 2012

A SUA LIBERDADE ESTÁ EM JOGO!

O jornalista Reinaldo Azevedo tem recebido uma série de ameaças que revelam o verdadeiro caráter da rede suja a serviço do PT.
Mais do que necessária, é crucial a repercussão de sua carta aos defensores da democracia e do estado de direito. 
Ou: conversa com os que pretendem preservar o regime de liberdades.

NÃO É SÓ A LIBERDADE DA IMPRENSA QUE ESTÁ EM JOGO, TAMBÉM É A SUA! 
OU: QUEREM FAZER DA CPI UM TRIBUNAL DE EXCEÇÃO CONTRA A IMPRENSA, O STF E A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA

Minhas caras, meus caros,
leia-se a melhor literatura sobre os primórdios do fascismo ou os primeiros dias que se seguiram aos golpes comunistas, e o observador atento vai constatar uma característica invariável a marcar a consolidação desses regimes tirânicos: direitos fundamentais — alguns então e ainda garantidos em lei, outros nem especificados porque considerados parte da vida civilizada — passam a ser tratados como se fossem privilégios inaceitáveis de uma minoria. 

Assim se mandaram os “burgueses e os reacionários” para o paredão ou os judeus para os campos de concentração e a morte. Em nome do fim de privilégios que eram apenas direitos!

E foi, sim, sob o silêncio cúmplice de muitos. Não se enganem: nem os regimes comunistas nem os fascistas se instalaram sem o consentimento, ainda que passivo, de amplas camadas da população. 

Ao contrário: esse apoio popular foi usado para legitimar e tornar corriqueira a violência. 
(...)

 É um engano, uma tolice ou pura expressão da má fé considerar que estão querendo levar apenas a VEJA para o banco dos réus. Aliás, se assim fosse, talvez estivéssemos diante de evento de gravidade menor porque haveria uma acusação e seria garantido o direito de defesa. 

Querem, isto sim, é levar a imprensa a um tribunal político. 
Primeiro a VEJA, não por acaso, e depois o resto.
(...)

Não é a VEJA apenas, é a imprensa
Não é só a VEJA que estão tentando colocar na berlinda, não! É a imprensa como um todo. Com o que se tem até aqui, aprove-se ou não o depoimento de quem quer que seja, está decretada a morte do sigilo da fonte e da apuração jornalística. 

Ao contrário do que pensam alguns tontos, isso não atenta só contra a liberdade da imprensa. 
Isso atenta contra a liberdade de todos os brasileiros. 
(...)
 
Por que só agora?
Por que só agora se arma esse circo? Bem, desde o primeiro dia, como vocês sabem, alertei que um só objetivo estava em jogo — e não era punir Cachoeira e sua gangue. Nunca foi. 

Os mensaleiros, sob a liderança de Lula, agarrado a seu ódio, querem submeter ao enxovalho todas as instituições do país. Usam-se o inquérito da Polícia Federal e as gravações para tentar arrastar para o lixão o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República e a imprensa. Sob qual acusação? Nenhuma! Pretende-se fazer da CPI um tribunal de exceção.
(...)

A rede criminosa que se espalha na Internet — digo em outro post  do que ela é capaz — está convicta de que o poder petista, como os diamantes, é eterno e imagina uma situação que vai disso que vemos para pior. Pede, sem meias palavras, o que chama de “Lei dos Meios de Comunicação” — ou “Ley de Medios”, dizem alguns bandidos, citando, cheios de excitação,  a Venezuela de Hugo Chávez. 

Na semana passada, Rui Falcão, presidente do PT, anunciou que a imprensa é um dos alvos do governo, depois dos bancos. 

Querem a liberdade de imprensa de joelhos diante do tribunal presidido por José Dirceu, o rei da ética, aquele rapaz que foi no mês passado à Venezuela, em companhia do marqueteiro do PT, para dar uma forcinha a Chávez.
Quando os tucanos, no governo FHC, eram os alvos do jornalismo investigativo, nunca ninguém se lembrou de fazer uma CPI para submeter a imprensa a um tribunal político. Considerava-se tal hipótese simplesmente impensável — e os próprios tucanos, diga-se, não intentariam algo parecido. O jornalismo era, então considerado virtuoso por investigar eventuais desvios havidos no governo FHC ( nunca ninguém indagou qual era a fonte; tampouco a PF pôs para circular conversas de jornalistas)  e operava em estreita ligação com o PT. Imaginem uma gravação da PF registrando as conversas dos divulgadores do Dossiê Cayman e suas fontes ilibadas… AS REPORTAGENS DA VEJA RESULTARAM NA EXPLICITAÇÃO DE CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 

Com a chegada do PT ao poder, tudo mudou. Criminoso passou a ser o jornalismo independente — enquanto a corja financiada por dinheiro público se dedica, cotidianamente, a agredir a oposição, o Judiciário e a própria imprensa. Para eles, não há CPI. Ao contrário: juntam-se a Fernando Collor para enviar a um tribunal político quem honra a independência.

Outros, antes de nós, resistiram a pressões ainda piores. Estes que estão aí nem são os piores inimigos que a liberdade de imprensa já enfrentou. E resistiremos mais uma vez. 

Quis o destino que Lula e Collor viessem a se juntar, 23 anos depois do enfrentamento nas urnas, contra a liberdade de imprensa. 

Um está a exercer a sua conhecida natureza. O outro termina por revelar a sua. Uma não aprendeu nada nem esqueceu nada. O outro esqueceu tudo. O momento não é dos mais edificantes, mas me sinto intelectualmente recompensado. Há muitos anos venho dizendo que eles chegariam a este ponto. E chegaram. E mais longe chegarão se puderem.
Não se depender dos defensores da ordem democrática e do estado de direito. A Constituição vai derrotar a conspiração do ódio.

Íntegra  AQUI.

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