As medidas adotadas recentemente pela presidente dilma prejudicam tanto o trabalhador quanto o pequeno poupador. E tudo acontece sob os aplausos da midia que repercute as versões do governo, sem a mínima preocupação com o bolso do brasileiro. Seria mais honesto se especialistas fossem convidados para esclarecer sobre possíveis intenções de Dilma em mexer na taxa de juros, provavelmente pela dificuldade na rolagem da dívida ou para forçar os clientes dos bancos a se endividarem, mesmo que não tenham mais condições para isso. Trata-se de uma suposição, afinal, somos frequentemente importunados com ofertas de crédito como se encalacrar o povo com dívidas intermináveis fosse a meta mais importante do programa econômico do governo petista.
Ao contrário da crítica constante de José Serra aos juros elevados, cuja redução seria para priorizar o incentivo à produção e ao consumo responsável.
(Sabatina Folha-UOL com José Serra - 2010/ sobre juros aos 50 minutos)
O discurso de Dilma contra os bancos privados, que decepcionou pelo tom populista, talvez evidencie que serão os próximos na fila de extermínio, juntamente com a imprensa, seguindo o manual petista que já decretou o ódio aos militares, a desmoralização do Congresso, o achincalhe de figuras do Judiciário, o deboche contra religiosos, a falência da indústria nacional, a perseguição ao produtor rural e, entre outras ações que têm destruído reputações (e vidas, como aconteceu com Ruth Cardoso) com boatos e dossiês, a pregação do confronto contra tudo e contra todos praticamente extirpou a oposição e, com isso, os valores democráticos.
Voltando ao tema, populações do mundo inteiro reagem e saem às ruas contra a austeridade imposta à população de países que tentam conter crises econômicas. No Brasil, a propaganda vende a imagem de um país próspero, o que não jutifica a ação do governo contra o povo, anestesiado a tal ponto que aceita tudo bovinamente sem reclamar.
Enquanto isso, o senador Álvaro Dias apresenta sugestões já discutidas pelo partido e que propõem exatamente o oposto do que faz o governo do PT.
A proposta inclui "colocar todos os empréstimos da Caixa Econômica e demais organismos oficiais a taxas de mercado e aumentar a remuneração do FGTS", dentre uma série de medidas que podem provocar uma revolução na remuneração das três principais fontes públicas de crédito: FAT, FGTS e poupança.
"Hoje, tais fundos fornecem recursos a baixo custo a apenas alguns grupos de eleitos. Em contrapartida, remuneram mal seus cotistas, ou seja, a massa de trabalhadores e poupadores brasileiros.
O resultado seria a multiplicação do patrimônio dos trabalhadores, um aumento considerável da poupança doméstica e a redução de tributos, como PIS/Pasep. Trata-se de promover o bem geral em detrimento de privilégios localizados, pois, hoje, os mecanismos de crédito dirigido penalizam fortemente os trabalhadores”, concluiu o senador Alvaro Dias.
Tempos atrás surgiu um movimento para tentar conter a aprovação de uma emissão de títulos da dívida pública, no valor de R$ 55 bilhões, para capitalizar o BNDES. Segundo dados do próprio BNDES, hoje os recursos do banco são canalizados para um seleto grupo de grandes empresas.
Dados do IPEA (dezembro de 2010) também informam que o Tesouro repassa ao BNDES recursos captados junto aos mercados financeiros, pagando juros entre 10,75% (Selic) e 12,5%, mas empresta ao BNDES cobrando apenas 6%.
Segundo o mesmo estudo, até 2010 o valor deste subsídio pago pelos contribuintes brasileiros às grandes empresas totalizou quase R$ 21 bilhões, valor 38% maior que os R$ 13 bilhões destinados ao Bolsa-Família em 2009.
Portanto, a indignação do amigo Sakamori tem fundamento.
Seria muito importante, também, relembrar as denúncias sobre "mágicas"do governo petista para transformar dívida em receita e a verdade sobre a explosão da dívida pública.
Se o jornalismo acredita que terá sua liberdade garantida se rendendo à bajulação e ignorando esses fatos deveria, outrossim, assumir o compromisso com a verdade e com os temas que afetam a população sem aderir à pauta do governo, pois ao povo não interessa uma imprensa supostamente livre, apenas na aparência, mas que pode perder completamente a credibilidade se o seu público perceber que está sendo enganado.
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