sábado, 30 de junho de 2012

O governo Dilma parece velho.

MARCO ANTONIO VILLA

O GLOBO - 26/06/2012


O governo Dilma Rousseff completa 18 meses. Acumulou fracassos e mais fracassos. O papel de gerente eficiente foi um blefe. Maior, só o de faxineira, imagem usada para combater o que chamou de malfeitos. Na história da República, não houve governo que, em um ano e meio, tenha sido obrigado a demitir tantos ministros por graves acusações de corrupção.

Como era esperado, a presidente não consegue ser a dirigente política do seu próprio governo. Quando tenta, acaba sempre se dando mal. É dependente visceralmente do seu criador. Está satisfeita com este papel. E resignada. Sabe dos seus limites. O presidente oculto vai apontando o rumo e ela segue obediente. Quando não sabe o que fazer, corre para São Bernardo do Campo.
(...)

O PAC - pura invenção de marketing para dar aparência de planejamento estatal - tem como principal marca o atraso no cronograma das obras, além de graves denúncias de irregularidades. O maior feito do "programa" foi ter alçado uma desconhecida construtora para figurar entre as maiores empreiteiras brasileiras. De resto, o PAC é o símbolo da incompetência gerencial: os conhecidos gargalos na infraestrutura continuam intocados, as obras da Copa do Mundo estão atrasadas, o programa "Minha Casa, Minha Vida" não conseguiu sequer atingir 1/3 das metas.

O Nordeste é o exemplo mais cristalino de como age o governo Dilma. A região passa pela seca mais severa dos últimos 30 anos. A falta de chuva já era sabida. Mas as autoridades federais não estavam preocupadas com isso. Pelo contrário. O que interessava era resolver a partilha da máquina estatal na região entre os partidos da base... Enquanto isso, desejando mostrar alguma preocupação com os sertanejos, o governo instituiu a bolsa-seca, 80 reais para cada família cadastrada durante 5 meses, perfazendo 400 reais (o benefício será extinto em novembro, pois, de acordo com a presidente, vai chover na região e tudo, magicamente, vai voltar ao normal). Isto mesmo, leitor. Esta é a equidade petista: para os mangões, tudo; para os sertanejos, uma esmola.

Greves pipocam pelo serviço público. As promessas de novos planos de carreiras nunca foram cumpridas. A educação é o setor mais caótico. Não é para menos. Tem à frente o ministro Aloizio Mercadante. Quando passou pelo Ministério da Ciência e Tecnologia nada fez. Só discursou e fez promessas. E as realizações? Nenhuma.
(...)

A crise econômica mundial também não mereceu a atenção devida. Como o governo só administra o varejo e não tem um projeto para o país, enfrenta as turbulências com medidas paliativas. Acha que mexendo numa alíquota resolve o problema de um setor. Sempre a política adotada é aquela mais simples.

Tudo é feito de improviso.

É mais que evidente que o modelo construído ao longo das últimas duas décadas está fazendo água (e não é de hoje). É necessário mudar. Mas o governo não tem a mínima ideia de como fazer isso. Prefere correr desesperadamente atrás do que considera uma taxa de crescimento aceitável eleitoralmente. É a síndrome de 2014. O que importa não é o futuro do país, mas a permanência no poder.

Na política externa, se é verdade que Patriota não tem os arroubos juvenis de Amorim, o que é muito positivo, os dez anos de consulado petista transformaram a Casa de Rio Branco em uma espécie de UNE da terceira idade. A política externa está em descompasso com as necessidades de um país que pretende ter papel relevante na cena internacional.

O Itamaraty transformou-se em um ministério marcado por derrotas.
(...)


A nossa diplomacia perdeu a capacidade de construir consensos. Assimilou o "estilo bolivariano", da retórica panfletária e vazia, e, algumas vezes, se tornou até caudatária dos caudilhos, como agora na crise paraguaia.

O governo Dilma parece velho, sem iniciativa. Parodiando o poeta: todo dia ele faz tudo sempre igual. E saber que nem completou metade do mandato. Pobre Brasil.
Íntegra AQUI.

QUEM PERDE MAIS?


Notas do Cláudio Humberto


Afastar o Paraguai do Mercosul significa, na prática, que seu presidente apenas será poupado de participar de reuniões com demais colegas.


Apequenou-se

“Maria-vai-com-as-outras”, o Brasil ignorou os brasiguaios, mais de 400 mil brasileiros perseguidos por Lugo, e que apóiam o atual governo.

Além de curvar-se, o Brasil deu um “golpe” na sua tradição diplomática: o Paraguai não votou a própria saída e a Venezuela entrou pela janela.

Pensando bem...

...com a entrada de Hugo Chávez no Mercosul, o Brasil, além do “pai” e da “mãe” dos brasileiros, agora também tem o “tio”.
..............................................................................

Até mesmo quem vive em cima do muro reconhece a desastrada atuação de Dilma no espetáculo deprimente que, merecidamente, recebe o rótulo de golpe contra o Paraguai. 
Está registrado e carimbado, assim como foi desastrada a atuação da diplomacia brasileira no período lula, quando teve início a desconstrução da brilhante reputação do Itamaraty, até então reconhecida mundialmente.
É o que se pode constatar no texto de Elio Gaspari, A leviana diplomacia do espetáculo, que faz uma ligeira comparação entre o passado e os últimos anos, relembrando, para servir de parâmetro, o protagonismo de Fernando Henrique:

Foi no mano a mano que o presidente Fernando Henrique Cardoso impediu um golpe contra o presidente Juan Carlos Wasmosy em 1996. Fez isso sem espetacularização da crise. 


PRÉ-SAL DERRETEU?



Só no trimestre passado, Petrobras e OGX (do Eike Batista - "sócio" do BNDES) somados perderam R$ 100 bilhões em valor de mercado.

Vejam AQUI como Dilma, Lula e Zé Dirceu ajudaram Eike Batista na rapinagem do Pré-Sal.
São 27 páginas contendo denúncias devastadoras para Lula e para Dilma.
Ildo Sauer, autor do documento, foi homem de confiança de ambos, nomeado pelos dois.

Em longa entrevista, o professor revela que Eike contratou entre seus consultores um ex-ministro de Lula, José Dirceu, para assessorá-lo.
Ou seja, o empresário X, já milionário, graças às informações que teriam sido a ele repassadas conseguiu dar o lance bilionário para se transformar em um dos homens mais ricos do mundo.

Eis que as Empresas de Eike Batista 'encolhem' R$ 13,8 bilhões em dois dias.

Na noite de terça-feira, a OGX divulgou que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa em um campo na bacia de Campos é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, apenas um terço do que o mercado esperava. A notícia contaminou o desempenho das demais ações do grupo de Batista, que também tiveram perdas acentuadas.


UM iPad PARA MIM, OUTRO PARA O GOVERNO

GRCMoreira

Causou furor mundial o mais novo lançamento da Apple, o iPad. Realmente o conceito é inovador e já é referência na indústria. Mas e no Brasil quando ele chega?

A maioria das operadoras de telefonia brasileiras deve começar a ofertá-lo no mercado nacional ainda neste ano ou no máximo no início do próximo ano, segundo divulgado pela TIM, seu preço deve ficar próximo de R$ 2.000,00.

Mas por que tão caro assim?

Na loja on-line da Apple, o modelo mais barato sai por R$ 499, transformando pelo câmbio médio isso dá mais ou menos R$ 850, 00, ou seja, uma diferença de R$ 1.150,00 a mais no iPad brasileiro.

Vamos tentar entender: AQUI.

QUEM DEVE FINANCIAR NOSSA INFRAESTRUTURA?

Não é segredo que a cada ano o governo federal bate recordes na arrecadação de impostos.
Basta conferir os números do IMPOSTÔMETRO, que já registra algo em torno de OITOCENTOS BILHÕES ainda no primeiro semestre.

Mesmo assim, Dilma não libera aos estados e municípios a verba que lhes corresponde por direito e que é necessária para atender à população. E faz isso sob os aplausos da midia bajuladora.

A quem prefeitos e governadores devem recorrer para cumprir suas metas, então?
Quem vai financiar nossa infraestrutura?

Pois nossos governantes estão sendo obrigados a recorrer aos empréstimos no exterior, como é o caso de Mato Grosso, que negocia financiamento chinês para ferrovia.
É um absurdo.
Confiram AQUI.


MISSÃO CHINA


"SOCIALIZAÇÃO" DO CRIME - VÍTIMAS NO BANCO DOS RÉUS


Não existe legítima defesa?

Estado de S.Paulo

O anacronismo da legislação penal e processual penal do País vem gerando situações absurdas, levando cidadãos inocentes, que reagiram a criminosos que os assaltavam à mão armada, a serem processados por crime de homicídio doloso triplamente qualificado.
Só este mês, ocorreram três casos semelhantes.
(confiram AQUI)
Apesar de terem agido em legítima defesa, nos três casos as vítimas dos assaltantes podem se converter em réus de ações criminais, correndo o risco de serem condenadas a penas privativas de liberdade a serem cumpridas em prisões de segurança máxima, o que representa uma absurda inversão de valores.
(...)

Como imputar exagero na reação que tiveram ao ter a vida ameaçada? Por que indiciá-los e convertê-los em réus, obrigando-os a gastar a poupança de uma vida para contratar advogados de defesa, uma vez que eram pessoas honestas colocadas sob risco em suas residências e locais de trabalho? Apesar de serem obrigados a observar a legislação processual penal, que tem mais de 70 anos, por que os delegados de polícia se deixaram levar por tanto formalismo?
A falta de bom senso na interpretação das leis propicia, assim, um cenário surrealista, no qual têm direitos os bandidos, devendo as vítimas de atos criminosos curvar-se à vontade de seus algozes. E quem se defende dentro de sua própria casa vai para a cadeia por ter ferido um criminoso. Não existe mais legítima defesa?

OS BRASILEIROS SÃO OS ÚLTIMOS A ENTENDER


PARAGUAIOS SE MOBILIZAM PELO FACEBOOK E PROMOVEM CARAVANA DA SOBERANIA PROTESTANDO CONTRA BRASIL E ARGENTINA


Uma caravana integrada principalmente de jovens, agitou o centro de Assunção nesta sexta-feira à noite. Denominada "Caravana da Soberania", a manifestação começou com uma carreata que cruzou a cidade até o denominado microcentro. Os manifestantes exultaram a soberania do Paraguai, censurando principalmente o Brasil e a Argentina. Organizada a partir do perfil no Facebook "Paraguai Soberano", a caravana mobilizou grande carreata da periferia ao centro de Assunção.
Cantando canções exaltando a soberania e a liberdade, agitando as bandeiras do Paraguai, o grupo protestou na frente das embaixadas do Brasil e da Argentina, portando cartazes com slogans contra a intromissão indevida do Brasil e da Argentina nos assuntos internos do País. O ato foi pacífico sendo encerrado na Praça das Américas.Com informações do site do jornal ABC Color

No Brasil, lideranças aplaudem o poder. Na Argentina defendem o povo

Na Argentina, 150 mil protestam contra governo
O Globo
O líder da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) da Argentina, Hugo Moyano, deu uma demonstração de força ao governo Kirchner ao reunir na quarta-feira 150 mil trabalhadores (segundo a central) na Plaza de Mayo, em frente à sede do governo. Este se mostrou o maior protesto contra a presidente Cristina Kirchner desde os conflitos entre o governo e produtores rurais, em 2008. Os manifestantes pediam redução de impostos e demandas laborais.

Foto: AP

Metodologia dos que julgam os governos de SP


A Prefeitura de SP e a ONG petista: levantamento burro, injusto e desonesto

Bem, vamos lá. Existem métodos justos e injustos de avaliar se governantes cumprem ou não suas promessas. Existem métodos inteligentes e burros. Existem métodos politicamente honestos e desonestos de fazê-lo. 


E existe na capital paulista uma ONG chamada Rede Nossa São Paulo. É comandada pelo petista Oded Grajew, ex-assessor especial de Lula.  


Na gestão Serra/Kassab, que terminou em 2008, essa ONG foi responsável pela divulgação de uma grande mentira sobre a cidade...
Naquele ano — não por acaso, ano eleitoral —, a ONG apresentou um estudo afirmando que a Prefeitura investia quatro vezes mais nos Barrios ricos do que nos pobres. E como chegou a tal conta? Analisando o gasto de cada uma das subprefeituras. A conta parecia boa? Na verdade, era injusta, burra e desonesta. Sabem por quê? 


A verba das subprefeituras correspondia a apenas 4% — QUATRO POR CENTO — do Orçamento da cidade. Entenderam o busílis? Um posto de saúde, um hospital  ou uma escola erguidos na periferia não entravam nas contas da ONG.
A Nossa São Paulo é a principal pauteira da imprensa paulistana no que diz respeito a assuntos da cidade. Às vezes, tenho a impressão de que os jornalistas são seus porta-vozes ou funcionários. A mentira influente deste ano é que o prefeito Gilberto Kassab cumpriu apenas 36% das metas estabelecidas — e lembro que a Prefeitura é dos poucos entes federativos que as tem. Kassab, vocês verão abaixo, diz que cumpriu 73%, não 36%. 


Não sei se os números dele são verdadeiros, mas sei que os da ONG são falsos. E como demonstro?
Tomando por base os critérios. Em primeiro lugar, a ONG não distingue metas importantes, fundamentais para a cidade, de metas desimportantes. Se a Prefeitura deixou de fazer uma pinguela ou uma escola, para eles, dá na mesma. Mas isso não é o pior não! 


Toma-se como “meta cumprida” o propósito inteiramente realizado. Exemplifico em base 100 para que fique claro: se a Prefeitura prometeu entregar 100 salas de aula e só entregou 75, a Nossa São Paulo considera isso “meta não cumprida” — na sua conta, entra como “zero”. Se prometeu zerar o déficit de vagas em creches, mas cumpriu apenas 60% do prometido, também isso vai para a lista do “não cumpriu”.
É um despropósito. Se o PAC fosse analisado segundo esses critérios, poder-se-ia dizer que Lula e Dilma realizaram… ZERO POR CENTO das metas. 
(...)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O DIA DA DESONRA - O SÍMBOLO DA VERGONHA

Mercosul suspende uma democracia, como o Paraguai, incorpora a Venezuela de Hugo Chávez e presta homenagem a Lula - o símbolo adequado para o golpe.


Cristina entrega um retrato do Apedeuta a Dilma: "Cidadão do Mercosul"! Oportuno! Afinal, o bloco se rendia a uma ditadura e churava uma democracia (Natacha Pisarenko/Associated Press)

Uma manobra de Brasil, Argentina e Uruguai garantiu a entrada da Venezuela no Mercosul. Nesta sexta-feira, o bloco decidiu suspender temporariamente o Paraguai até a realização de novas eleições – marcadas para 2013 – e aprovou a incorporação do país governado pelo ditador Hugo Chávez a partir do próximo dia 31 de julho. 
A entrada da Venezuela como membro pleno no bloco estava pendente desde 2006, devido à negativa do Congresso paraguaio em ratificar o protocolo de adesão, mas a suspensão do Paraguai, destravou o processo.
O anúncio foi feito pela presidente argentina, Cristina Kirchner, durante o discurso de encerramento da Cúpula do Mercosul, na cidade de Mendoza.
"A saída do Paraguai abriu a brecha necessária para a incorporação da Venezuela, o que leva a um impasse simbólico importante, pois um dos países fundadores deu lugar a um país novo no bloco", afirma o historiador José Aparecido Rolon, professor do departamento de Relações Internacionais da Universidade Anhembi-Morumbi e autor de tese sobre democracia no Paraguai. Ele afirma que foi clara a articulação entre os membros do bloco para a entrada de Caracas.
(...)
A respeito da entrada da Venezuela no bloco, Dilma disse que o Mercosul espera que "o processo contínuo e sistemático pelo qual passou a integração da Venezuela seja concluído" no próximo mês. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o ingresso da Venezuela no Mercosul já fazia parte da agenda da cúpula, que teve a presença do chanceler venezuelano, Nicolás Maduro. 
(...)
Veja (Com agência EFE)

Cubramo-nos de vergonha: falou-se tanto em golpe, golpe, golpe no Paraguai, e quem acabou dando um golpe fomos nós

Reunião do Mercosul em Mendoza, Argentina

O Senado do Paraguai — imaginemos, do Paraguai, antes motivo de piada quando se falava de democracia — vinha resistindo bravamente, há seis anos, às pressões para aprovar o ingresso da Venezuela do tirano bufão Hugo Chávez no Mercosul, bloco integrado pelo próprio Paraguai e por Brasil, Argentina e Uruguai.
O Senado paraguaio, diferentemente da maneira covarde com que se houve o Congresso brasileiro, se apegou à chamada “cláusula democrática” do Mercosul, segundo o qual só podem integrar o organismo países plenamente democráticos, com eleições livres, liberdade de imprensa, liberdade de opinião, liberdade sindical, Justiça livre e independente e respeito às minorias, entre outras exigências.
Essa cláusula, justiça se faça, foi inserida nos tratados de formação do Mercosul pelos então presidente José Sarney, do Brasil, e Raúl Alfonsín, da Argentina. Com Sarney, naquele momento, a diplomacia brasileira viveu um bom momento.
Agora, estamos vivendo um péssimo e vergonhoso momento: o Brasil participou, alegremente, da manobra que “suspendeu” o Paraguai do Mercosul até as eleições presidenciais já previstas no país para abril do próximo ano. Então, com o Paraguai “suspenso” até abril, seu Senado não pode vetar nada agora em relação ao Mercosul.
Um presentão para a camarilha “bolivariana” que pressionava para que o governo ditatorial de Chávez ingressasse no mercado comum do Sul do continente: o negócio foi fechado hoje mesmo, na mesma reunião de Mendoza, na Argentina, convocada para examinar a situação no Paraguai após o impeachment do presidente Fernando Lugo.
Um golpe na democracia e na credibilidade do Mercosul
Ou seja, a “suspensão” do Paraguai constituiu uma evidente manobra calhorda para driblar o obstáculo às pretensões de Chávez, que o Senado paraguaio impedia.
O governo tresloucado e autoritário de Cristina Kirchner na Argentina foi quem primeiro vociferou que ocorrera um “golpe” no Paraguai com o impeachment de Lugo pelo Congresso. Vários outros governos sul-americanos bateram na mesma tecla — inclusive, apesar de permanecer em cima do muro e por meias palavras, o do Brasil.
Falou-se tanto em golpe, golpe, golpe – e quem assesta um golpe na democracia, agora, são justamente os que acusavam o Paraguai disso. Um golpe na democracia que mina a credibilidade que ainda poderia restar ao Mercosul.

SUGESTÃO AO PARAGUAI



PARAGUAI DEVERIA FAZER COMO O CHILE E DAR UMA BANANA PARA O MERCOSUL

Fábio Pannunzio

Está explicado o motivo que levou os democráticos presidentes dos países que integram o Mercosul a promover a suspensão do Paraguai. Como era o único membro a se opor ao ingresso pleno da Venezuela no tratado, nada mais providencial do que utilizar a deposição de Lugo para afastar o entrave representado pela objeção do Senado daquele país.


A humilhação imposta ao vizinho mais frágil poderia ser paga com a mesma moeda que o Chile utiliza para desprezar os dinossauros sulamericanos e seguir adiante: dar uma banana ao acordo regional, que nunca representou grande coisa mesmo, e partir para as prolíficas alianças com o Norte.

Sem intermediários ideológicos, sem a dependência desses vizinhos mala-sem-alça, sem o patrulhamento nem a desonestidade de quem usa um suposto atentado contra a democracia continental para abrigar parceiros que não têm nenhum zelo por ela.

IMPERIALISMO BOLIVARIANO TENTOU PROMOVER UM GOLPE MILITAR NO PARAGUAI

A repórter Carolina Freitas, da Veja Online, informa que Nicolas Maduro, diplomata venezuelano, reuniu-se secretamente com a cúpula militar paraguaia incitando-a a se rebelar diante da eventual deposição do então presidente Fernando Lugo pelo Congresso.
Leiam a reportagem:


Chávez tentou provocar levante militar para poupar Lugo

Informação foi confirmada pela nova ministra da Defesa paraguaia. Presidente Federico Franco disse que responderá à intromissão do chanceler do imperialista bolivariano Hugo Chávez


A ministra da Defesa do Paraguai, María Liz García, confirmou em entrevista à imprensa de seu país um rumor que vinha tomando corpo nos últimos dias em Assunção: o diplomata venezuelano Nícolas Maduro reuniu-se com a cúpula das Forças Armadas paraguaias no mesmo dia em que o Congresso votava o impeachment de Fernando Lugo. O chanceler tinha um pedido para fazer aos comandantes: que os militares reagissem caso Lugo fosse de fato deposto. 
 
As tentativas de intervenção dos presidentes de países vizinhos causam indignação – embora os discursos se mantenham diplomáticos - entre as autoridades paraguaias desde que Federico Franco assumiu o poder na semana passada. 

A ousadia dos encrenqueiros latino-americanos, no entanto, chegou a seu ápice nesta sexta-feira, quando veio à tona a tentativa de golpe militar no Paraguai comandada por ninguém menos que o chanceler da Venezuela – país de Hugo Chávez
 



Mercosul e autoritarismo

Trechos do editorial de hoje do Estadão:


O Mercosul será um bloco muito menos comprometido com a democracia se os presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai decidirem afastar o Paraguai, temporária ou definitivamente, e abrirem caminho para o ingresso da Venezuela, país comandado pelo mais autoritário dos governantes sul-americanos, o presidente Hugo Chávez. Mesmo sem esse resultado, qualquer punição imposta ao Paraguai será uma aberração. Será preciso imputar ao Legislativo e ao Judiciário paraguaios a violação de uma regra jamais escrita ou mesmo consagrada informalmente pelos quatro países-membros da união aduaneira.
(...)

Ataques aos valores democráticos ocorrem com frequência tanto na Venezuela quanto em outros países sul-americanos, mas sempre, ou quase sempre, sem uma palavra de censura das autoridades brasileiras. Ao contrário: a partir de 2003, a ação diplomática de Brasília tem sido geralmente favorável aos governos da vizinhança, quando atacam a imprensa, quando se valem de grupos civis para praticar violências e outros tipos de pressão contra os oposicionistas e quando trabalham para destroçar as instituições e moldá-las segundo seus objetivos autoritários.
Não é preciso lembrar detalhes da ação do presidente Chávez para mostrar como seu governo se enquadra nessa descrição - embora na Venezuela, segundo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, haja excesso de democracia. Mas o chefão bolivariano é apenas um entre vários dirigentes sul-americanos com vocação autoritária.
A presidente Cristina Kirchner é um exemplo especialmente notável. Como presidente pro tempore do Mercosul, condenou prontamente a destituição do presidente Lugo e se dispôs a excluir o governo paraguaio da reunião de cúpula marcada para esta sexta-feira. Mas os compromissos da presidente argentina com a democracia são notoriamente frágeis. Não há nada surpreendente nesse fato, porque é muito difícil a convivência do populismo com os valores democráticos. A incessante campanha do Executivo argentino contra a imprensa é apenas uma das manifestações da vocação autoritária dos Kirchners e, de modo geral, dos líderes peronistas.
(...)
Suspenso ou afastado o Paraguai, o obstáculo será removido e o Mercosul será governado pelo eixo Buenos Aires-Caracas. Quaisquer compromissos com a democracia serão abandonados de fato e as esperanças de uma gestão racional do bloco serão enterradas. Para precipitar esse desastre bastará o governo brasileiro acrescentar mais um erro diplomático à enorme série acumulada a partir de 2003.

GOLPE COM LUVA DE PELICA




Abaixo, matéria de Reinaldo Azevedo

Proposta de Código Penal libera o aborto, faz a vida humana valer menos que a de um cachorro, deixa-se pautar pela Marcha da Maconha, flerta com o “terrorismo do bem” e entrega nossas escolas ao narcotráfico. Fernandinho Beira-Mar e Marcola não pensariam em nada mais adequado a seus negócios.

A tal Comissão de Juristas encarregada de apresentar uma proposta de reforma do Código Penal terminou o seu trabalho e o entregou ao presidente do Senado, José Sarney. Se você quiser saber detalhes da tramitação, clique aqui. É possível também ler a íntegra.
Os tais juristas resolveram acolher a moral de exceção dos ditos “progressistas” supostamente “ilustrados”, que foi alçada a um imperativo ético. Essa doença tem nome: ódio ao povo, visto como um bando de selvagens que precisam ser civilizados pelas leis. O senso comum considera a vida humana uma expressão superior à de um cachorro? 
Segundo o norte ético estabelecido pelos juristas, um feto humano não vale o de um cão. O código que eles propõem também permitiria que nossas escolas fossem sequestradas pelo narcotráfico e inventa o terrorismo benigno.

UM HOMEM VALE MENOS DO QUE UM CÃOO aborto segue sendo crime, com possibilidade de prisão (Arts. 125, 126 e 127), mas o 128 ganhou, atenção, esta redação:

Art. 128. Não há crime de aborto:

I - se houver risco à vida ou à saúde da gestante;
II - se a gravidez resulta de violação da dignidade sexual, ou do emprego não
consentido de técnica de reprodução assistida;
III - se comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida extrauterina, em ambos os casos atestado por dois médicos; ou
IV - se por vontade da gestante, até a décima segunda semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade.

Por que afirmei que a vida de um cachorro valeria bem mais no novo Código Penal? Porque ele resolveu proteger os animais — e não é que seu seja contra, não. Então vamos a eles.
UM CÃO VALE MUITO MAIS DO QUE UM HOMEMLeiam o que dispõe o Artigo 391:

Praticar ato de abuso ou maus-tratos a animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos:
Pena - prisão, de um a quatro anos.
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2o A pena é aumentada de um sexto a um terço se ocorre lesão grave permanente ou mutilação do animal.
§ 3º A pena é aumentada de metade se ocorre morte do animal.

Os rodeios, obviamente, renderão cadeia. Nunca mais veremos — já não vemos — chimpanzés nos circos com roupinha de boneca e camisetas coloridas. Crueldade inaceitável! 
Alguém que submetesse, sei lá, uma cadela a um aborto poderia pegar quatro anos de cana. Já o feto humano iria para o lixo sem que a lei molestasse ninguém.
A matéria continua e trata do CÓDIGO PENAL PARA PROTEGER VICIADOS, TRAFICANTES E EXPOR CRIANÇAS ÀS DROGAS e O TERRORISMO REDENTOR:
Pasmem:
Exclusão de crime§ 7º Não constitui crime de terrorismo a conduta individual ou coletiva de pessoas movidas por propósitos sociais ou reivindicatórios, desde que os objetivos e meios sejam compatíveis e adequados à sua finalidade.

PLANO REAL AINDA NÃO É UM SUCESSO TOTAL NAS MÃOS DO PT

Real só será sucesso com juro brasileiro igual ao internacional, diz Persio Arida

Economista e um dos idealizadores do plano, Arida acredita que cuidar da estabilidade é fundamental, mas critica a forte intervenção do governo na economia



A poucos dias de completar 18 anos, o Plano Real ainda não é considerado um sucesso total por um de seus idealizadores, o economista e sócio do BTG Pactual Persio Arida. Segundo ele, o projeto só estará completamente concluído "quando as taxas de juros brasileiras forem iguais às internacionais, o crédito tiver na mesma dimensões de outros países emergentes, e quando houver crédito muito longo em quantidades expressivas".
Ele acredita que cuidar da estabilidade é fundamental, mas critica a forte intervenção do governo na economia, mesmo quando isso está voltado para o incentivo ao crescimento. 


"Do ponto de vista da modernização e redução da interferência do Estado na economia, o País está retrocendendo, e não evoluindo", alerta.
Esse ponto, segundo ele, é um dos motivos do menor interesse dos estrangeiros pelo Brasil. Ele se refere à incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a entrada de capitais no País, à mudança do Imposto sobre Produtos IMportados (IPI) para carros importados e às restrições à compra de terras por estrangeiros.
Qual é a lembrança mais marcante que o senhor tem do período de lançamento do Plano Real?
Havia, naquele momento, um enorme apoio social ao programa. Alguns políticos ficaram na oposição, o PT mais notoriamente, mas a população como um todo endossou o plano...
Esse apoio existia também entre economistas e instituições financeiras?
Não. Pelo contrário. Havia um contraste entre o endosso da população, que estava sedenta por estabilidade, e o enorme ceticismo por parte dos colegas de profissão. Isso começou no próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), que se recusou a endossar o Plano Real, com o argumento de que não havia base e nem clareza suficiente de que aquilo de fato tinha sustentação. Eram frequentes também aqui no Brasil artigos dizendo que o real não ia dar certo, que era um equívoco gigantesco. Economistas importantes diziam que aquilo era como "patinar em gelo fino". Também disseram que o País iria direto para a hiperinflação na nova moeda. 


Enfim, havia um enorme ceticismo entre os colegas de profissão, porque era um plano inovador, algo que nunca tinha sido feito em lugar nenhum do mundo...
(...)

Lula + 20

Por Ruy Fabiano

Há vinte anos, pouco depois da Eco-92, Luiza Erundina era expulsa do PT sob o argumento de que teria firmado uma aliança política espúria. Seu pecado: aceitara ser ministra da Administração do recém-empossado presidente Itamar Franco.
Na ótica do PT de então, que participara intensamente da deposição de Fernando Collor, ao lado dos demais partidos de oposição, Itamar Franco não estava moralmente à altura do partido. Era um político à velha moda, o que o tornava incompatível com a mensagem redentora para o país, de que o PT era portador.
O mesmo PT já havia expulsado, em 1984, três parlamentares que haviam cometido idêntica transgressão ao votar em Tancredo Neves no colégio eleitoral, contra Paulo Maluf.
Em 1988, o partido, mais uma vez se colocando acima do bem e do mal, recusara a “Constituição burguesa”, somente firmando-a sob protesto.
Em 1989, quando do segundo turno entre Lula e Fernando Collor, recusou o apoio de Ulysses Guimarães, desprezando o seu passado de líder maior na luta contra a ditadura.
Para o PT de então, a política, em seu conjunto, era uma coisa só, deletéria e perversa. E não hesitava em misturar no mesmo saco Paulo Maluf e Tancredo Neves, José Sarney e Ulysses Guimarães, Fernando Collor e Itamar Franco.
O partido não se cansava de repetir que era possível – e indispensável - um novo mundo e que a receita era monopólio seu. Mesmo líderes esquerdistas como Leonel Brizola e Miguel Arraes eram vistos como indesejáveis na construção do Paraíso pelo simples fato de que pertenciam a uma tradição que precisava ser banida. O partido deixava claro que era preciso refundar o país.
Duas décadas depois, Lula, supremo comandante da legião redentora, deixa-se fotografar num efusivo aperto mão no jardim da casa de Paulo Maluf, ao lado de seu candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
O simbolismo da fotografia, estampada com destaque nos telejornais, jornais e na internet, colocou-o numa situação que, em política, é um desastre: precisou explicar-se. Pior: não conseguiu.
Erundina, hoje no PSB, aproveitou a deixa para uma saída triunfal, um acerto de contas com o que lhe fizeram no passado. Mas não deixou de trair certa cumplicidade com a lambança.
Disse que havia aceitado a coligação na expectativa de alguma discrição. Seria uma aliança com forças conservadoras, sem foco em nenhuma personalidade, muito menos Paulo Maluf, que se tornou um arquétipo do mal na política brasileira, ainda que, sob alguns aspectos já tenha sido ultrapassado por uma penca de discípulos mais jovens.
A política tradicional, que o PT e Erundina abominavam, previa esse tipo de parceria circunstancial, entre contrários. Erundina topara a ela se associar, mas, diante da foto, ficou também sem explicações a dar. Preferiu faturar o episódio.
Entre a rejeição a Tancredo e Ulysses, a chegada ao poder e o abraço em Maluf, o PT mostrou-se, nas palavras do próprio Lula, uma metamorfose ambulante. O detalhe é que se metamorfoseou sempre naquilo que considerava o mal.
O governo Lula seria condenado pelo Lula dos anos 80 e 90. Manteve a política econômica que considerava lesiva ao país e exibiu práticas que o próprio Maluf não teria a audácia de fazê-lo.
De Waldomiro Diniz aos aloprados, passando pelo Mensalão, tem-se um corolário inédito de ataques ao erário, a princípio discretos, depois escrachados. Também aí houve uma transição.
Ao tomar posse, Lula recusou uma aliança formal com o PMDB, proposta por José Dirceu. Optou pelo que Erundina chamaria de aliança discreta com forças conservadoras. O PMDB seria (e foi) como a amante, que se frequenta pela porta dos fundos.
No segundo governo, o partido já optara claramente pelo fim da encenação. Se com Mensalão e tudo Lula fora reeleito, que vergonha poderia ter do PMDB? O partido de Sarney e Renan Calheiros, impedido de casar na igreja, atraiu o PT para um casamento no Bataclan da política.
Lula, sentindo-se um orixá, não teme coisa alguma, mesmo quando o tiro lhe sai pela culatra. Escalou o ministério de Dilma e preparou-se para continuar governando por controle remoto, mas, em seis meses, seis dos ministros que indicara haviam sido demitidos por corrupção.
Concebeu uma CPI para, simultaneamente, vingar-se da oposição e criar uma cortina de fumaça para o Mensalão, que queria fora de pauta este ano.
Não conseguiu, mesmo assediando ministros do STF. O efeito negativo da foto com Maluf, porém, oferece a síntese mortal de desconstrução de um discurso que, na prática, em vez de levar ao Paraíso, confirmou o inferno como instância real (e tradicional) da política brasileira.

O Mercosul sob influência chavista


O Globo - (Editorial)

A reunião de cúpula do Mercosul, em Mendoza, teria, em condições normais, ampla agenda para discutir, pois ocorre no momento em que o eixo do bloco comercial, Brasil-Argentina, enfrenta graves problemas, devido ao protecionismo crescente dos argentinos. Mas terminou dominada pela questão político-diplomática do destino do Paraguai no acordo comercial, pauta imposta pelos interesses chavistas representados no grupo.
Não é por acaso que, segundo consta, Dilma Rousseff foi alertada pela presidente argentina, Cristina Kichner, na Rio+20, sobre o processo de impeachment em curso contra o paraguaio Fernando Lugo.
Cristina K. há tempos assume ares bolivarianos, e se mostra bem mais próxima do caudilho venezuelano, do qual o ex-bispo Lugo também é aliado.
O governo brasileiro reagiu num impulso — erro primário em política e diplomacia —, ao entrar no coro de denúncia do “golpe parlamentar” supostamente desfechado contra Fernando Lugo. Horas depois, Brasília reduziu os decibéis das declarações e, em alguma medida, atenuou o tom.
Mas, na essência, manteve o sentido punitivo contra um dos fundadores do Mercosul, um país com o qual tem laços estreitos de interdependência, mais que a Argentina.
O chavismo não perdoa o Congresso paraguaio por ele ter sido o único obstáculo a que a Venezuela chavista entre no Mercosul, um passo temerário, diante do conhecido poder desagregador do caudilho e do seu isolamento crescente no mundo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A ESTRELA MAIS IMPORTANTE DO PT

"A afinidade com Maluf se justifica. A diferença é que "tem gente" impune."


Fica a pergunta: por que não uma pesquisa para avaliar a rejeição dos eleitores de Maluf diante da união de seu líder com os petralhas?
A midia e os institutos de pesquisa consideram o eleitor petista superior aos demais?


Sponholz


Sponholz


Por Bernardo Mello Franco e Catia Seabra, na Folha:

O PT pediu aval ao deputado Paulo Maluf (PP) antes de escolher Nádia Campeão (PC do B) como nova candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Fernando Haddad. 
A consulta foi feita pelo coordenador da campanha, Antonio Donato. 
Ele recebeu o “sim” de Jesse Ribeiro, secretário-geral do PP paulista e braço direito de Maluf. Em 2007, quando o PT ensaiava pedir apoio do ex-prefeito a Marta Suplicy na eleição do ano seguinte, Nádia atacou a aproximação.
“Esta circunstância de aliança entre PT e Maluf praticamente afasta qualquer possibilidade de mantermos uma aliança para a prefeitura em 2008. Esse movimento do PT para o centro e para a direita, eles vão fazer sozinhos”, disse na época ao jornal “O Estado de S. Paulo”. 
A vice original de Haddad, Luiza Erundina (PSB), deixou a chapa em protesto contra a aliança com o ex-adversário. 
Depois de o Datafolha revelar que 64% dos petistas rejeitaram a união, a equipe do petista estuda meios para neutralizar o desgaste. A campanha já encomendou pesquisas para medir os danos e testar antídotos a serem usados na propaganda de TV.
(…)