No Plenário, o Líder Alvaro Dias manifestou seu inconformismo e perplexidade diante da notícia de que o Brasil está financiando a construção de um aeroporto em Gana, na África, mediante empréstimo do BNDES de US$ 174 milhões.
A decisão do banco, segundo Alvaro Dias, se torna ainda mais incompreensível quando verificadas as condições atuais dos aeroportos brasileiros.
“Há um cenário de colapso dos portos, aeroportos, estradas, mas a média de investimentos em infraestrutura, ao longo do governo Lula, foi de aproximadamente 1,8% do PIB. Diante desta realidade, como é possível admitir que o Brasil financie obras de infraestrutura em outros países?”, questiona Alvaro Dias.
Para ele, o BNDES podia tirar o ‘S’ de seu nome, “pois há muito tempo o banco deixou de ser social e passou a ser um banco a favorecer e conceder benesses a grandes empresas no Brasil e exterior.
Para o senador, o Tribunal de Contas da União precisa se manifestar sobre o empréstimo, que traria indícios de irregularidades, já que, na sua opinião, o estatuto do banco não autoriza esse tipo de operação.
- Há desvio de finalidade de um banco idealizado com objetivos sociais, com o objetivo, evidentemente, de construir uma infraestrutura competente no país. O “S” ao final da sigla significa que ele também abriga pretensões de natureza social - ponderou
- E como é possível admitir que o Brasil financie obras de infraestrutura em outros países? A redução dos custos de transportes, de energia e de logística, para que a produção brasileira tenha mais competitividade, é urgente - disse.
"O BNDES não foi criado há tanto tempo para fazer favores a países vizinhos. Antes deles, os nossos interesses”, concluiu.
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