Foi ontem quando a CPI do Cachoeira recusou-se a convocar para depor o dono da Delta, Fernando Cavendish; A CPI preferiu convocar a mulher de Cachoeira.
PT e PMDB enterram comissão para que “CPI do Ca-cho-ei-ra” não vire a “CPI do Ca-ven-dish”. Ou: A farsa estava escrita na estrela
Podem anotar
aí e denunciar nas redes sociais: PT e PMDB deram fim ontem à CPI ao se negar a
convocar Fernando Cavendish, o dono da Delta.
Agem assim porque estão com medo.
Ele já havia mandado recado: se tentarem mandá-lo para a cadeia, conta tudo! E
aí muitos milhões de toneladas de concreto e armação desabam na cabeça dos
“éticos”.
*
...Quase todos os objetivos iniciais de Lula e sua turma se frustraram ... A devastação que Lula prometia na oposição, na imprensa, no Supremo e na Procuradoria-Geral da República não aconteceu.
...Quase todos os objetivos iniciais de Lula e sua turma se frustraram ... A devastação que Lula prometia na oposição, na imprensa, no Supremo e na Procuradoria-Geral da República não aconteceu.
(...)
A CPI acabou! Aos
parlamentares de propósitos honestos que lá estão só resta denunciar a farsa a
que PT e PMDB estão conduzindo a comissão — que já havia começado por maus
propósitos, é bom deixar claro.
(...)
Os petistas que
apostaram na CPI, liderados por Lula e Dirceu, não tinham os detalhes da
parceria, no Centro-Oeste, entre Fernando Cavendish e Carlinhos Cachoeira. Maus
conselheiros lhes sopraram aos ouvidos que a CPI tinha tudo para esmagar “os
inimigos” e pronto!
Quando a instalação da comissão já era irreversível, começou
a ficar claro que aquele fio desencapado poderia produzir um curto-circuito.
Descoberto o valor da incógnita Delta, algumas vistosas carreiras políticas
podem ser liquidadas.
O primeiro cliente da empresa é o governo federal; o
segundo é o governo do Rio; o terceiro, o de Pernambuco. E agora?
Agora é fazer
aquela cara inesquecível do relator Odair Cunha (PT-MG). Ele tentando explicar
por que Cavendish e Luiz Antonio Pagot não foram convocados é das cenas mais
constrangedoras da política em muitos anos. Concorreu com Cândido Vaccarezza
(PT-SP), que escandiu sílabas — como se a escansão, por si, fosse argumento:
“Esta é a CPI do Ca-cho-ei-ra!!!”. Sem dúvida! Ocorre que a “CPI do
Ca-cho-ei-ra” trouxe à luz um tsunami: “Ca-ven-dish”.
E não custa lembrar:
Cavendish já mandou recados aos montes por intermédio dos seus prepostos. Até
aceita perder a empresa, mas cadeia não! Se acontecer, aí bota a boca no
trombone. E milhões de toneladas de concreto e armação desabarão sobre a cabeça
de alguns graúdos da ética. Se Demóstenes Torres é hoje visto país afora, e por
motivos mais do que justificáveis, como o falso moralista, como a “Carminha da
política”, o risco de que a Avenida Brasil seja pequena para contar os corpos de
eloquentes reputações é gigantesco.
Atenção, caros! O
maior escândalo da história republicana é o mensalão. Em volume de dinheiro, é
modesto perto do que o mundo Delta pode revelar. Agora, meus caros, virou
questão de sobrevivência.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) repetiu ontem algo
que eu já havia escrito neste blog: como pode o Parlamento brasileiro se negar a
investigar uma empresa que o próprio governo federal considera inidônea, sendo
ele, governo, o seu principal cliente e sendo essa empresa a que mais recursos
recebeu do PAC?
Isso, por si, já é
um escândalo! Em vez de Cavendish, convocaram Andressa, a mulher de Cachoeira?
Pra quê? Para transformar a CPI num circo, no qual os brasileiros fazem o papel
de palhaços?
(...)
Íntegra AQUI.
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