sexta-feira, 15 de junho de 2012

CPI DO CACHOEIRA VIRA "TSUNAMI" CAVENDISH


Foi ontem quando a CPI do Cachoeira recusou-se a convocar para depor o dono da Delta, Fernando Cavendish; A CPI preferiu convocar a mulher de Cachoeira.

PT e PMDB enterram comissão para que “CPI do Ca-cho-ei-ra” não vire a “CPI do Ca-ven-dish”. Ou: A farsa estava escrita na estrela
Podem anotar aí e denunciar nas redes sociais: PT e PMDB deram fim ontem à CPI ao se negar a convocar Fernando Cavendish, o dono da Delta.

Agem assim porque estão com medo.

Ele já havia mandado recado: se tentarem mandá-lo para a cadeia, conta tudo! E aí muitos milhões de toneladas de concreto e armação desabam na cabeça dos “éticos”.
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...Quase todos os objetivos iniciais de Lula e sua turma se frustraram ... A devastação que Lula prometia na oposição, na imprensa, no Supremo e na Procuradoria-Geral da República não aconteceu.
(...)

A CPI acabou! Aos parlamentares de propósitos honestos que lá estão só resta denunciar a farsa a que PT e PMDB estão conduzindo a comissão — que já havia começado por maus propósitos, é bom deixar claro.
(...)

Os petistas que apostaram na CPI, liderados por Lula e Dirceu, não tinham os detalhes da parceria, no Centro-Oeste, entre Fernando Cavendish e Carlinhos Cachoeira. Maus conselheiros lhes sopraram aos ouvidos que a CPI tinha tudo para esmagar “os inimigos” e pronto!

Quando a instalação da comissão já era irreversível, começou a ficar claro que aquele fio desencapado poderia produzir um curto-circuito. Descoberto o valor da incógnita Delta, algumas vistosas carreiras políticas podem ser liquidadas.

O primeiro cliente da empresa é o governo federal; o segundo é o governo do Rio; o terceiro, o de Pernambuco. E agora?

Agora é fazer aquela cara inesquecível do relator Odair Cunha (PT-MG). Ele tentando explicar por que Cavendish e Luiz Antonio Pagot não foram convocados é das cenas mais constrangedoras da política em muitos anos. Concorreu com Cândido Vaccarezza (PT-SP), que escandiu sílabas — como se a escansão, por si, fosse argumento: “Esta é a CPI do Ca-cho-ei-ra!!!”. Sem dúvida! Ocorre que a “CPI do Ca-cho-ei-ra” trouxe à luz um tsunami: “Ca-ven-dish”.

E não custa lembrar: Cavendish já mandou recados aos montes por intermédio dos seus prepostos. Até aceita perder a empresa, mas cadeia não! Se acontecer, aí bota a boca no trombone. E milhões de toneladas de concreto e armação desabarão sobre a cabeça de alguns graúdos da ética. Se Demóstenes Torres é hoje visto país afora, e por motivos mais do que justificáveis, como o falso moralista, como a “Carminha da política”, o risco de que a Avenida Brasil seja pequena para contar os corpos de eloquentes reputações é gigantesco.

Atenção, caros! O maior escândalo da história republicana é o mensalão. Em volume de dinheiro, é modesto perto do que o mundo Delta pode revelar. Agora, meus caros, virou questão de sobrevivência. 

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) repetiu ontem algo que eu já havia escrito neste blog: como pode o Parlamento brasileiro se negar a investigar uma empresa que o próprio governo federal considera inidônea, sendo ele, governo, o seu principal cliente e sendo essa empresa a que mais recursos recebeu do PAC?

Isso, por si, já é um escândalo! Em vez de Cavendish, convocaram Andressa, a mulher de Cachoeira? Pra quê? Para transformar a CPI num circo, no qual os brasileiros fazem o papel de palhaços?
(...)

Por Reinaldo Azevedo
Íntegra AQUI.

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