Por Dimmi Amora, na Folha:
A declaração de inidoneidade da Delta não deverá afetar quase nenhum dos seus cem contratos vigentes no governo federal, pelos quais a tem a receber R$ 1,2 bilhão.
Segundo a CGU (Controladoria-Geral da
União), que publicou ontem o decreto tornando a empresa inidônea (proibida de
contratar com órgãos públicos), a decisão vale por dois anos e, depois disso,
ela terá que pedir uma reavaliação. A construtora recorrerá da decisão. Segundo
o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte),
Jorge Fraxe, a empreiteira, investigada na CPI da Cachoeira, vai continuar em
todos os contratos já assinados para obras e manutenção “enquanto mantiver
fazendo o serviço”. O Dnit é o maior contratador da empresa, com 99 dos 100
contratos.
Fraxe disse que retirar a Delta de cada um dos contratos
causaria prejuízo ao governo porque seria necessário relicitar obra a obra por
preços mais altos. O que ameaça a continuidade da construtora nas obras é o que
a própria empresa chama de uma “situação financeira insustentável”, causada pelo
“bullying empresarial” criado com a suspeita da relação com o esquema do
empresário Carlinhos Cachoeira. A ministra Ideli Salvatti (Relações
Institucionais) afirmou “não ser relevante” a inidoneidade para os atuais
contratos com a Delta. Os 99 contratos ativos da Delta no Dnit somam R$ 2,5
bilhões, sendo que apenas oito são para novas obras.
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