Intervenção no Cruzeiro do Sul afeta pequenos
FGC considerou "inaceitável" proposta do BTG |
Autor(es): Cristiano Romero | De São Paulo |
Valor Econômico |
A intervenção no Cruzeiro do Sul vai dificultar a captação de
recursos por bancos pequenos e médios. O mercado externo já estava
fechado por causa da crise, e a aversão ao risco deve se intensificar
no interbancário. Os mais prejudicados são os bancos com patrimônio
líquido inferior a R$ 500 milhões. Instituições com pouco caixa e
limite para captar recursos por meio de depósitos a prazo com garantia
especial do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) também deverão sofrer
mais os efeitos, que serão avaliados pelo BC durante a semana. Já há
medidas prontas para dar liquidez ao sistema. O FGC considerou
"absurda" a proposta do BTG Pactual para assumir o banco.
A preocupação era que clientes de bancos do mesmo porte do Cruzeiro do Sul passassem a desconfiar da saúde dessas instituições. O BC decidiu procurar, então, os grandes bancos privados para saber se havia interesse na compra do Cruzeiro - os estatais Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB) não foram consultados. A resposta foi negativa. As instituições temiam comprar um banco com ativos podres ou fictícios tão grande quanto o que foi encontrado no PanAmericano - em 2010, esse banco, que pertenceu ao apresentador Silvio Santos, registrou rombo de R$ 4,3 bilhões. (...) |
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