terça-feira, 5 de junho de 2012

Fim da euforia pós-carnaval de ilusões, máscaras estão caindo, entre as quais a CREDIBILIDADE

Intervenção no Cruzeiro do Sul afeta pequenos

FGC considerou "inaceitável" proposta do BTG
Autor(es): Cristiano Romero | De São Paulo
Valor Econômico
A intervenção no Cruzeiro do Sul vai dificultar a captação de recursos por bancos pequenos e médios. O mercado externo já estava fechado por causa da crise, e a aversão ao risco deve se intensificar no interbancário. Os mais prejudicados são os bancos com patrimônio líquido inferior a R$ 500 milhões. Instituições com pouco caixa e limite para captar recursos por meio de depósitos a prazo com garantia especial do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) também deverão sofrer mais os efeitos, que serão avaliados pelo BC durante a semana. Já há medidas prontas para dar liquidez ao sistema. O FGC considerou "absurda" a proposta do BTG Pactual para assumir o banco.

Depois de descobrir, há pouco menos de um mês, problemas na contabilidade do Cruzeiro do Sul, o Banco Central (BC) planejou liquidar o banco. Houve o temor, entretanto, de que essa solução provocasse um trauma no sistema bancário num momento difícil do mercado, dado o agravamento da crise mundial.

A preocupação era que clientes de bancos do mesmo porte do Cruzeiro do Sul passassem a desconfiar da saúde dessas instituições.

O BC decidiu procurar, então, os grandes bancos privados para saber se havia interesse na compra do Cruzeiro - os estatais Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB) não foram consultados. A resposta foi negativa.

As instituições temiam comprar um banco com ativos podres ou fictícios tão grande quanto o que foi encontrado no PanAmericano - em 2010, esse banco, que pertenceu ao apresentador Silvio Santos, registrou rombo de R$ 4,3 bilhões.

(...)

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