quarta-feira, 20 de junho de 2012

Gilberto Carvalho confirma que Maluf ganhou secretaria no governo Dilma para apoiar Haddad

Gilberto Carvalho é secretário-geral da Presidência da República, mas confirma interferência de Dilma nas eleições municipais, ao contrário do que mandam dizer nos noticiários, e não vê nada demais na aliança.
Eis a imposição de uma nova pauta, encarar mais essa estrovenga com naturalidade.
Leiam o que informa Nathalia Passarinho, no Portal G1.
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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro, que a aliança do PT com o PP na disputa pela Prefeitura de São Paulo “não é uma catástrofe”. Por causa do acordo com o PP, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) decidiu que não será mais candidata a vice na chapa encabeçada pelo petista Fernando Haddad.


“Nós aceitamos o apoio do PP no governo federal. Então, é natural que haja uma aproximação com o PP paulista. Eu não vejo sinceramente que essa aproximação do Paulo Maluf, pelo que ele significou em termos de oposição à gente, seja uma catástrofe ou um problema para nós. O que importa agora é o programa que estamos fazendo e a proposta que temos para governar São Paulo”, disse Carvalho, após participar de uma entrevista coletiva sobre a conferência Rio+20, sobre desenvolvimento sustentável.

O acordo para selar a aliança entre PT e PP ocorreu em um encontro na casa do deputado Paulo Maluf (PT-SP), com a presença de Haddad e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Gilberto Carvalho admitiu que a indicação recente de um aliado de Maluf para um cargo de chefia no Ministério das Cidades fez parte das negociações pelo apoio do PP.

“Houve uma troca no Ministério das Cidades, como tem havido em qualquer negociação. Faz parte das negociações”, disse.

Na semana passada, o engenheiro Osvaldo Garcia, ligado a Maluf, foi nomeado para a Secretaria de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, que é comandada por Aguinaldo Ribeiro, filiado ao PP. Gilberto Carvalho afirmou que o programa de governo do PT para a Prefeitura de SP não sofrerá qualquer alteração após a aliança com o PP.

“O importante é quem está na hegemonia do processo. Nós não estamos abrindo mão da hegemonia do processo. Não estamos abrindo mão de uma vírgula do nosso programa de governo. Não houve nenhuma imposição por parte do PP para vir nos apoiar. Se houvesse alguma coisa programática, aí sim seria uma incoerência”, disse.

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