sábado, 9 de junho de 2012

Guido Mantega, o animador de auditório

Por Arthur Virgílio

Guido Mantega abriu 2012 afirmando que o PIB do ano seria de 4,5%. Mera atitude de animador de auditório, jamais cabível na principal autoridade econômica do país.
Desde o início, analistas mais lúcidos de economia anunciavam que o resultado verdadeiro beiraria os 3%. Hoje, é consenso no mercado que, na melhor das hipóteses, se repetirá a performance pífia de2011: 2,7%, contra inflação (maquiada) de novo bem acima do elevado centro da meta. A média dos dois anos ficará em torno de 6%.
O PIB despenca, a inflação permanece alta e, mesmo com o dólar mais valorizado diante do real, a balança comercial segue inalterada.

Os investimentos do governo têm sido insuficientes e contar com o consumo das endividadas famílias, para puxar a retomada, é, obviamente, irreal.
(...)

Nada mais natural do que, após 18 anos do início do Plano Real e da série de medidas corajosas implementadas no governo Fernando Henrique, não podermos mais viver só desse saldo.

Mesmo porque Lula passou oito anos do seu consulado seguindo as políticas econômicas formatadas por seu antecessor, sem inovar, fugindo de desgastes, sem aproveitar, os anos dourados do aumento do preço das commodities no mercado internacional.
Sem contar com a desestruturação que promoveu, artificializando crescimento de 7,5%, em 2010, para viabilizar a eleição de Dilma.

Agora que a China dá sinais de desaceleração, os problemas brasileiros vão ficando mais aparentes: economia de baixo crescimento e inflação elevada, infraestrutura arruinada e graves problemas tributários e legais.
Para piorar, temos um Banco Central subserviente ao Ministério da Fazenda que, com ideias retrógradas, está prestes a destruir o ultimo pilar do arcabouço montado no governo Fernando Henrique, que é o superávit primário.
O sistema de metas de inflação foi abandonado faz tempo. O câmbio sofre constantes intervenções oficiais. E o superávit primário será usado como pretexto irresponsável de estímulo ao crescimento.

Para arrematar, dois exemplos do desastre que tem sido a gestão econômica do país:
Confiram AQUI.

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